Poemas, frases e mensagens de Cherry Blossom

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Cherry Blossom

Anjo!

 
Doce
Muito doce
É o que dizes ser
O som da tua voz embriaga
E no teu hálito fatal licor
Vou perdendo forças
Esquecendo de mim
Perco terra
Perco céu
Nesse inebriar
Nesse teu veneno doce cruel
Mel de feitiço
Mel de magia
Sortilégio
Sou a vítima do holocausto
Do banquete que desejas ter
Que fizeste de mim
E tu posas de anjo!
Que tipo de asas tu julgas ter?
 
Anjo!

POEMA INSONE

 
Eu sei de mim
E da minha dor

Do levante
emboscado
Nas hordas do
pensamento

Da sonâmbula hora
Que açoita o silêncio

Da boca que sangra
sufocando a mordaça

Da faca que corta
A garganta da noite

Da lava que cai
Queimando a mão
Da madrugada

Cherry Blossom
 
POEMA INSONE

Que Vento Levou Tua Saudade

 
Por onde anda esse teu amor
Dentro de mim tua falta
Tateia um por um os desejos
E me vasculha por dentro
Quebrando trincando a alma
Faz-me correr como louca
Numa busca insana
De quem revira os montes
De quem varre os mares
E tento te achar
Até no gosto do último beijo
Na última letra das tuas palavras
Que barco tomou teu amor
E em que vento velejou tua saudade
 
Que Vento Levou Tua Saudade

Noturno

 
Incontidos desejos
Destilam segredos
No orvalho da manhã

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Noturno

Vazio

 
O amor levou
Minhas palavras
Lavou-me
Como um rio
Passado e presente
Corridos
Em turvas águas
Leito tosco de lodo
De pedras e alma
Lavadas

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Vazio

Infortúnio

 
Fui suspirar pelos jardins de Adônis
Cresceram urtigas no meu jardim
Nem vides
Nem romãs
Nem espigas que dêem pão
Não fui mais à dança das Ninfas
Nem às cantigas das castas Anciãs
À noite visitam-me as lamúrias
Ao dia os abrasares sem fim
No meu reino ando estrangeira
Desde que fui suspirar por aqueles jardins

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Infortúnio

THE END

 
Então
Tudo ficou assim
Encerrado
Porta adentro guardado
Nas trancas
De um mudo coração
Mas
A dor
Ressurgida naquela
Nefasta manhã
A irmã da vilã
A protagonista
Dessa triste história
Essa infeliz senhora
Gritava
Do lado de fora

Cherry Blossom, abril de 2008
 
THE END

INSÔNIA

 
Das mãos estendidas da noite
conto e reconto
os dedos
 
INSÔNIA

Mar de Azul

 
Nas águas da memória
Veleja o vento
Sopro de um tempo esquecido
Nau de sonhos
Vagueiam nossos sentidos
Tanto que lembrar
Tanto que esquecer
Tanto que quebrar
Na espuma que a praia alcança
Nas ondas do nosso mar
Tantas pedras lançadas
Tantos castelos de areia
Barquinhos levando promessas
E tantas juras desfeitas
Canções de Lobos
Marinheiros ébrios de luas cheias
Presos em fios de pérolas
Amarrados em ancas de sereias
Mas de tudo
De tudo que vem do mar
Somente
Somente o Azul permanece
Então que seja pra sempre
Sempre Azul o nosso Mar

série: ALÉM MAR



Dedicado ao amigo carioca,Gilvan Chegure

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Mar de Azul

Anseio

 
Um desejo
Aflora à pele
Uma nota de amor
Um vislumbre
Um anseio
Anelos de flor e perfume
Num campo inóspito
O rebento
De um fruto seco
Sonha primaveras
 
Anseio

No Secreto Da Paixão

 
Entre as fendas do tempo
Entre os véus do coração
Entre meus eternos, infindáveis Azuis
Entre os Sóis que brilham as veredas da razão
e Luas que prateiam os devaneios da alma
Entre as águas onde oscilam meu Sim e meu Não
e que levam a barca dos Sonhos amortecidos
No Paraíso escondido entre as brumas da Paixão
No oculto
No secreto
No abstruso altar dos que amam
Dei-te a tomar do meu Sagrado
Provaste o Cálice
Nas Eras do nosso momento
Fizeste-te Imortal
 
