Poemas, frases e mensagens de Aivlis

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Aivlis

Vem!

 
Vem!
 
Vem,
Mostra-me esses punhos cerrados
Que transpiram a fúria do teu ser.

Vem,
Com esse olhar alucinado,
Que espelham a tua insanidade,
E tenta menosprezar-me.

Vem,
Com a enxurrada de palavras ofensivas
Que a tua boca dispara sem me tombar.

Vem,
Com essa agressividade
Em que me agarras e me manchas de roxo.

Vem…

Mas vem sem medo como sempre vens
Como Senhor da razão
Dono de mim.

Vem, estou à tua espera!
Com um sorriso no canto dos lábios,
Olhos esperançosos,
Numa agitação eufórica,

Segurando nas mãos o fim da tua vida
É só premir o gatilho.

Vem!
 
Vem!

Palavras Roubadas...

 
Palavras Roubadas...
 
Na busca do não sei o quê...
Na tentativa de chegar não sei onde..
Encontrei...
A força das palavras que por um tempo
Preencheram o vazio do meu ser.
Palavras que me foram dirigidas
Palavras que calaram a voz lamento
Que eu tranquei em mim.
Bebi cada palavra...
Fiquei embriagada pela força contida.
Dancei em torno da tua prosa,
Das tuas rimas, que em mim as espelhaste.
Adormecida no teu encantamento
Foi despertada pelo grito do afastamento.
O que me deste tiraste.
O que prometeste, quebraste
Palavras ao vento
Que pela força de um momento
Foram tornadas em nada.
Resta-me a memoria de poucas palavras
Que desvanecem com o tempo.
Chamei-te Anjo Poeta
Aquele que permanece ao meu lado.
Aquele que sussurra ao meu ouvido
As palavras que ficam presas.
Mas tu não estás
E as palavras surgem.
Apenas levaste as tuas rimas as tuas prosas.
O Anjo Poeta ficou
Afinal...
Não eras tu.
Fica com as tuas palavras
Aquelas que me deste e tiraste a frio.
Assim foi o que tinha de ser
E as memorias ao fim de um tempo
Acabarão por adormecer.
 
Palavras Roubadas...

Peço

 
Peço
 
Peço sim aos céus
O despertar da máquina desligada!
Peço sim aos céus
que me liberte do tormento
da vida lamento que escolhi
Peço sim aos céus
para cessar as lágrimas
que afogam a minha alma
Peço sim aos céus
que acalme a inquietude do meu ser.
Peço sim aos céus
a magia de mais um momento,
o retorno da tua presença
Ai, é de pedir aos céus
o gosto do beijo, o calor do toque,
o abraçar das palavras
Porque é este o meu viver,
a frustração de ter e não ter.
Já não quero mais esperar
mas não quero desistir.
Será este o meu estranho destino?
Peço no tom de Fado,
O Fado que grita a minha alma,
O Fado que carrego nas costas
Sentindo-me cada vez mais curvada.
Mas se é assim que tem de ser
Não vou parar!!!
Porque parar é morrer...
 
Peço

A Lua e o Lobo...

 
A Lua e o Lobo...
 
Esta noite ergo-me
No auge da minha beleza
Grandiosa, intensa, brilhante.
Desnudada inicio a minha busca
Lançando raios de luz,
Iniciando o código que bem conheces.
Silêncio….
Fico quieta e aguardo a tua chegada.
É neste meu silêncio que me encontro.
Ecos fazem ricochete na minha mente
Parecendo balas perdidas prontas
Para matar um inocente.
Lembranças de nada, memórias de nada.
Envio mais Luz nesta noite chamando por ti.
Surge então uma sombra…
Meu corpo estremece, fazendo-me brilhar mais ainda,
Iluminando a encruzilhada dos perdidos.
É lá que te encontro…
Sorrio, já te ouço…
Essa melodia enche a noite de medo,
Sobe nos céus e chega-me como ar,
Como o sangue que corre nas veias,
Como Força vital!
Inspiro cada uivo como se deles me alimentasse,
Chegou a nossa hora,
Esta é hora em que meu Senhor dormiu
Dando-me lugar no Céu.
Desço as escadarias do firmamento,
Agarro a minha forma humana
E corro para ti sedenta dos teus beijos
Carente dos teus Abraços.
De pêlo a pele, de patas mãos e pés
De uivos a palavras…
Chocamos num abraço de eterna saudade
Chega a hora da noite em que duas almas se juntam
E a maldição dá tréguas a um amor eterno,
A Lua e o Lobo, eu e tu juntos todas as madrugadas
Sedentos de um amor amaldiçoado!
 