No Secreto  Da Paixão

Deixaste-me ir

 
Por que não lançaste meu nome
sobre a ira dos mares
sobre a fúria das tempestades
tua própria tormenta revolveria abismos
a buscar por mim
Mas em doces correntes
rios de lágrimas
naufragar de angústias
silenciosamente
viste-me partir
Noites escuras sonharam fagulhas suplicantes
centelhas saídas de um peito já tão distante
Se ao menos tivesses lançado meu nome
na Rosa dos Ventos
ela te diria a cerca de mim
 
Deixaste-me ir

Amor e Insensatez II

 
Teu olhar contava-me histórias
Que eu nunca ouvia
Quando fechaste os olhos
Quis ler-te

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Amor e Insensatez II

Matutino

 
Do laço azul do dia
Róseas manhãs
Despencam fantasias

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Matutino

Amor e Insensatez I

 
Cansei de estilhaços de dor
e punhais de saudade
Queres me amar?
Não me fales de amor
 
Amor e Insensatez I

DESTERRO

 
Panorama, oeste paulista.
Cidade ribeirinha de terras arenosas e de dias e noites muito quentes.
E como é possível se entender a partir do próprio nome, um lindo lugar.
De natureza exuberante essa pequena cidade me proporcionou alguns momentos hilários e inesquecíveis. Como observar bandos de araras bem da varanda da minha casa ou tentar ler um livro embaixo de uma jabuticabeira repleta de papagaios beliscando as frutas ainda verdes.
Por cerca de um ano contemplei a paisagem do rio Paraná estampada bem de frente ao meu portão.
Observei o por do sol variando suas tonalidades no transcorrer dos meses e a lua mudando e refletindo sua mágica silhueta nas águas calmas do rio.
Mas nem a admiração que tenho pela natureza e nem a contemplação de tamanha beleza foram capazes de trazer paz para minha alma.
Quando eu olhava a imensidão do rio e meu olhar atingia até a outra margem procurando um repouso para as minhas inquietações eu me certificava da distância que estava de tudo o que me era familiar.
Foi aí então que compreendi todo o significado da palavra “desterro”.
Mesmo tendo nascido nessa região, toda minha bagagem de vida foi adquirida na capital paulista.
Um universo adverso a quase tudo que encontrei por aqui.
Pude refletir e compreender que a alma não encontra a “Paz” somente por que contempla a poética mansidão dos dias tingindo o horizonte.
Meus anseios me conduzem à paz que tanto almejo.
E onde travo as minhas guerras repousa também a minha paz.

Cherry Blossom,abril de 2008
 
DESTERRO

SAUDADE

 
Luas vou vivendo
até que tu amanheças
no meu sol
 
SAUDADE

Efêmero Ser

 
A vida não é mais que um breve poema
Quando se entende os versos
Já não se está mais a ler...
 
Efêmero Ser

Azul do Mar

 
Tinha onze anos e foi a primeira vez que vi o Mar.
Fomos a uma pescaria na serra perto de Ilha Bela e na volta, cumpriu-se a promessa de meu pai.
O tão sonhado encontro.
Foi fascinante, inesquecível.
Minha primeira impressão, o cheiro, nunca ainda sentido!
A segunda, a imensidão!
Era um dia nublado, no fim do verão e já pelo meio da tarde, a praia estava quase deserta. Eu tirei o tênis desci do carro e corri experimentando pela primeira vez a sensação de pisar naquela areia.
Cheguei bem perto e ficamos nos olhando, quietos, tentando nos reconhecer.
Depois me aproximei lentamente e deixei as ondas tocarem meus pés.
Fiquei por mais um tempo, contemplando aquele barulho de imensidão, de braveza.
Parecia que conversávamos.
Ele me dizia:
_ Demoraste tanto!
E eu:
_ Por que és tão arredio?
Já faz tanto tempo... Mas nossa amizade perdura.
Quando me lembro do Mar, não penso em dias radiantes de sol e nem em praias entulhadas de gente bronzeada.
Lembro-me do que ficou em mim naquele dia.
Lembro-me do nosso primeiro encontro.
Dou-lhe o direito de ser somente o Mar de ser rebelde, audaz, de insistir sobre as rochas, bravio.
E dele ouço sempre o mesmo cantar, num leva e trás de memórias.
O Mar que eu gosto mora numa praia vazia.
O Mar que eu gosto tem um céu nublado.
Na praia das minhas memórias o meu Mar se chama Poesia.
 
Azul do Mar

Vida Insana

 
Perco-me pelas entradas da noite
E procuro-me,
nas saídas das manhãs

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Vida Insana