A Lua e o Lobo...

Memorias

 
Memorias
 
Presa no Cais das memórias...
Seguro na mão as frágeis lembranças
Coloridas e fascinantes mas
Mais leves que o vento.
Travo uma luta interna
Do querer e não ter
De ter e não poder
Presa na inercia que impus a mim mesma.
Sigo em linha recta
Em movimentos lentos.
Tenho medo de avançar
Mais do que me é permitido.
Sei lidar com as mágoas que me foram infligidas .
Mas não consigo sarar as que posso infligir.
Olho a minha mão tremula
Que há muito segura vigorosamente
As cores da tua presença.
Basta um pequeno gesto
Um inspirar
Um pequeno relaxamento
e tudo o que seguro na mão
Será levado pelo Vento.
 
Memorias

Diz-me

 
Diz-me
 
Diz-me
Com que mascara te escondes
Qual a personagem queres interpretar?
O Lobo mau? O Príncipe encantado?
Para mim não existem mais promessas
Que me façam acreditar.
O homem das mil caras
De sorriso luminoso
Olhos brilhantes.
O Ilusionista nas palavras nos gestos,
O charlatão da sedução.
Não quero saber.
Um pedido…
Sorri!
Foi o que me disseste
Eu sorri
E segui um caminho sem volta
O que era não sou mais,
Agora sou mais forte!
 
Diz-me

Grito Mudo...

 
Grito Mudo...
 
Grito neste mundo louco
Por alguém que fui
Sinto-me um monstro
Por dar e tirar
Pela proeza de encantar
E logo de seguida pisar
Grito sem ser ouvida
Numa angustia que me sufoca
Para quê tantas palavras?
Para quê tanto encantamento
Se eu nao me deixo encantar
se aquilo que escrevo
fecho em mim a sete chaves
E nunca o liberto
Para quê esta farsa
Se aquilo que sou, ninguem compreende
Para quê ficar onde ninguem
Me dá a mão
Ou talvez não seja assim
Para quê Ficar onde eu
Não permito ninguém se aproximar
O que faço aqui?
O que busco aqui?
Palavras...
As palavras acabam no fim do poema
E o que fica?
Um vazio,
Um abismo infernal sem fim.
Grito
Grito
Um grito mudo
Um grito em mim
Que não deixo sair
Que não permito ninguem ouvir
O que vai restar?
O nada,
Mas isso ja tenho,
O vazio de mim...
 
Grito Mudo...

Muda

 
Muda
 
Confusa,
Vazia,
Triste,
Perdida,
Sem rumo, sem direcção.
Perdi o tino
Algures na casa dos Sonhos,
Não encontro o meu destino.
Sem forças para me erguer,
Sem ter o que escrever,
Sem vontade de Sonhar.
Confusa, pelo sentimento.
Vazia, de palavras.
Triste, sem lágrimas.
Perdida, num momento.
Sinto um abismo dentro do meu ser.
Um buraco negro a preencher.
O ruído dos passos,
Cortam a dor do silêncio,
O único som que me diz,
- Estás Viva.
Sem vontade de despertar,
Sem vontade de respirar.
Cada entrada de ar são lámidas
Lançadas em mim.
Uma angústia,
Um desalento...
Quem de mim permite isto?
Qual dos meus Eus aceita este tormento?
Não grito,
Não chamo,
A minha voz ficou presa,
Não a liberto mais!
Tranquei-a na Caixa de Pandora
Para que nunca mais
Se atreva a fazer-se ouvir.
 
Muda

O Choro da Harpa

 
O Choro da Harpa
 
Voei sobre montanhas e mares
Presa nas tuas assas,
Pousamos num reino imaginário
Que o declarámos como nosso!
Fomos Rei e Rainha de um amor imaginado
Senti-me viva, feliz...
Libertei de mim o mais nobre dos sentimentos
E entreguei-te o que mais prezo em mim,
As minhas emoções, as minhas alegrias,
Os meus medos, o meu Amor.
Partiste em Batalha para terras longínquas.
A tua Batalha interna,
Fiquei sozinha...
Fechei-me na torre mais alta
e cortei a minha trança
Para que ninguém me salvasse.
Ninguém a não seres tu...
Houve um dia que voltaste
Subiste à torre, tocaste na minha face
E disseste, - estou aqui.
Senti-te no fundo do meu ser
Comecei a sentir-me livre,
Dancei ao som da melodia
Que a minha aura cantarolava.
Mas as trevas invadiram o reino
Como se, o que prometi a mim mesma
Tivesse sido ouvido como maldição.
Da torre não me salvaste
A tua presença começou a ficar translucida
Observava-te imóvel de olhos postos em mim.
A tua imagem foi ficando pequena
A minha dor enorme.
Assim recuei para junto da minha harpa
Ela saberá chorar por mim.
Irá chorar pela melodia que liberta
E a lança pela pequena janela
Da minha pequena Torre.
 
O Choro da Harpa

O Exorcismo.

 
O Exorcismo.
 
A bruma dispersa-se ao cair a primeira gota de orvalho
O chilrear das aves anuncia os primeiros raios de sol
E o mundo acorda sobre os braços do vento que o embala.
Para trás ficou o medo e as sombras da noite
O sono pesado não justo que mereço
A consciência do que fiz, a consciência do que deixei por fazer.
Sento-me sobre a terra húmida
Deixo a sua energia entrar em mim,
Peço purificação, peço redenção.
Os Sons do mundo segredam-me palavras de conforto
O vento abraça-me protegendo-me,
As árvores balançam, esticam os ramos para me acalmarem.
Junto-me a elas neste bailado
O sangue corre mais rápido nas minhas veias,
A respiração aumenta,
Sobre os meus pés, o meu corpo liberta-se nesta dança,
O rodopiar da vida.
Imagens surgem na minha mente,
Um rosto, um olhar, um sorriso
Caio no chão por exaustão
Vejo o céu como um peão rodando por cima de mim.
Lágrimas, não de tristeza…
Vazio…
Acabei de te exorcizar de mim.
 
O Exorcismo.

Resposta ao Nada

 
Resposta ao Nada
 
No vazio das palavras,
No nada que te obrigaste a ter
Sobrou o nada que tivemos
Resta-me o vazio do meu ser

Senti o meu eu preenchido
Do nada que nos demos
A Vida parecia ganhar sentido
No nada que obtivemos.

Tive o nada que tanto me deu
Segurei-o nas mãos, bebi-o com sofreguidão
Quis -me dar, Quis-me tornar algo teu
Fiquei com o nada ter, em solidão.

Nada tenho do nada que tive,
Guardo a memoria do nada
Os gemidos, o ar que sustive,
O amor que senti na nossa caminhada.
 
Resposta ao Nada

Aos pés da Montanha

 
Aos pés da Montanha
 
Aos pés da montanha ajoelho-me
Perante a sua grandiosidade.
Abraço o solo como
Se quisesse me fundir nele.
Levanto as minhas mãos
Com os punhos serrados
Segurando parte de ti.
Ergo-me e estudo o trilho
Que me guiará ao cume do
Alto da minha existência.
Um caminho, desconhecido,
sombrio,estreito, sinuoso,
O caminho dos incompreendidos,
O caminho da minha salvação,
O caminho da minha perdição.
Fecho os olhos na busca da coragem
Perdida há muito em mim.
Tento mover as pernas
mas elas não me obedecem.
Fico presa ali aos teus pés
Tão próxima e tão distante de ti.
Em pânico luto contra o meu ser
Desesperada para me mover,
Para iniciar o teu caminho.
Exausta nesta luta insana
Cedo a uma derrota cobarde.
O vento abraça-me num
Gesto de conforto.
Abro as mãos...
E o que segurava de ti
Aqueles pequenos grãos,
Cheios do teu perfume parte do teu ser.
Caem de novo repousando ingloriamente
Aos pés da montanha.
 
Aos pés da Montanha

Alguma Vez…

 
Alguma Vez…
 
Alguma vez te questionei?
Alguma vez te fiz uma jura?
Alguma vez te pressionei?
Alguma vez te dei amargura?
Alguma vez te disse não?
Alguma vez deixei de ir?
Alguma vez te neguei a mão?
Alguma vez deixei de sorrir?
Se Alguma das algumas vezes aconteceu
Peço perdão…
Foi porque a minha sanidade esvaneceu.
Liberta-me da culpa do que sinto
Mas sei que alguma das algumas vezes, não existe.
Verdade… Não minto.
O Silêncio me deste
O Silêncio te dou
Nele está o que quiseste
Nele o meu coração esfriou.
 
Alguma Vez…

Angustia

 
Angustia
 
Mergulho na imensidão do teu ser,
Navego em ti em busca
de tesouros escondidos
Impossíveis de encontrar
Impossíveis de alcançar.
Enterraste-os na areia
A milhas de profundidade
Onde o silêncio reina.
Apenas silêncio e escuridão
Quase não existe vida nessa
profundidade obscura.
E tu te deleitas
Nesse mundo,
Nessa imensidão de nada
escura, húmida, fria.
Grito aos céus na ânsia
de te descobrir,
Na esperança de me escutares...
Nada...
E grito mais alto até a voz me doer
O grito lamento
O grito desespero
O grito chamamento
Lágrimas correm num caudal
Estreito de angústia,
Chegam à Foz e
Misturam-se no Sal do teu mar
salgando o doce que em mim restava.
Transformam-se em nada.
O nada em ti que sou
O nada em ti que serei.
 
Angustia

Amor de Almas

 
Amor de Almas
 
Será com a minha alma que te vou tocar
Irei-me tornar num ponto de luz
percorrer a tua pele, iluminar cada poro teu.
Verei o brilho do teu olhar
Sentirei o calor do teu respirar.
Irei ser uma leve brisa
E em ti irei levitar.
Quando a noite abraça a terra,
Quando as estrelas iluminam o céu,
A cada sono nosso,
O nosso encontro terá lugar
Dois Corpos dormindo
Duas almas se amando
A Minha, A Tua
Dois pontos de luz
Que se seduzem,
Que se sentem,
Que se desejam...
Que assim seja!
 
Amor de Almas

Livro Branco...

 
Livro Branco...
 
Livro Branco
São folhas soltas,
folhas perdidas
estas onde escrevo.
Folhas sem linhas,
Folhas translucidas
que nenhuma tinta as marca.
Folhas do livro da minha vida,
brancas, vazias sem nada.
Folhas largadas ao vento
que ao som de um lamento
caiem por terra do nada.
Já tentei pegar na caneta
mergulha-la na tinta,
mas esta foge-me
e sobre a mesa rodopia
sem nada escrever.
Uma dança sem fim
de palavras não escritas
de versos não ditos,
de prosas quebradas.
É o livro da minha vida
sem capa sem prefácio
sem nada.
Ninguém se atreve a ler
Ninguém o irá compreender
Este desfolhar de folhas
brancas, vazias, sem linhas, translucidas,
Confundem quem o abre.
Só na terra das letras
abrindo a porta das sete chaves
o mistério do livro branco
será desvendado.
Na terra das letras
melodias são lançadas ao ar
compondo uma valsa
de vogais e consoantes
que se entrelaçam
numa ordem descontinua indecifravel.
Só quem possui a verdade
e a magia de visão
irá pegar neste livro
abrir e devorar,
absorver cada palavra
cada verso, cada prosa
e a sua alma irá se entranhar
na capa de couro
e ilustrar o livro
branco da vida vazia.
 
Livro Branco...

A Voz

 
A Voz
 
Ao sentir-te nestas madrugadas
fizeste crescer em mim,
Algo adormecido,
Algo recalcado há muito
dentro do meu ser.
Acordas-te em mim uma força
Que me assusta, que irradia luz.
O teu olhar, o teu sorriso,
A doçura das tuas palavras.
Transportam-me para um mundo
Perigoso de querer sempre mais.
Mas sonho....
Sonho com um som ...
Com um sussurrar de palavras,
Com a melodia de uma voz,
Com a Voz que te pertence.
E é neste sonho que me prendo.
Em imaginar esse timbre,
que me irá fazer levitar
Numa espiral melódica,
tirar por completo os meus pés do chão.
E libertar todos estes espectros
presos em mim.
Sentir-me livre para gritar-mos
em uníssono Amo-te.
 
A Voz

O Nosso Tempo...

 
O Nosso Tempo...
 
No tempo em que
O tempo era nosso...
No tempo em que
O tempo nos unia
Nao existe o era, o foi, nem o tempo!
Existe ainda o que eu sentia!
Abro agora as minhas assas ao vento
Por este doce e eterno momento
Dois coraçoes, duas mentes...
O Corpo? .... Ah é mera matéria!
O que importa é a magia!
Se já habitas a minha mente
Se já plantas em meu coração
Não fiques assim ausente
Se nao perderei de novo o chão
A vida é para ser vivida
Mas também para ser sentida
Assim te peço
Sente-me
Lê-me
e atrevo-me a dizer
Ama-me
Sem culpa, sem pressa
Neste doce mundo de esperança!
 
O Nosso Tempo...

A Janela

 
A Janela
 
Encosto-me ao varandim da vida
Da varanda que abro pelos meus olhos,
Num inspirar deixo o ar fresco
Passar suavemente pelo meu rosto
Que me desperta em forma de renascimento.
Os meus olhos alcançam o infinito
Do alto da minha torre,
Onde o cheiro a bafio ainda permanece.
Foram dez anos trancada,
Adormecida,
Estagnada…
Hoje sei …
Bastava a força do meu olhar,
O Espelho da minha alma,
A minha força interior, me Libertar.
Vejo na Linha do horizonte
O sinal da tua chegada,
Espero em paz, sem pressa.
O pequeno ponto negro ganha forma
Cada vez estás mais perto.
As assas ganham forma,
E tu em cima do teu Cavalo Alado
Rompes os céus.
Vens ao meu encontro
Não para me salvares, mas para me buscares.
Pois eu já me sinto salva
Eu derrubei estas paredes
E abri a janela de uma nova era
A nossa!
 
A Janela

Resposta a um Chamado.

 
Resposta a um Chamado.
 
Do alto da Montanha saltaste
respondendo a um chamado.
Chamado esse mudo que recebeste.
Um chamado envolto em medo,
Mas cheio de esperança.
Do alto da Montanha voas-te
Na esperança que uma mão te agarrasse.
Aos pés da montanha vejo-te cair
Embalado pelo vento,
pairando no tempo que pausei em mim.
Encontro-te nas palavras que escrevo
na voz do lamento que o meu eu trancou em si.
Caminhamos nesta casa vermelha
sempre nos olhando
mas com um muro de vidro nos separando.
Através dele te vejo
Sorrio e deixo a magia da sensação
Invadir o meu ser.
Inalcansavel ou não
Eu estou aqui seguindo os teus passos.
Observando o teu voo
Observando o teu ser
pairando sobre mim.
 
Resposta a um Chamado.

Aivlis