A cidade
Engarrafamentos,
horas passadas no vazio,
na maldição do pensar em que seguimos outra estrada nesta fila de sentimentos variados
e de corações esfumados!
Nas ruas,
lamaçentas de indiferença sob o espelho da
ilusão.
Os passos curtos demais,
a lentidão pra a mudança sob palavras ilusórias.
As falsas aparências temidas por nós sem
a voz da consciência.
Os prédios,
Tão altos como ilusões, açcões e mudanças sob o falso Céu e tão
baixas como as realidades e a felicidade.
são a ligação passiva ao capitalismo,
ilusão de conforto sobre familias amontoadas.
As pessoas,
São elos de cópias sobrepostas
em imagens únicas.
são como bruxas,
amaldiçoam-se umas ás outras, em grupos desleais com espiões sociais.
A cidade é uma intromissão sem leis.
O poeta sem a sua escrita
O que é um poeta sem poder escrever?
Uma águia sem asas,
um imortal numa terra mortal,
que dá e destroí a própria vida,
nada...
um simples copista a escrever banais versos de amor,
um apaixonado que perdeu as suas musas,
um sucumbir doloroso em direcção ao Inferno.
fogo caminha comigo
Fúria!
Fúria em mim que rebenta as pontas soltas da sociedade.
fúria!
do Inferno,quero libertar as minhas chamas embora a meretriz do gelo não mo premita.
Do coração revolucionário tento expandir o ódio nas camadas mais pobres da sociedade.
Fúria!
Em fogo arde o meu mundo exepto umas ilhas desertas que se afundam com o tempo.
Fúria!, do fogo que me consome a alma e me deixa em destroços de um homem perdido, pois quem se importa com os outros?
Os soldados
Porque lutamos nós, os doldadinhos de chumbo?
Pela falsa liberdade em justas causas que a nós não nos pertencem ou porque como mundo temos a necessidadde de ajuda- dizem os presidentes aos soldadinhos de chumbo.
As guerras vão e voltam como as marés beira-mar, só que são guerras pelo controlo do sono em insónias intermenitentes por guerrilhas de reais pesadelos na minha cabeça.
Sinto que estou lá, com o cheiro a cadáveres decompostos,o sol abrasador que me faz ver miragens do fim da guerra, km e km de de balas esplhadas sob areias fúteis, inocentes almas prefuradas e presságios de morte preservados num imtemporal âmbar.
Quando estamos no território de guerra, costumamo-nos perguntar que demónio adorar, que besta irei idolterar em troca de descanso.
Nos meus olhos vejo as profundas luminescências do Mal, em quentes e ácidas águas, na fúria dos corações armados em familiares destroços.
A paz, pelo vento é levada e não volta!,
o sofrimento fica e fica para sempre!
Culto da imagem
É num simples olha que a imagem,
é divinizada nos imortais princípios
que aguentaram até nós,
terra e guerras,
derrocadas e terramotos,
avalanches e civilizações.
Sob camadas e camadas de pó e secas que amamentaram o degredo dos valores éticos e morais.
Num flash,
a imagem é tirada sem tempo para pensar em remorsos,
sem tempo para pesar quanto vale a alma humana.
Porque a perfeição é a falsa condição que todo o cidadão procura,
a razão pelo qual o mundo inflama de paixão.
Africana
Ela tem a inocência negra dos amantes,
os olhos verdes de algo mais feroz que o próprio sexo com o fogo a companhar o seu espírito.
A sua alma de marfim está escondida sob a máscar de ébano!
E quando os nossos opostos corpos se unem,
fundem-se numa perfeita sinfonia e revela,
na nudez do coração,
os pecados negros que cometemos, no toque!
e a pura lágrima a escorrer dos seus ardentes olhos.
Como o sol e a lua,
a completarem-se no toque do prefeito eclipse!
Cega solidão
Pertenco á inóspita terra de nínguem,
sem passado ou presnte capaz de quebrar esta maldição de destinos traídos.
a vaguear pelas areias do tempo,
como xamã, de alma e corpo,
com os espíritos do fogo a possuire-me e
eu a beber as recordações dos antepassados.
Obrigado a reviver, cada lamento,
cada lágrima derramada enquanto evoco,
bem alto, para os Céus:
Naplam!,naplam!, oh agudo choro e doce grito do fogo!
Mas os espirítos,
também não me consiguiram acordar dos meus cem
anos de solidão!
EFEITOS
Leva-me de volta,
para o lugar onde me tinhas amado,
para todo o sempre,
Foste o meu grande amor, mas,
secretamente, disseste-me adeus!
De que estou á espera, se não sei do que estou á procura?
A casa está vazia,
das janelas uma visão nula,
lembranças guardadas no sotão e
o coração á procura de novos tormentos para
preencher o vazio esquecido do amor!
O alívio da tua dor,
significa em mim, a minha ira e
ódio em tão breves cantos.
De quem é a culpa, de um querer morrer
e outro estar apixonado?
A resposta está nos sonhos.
De noites vazias e meses sem ânimo,
de ruelas esquecidas e trabalho de escravo em grilhões de rotinas,
é disto que sou feito, é isto que sou!
Segredos da vida e mistérios do amor,
diante do espelho,
do espelho do mundo, vejo o reflexo do poeta,
tudo se refecte, até o fogo das verdades que matam.
ELA
Vejo a minha inimiga,
a rainha do coração de gelo,
a rapariga que resite,
a rapariga dos meus sonhos.
Tu queres que o meu coração cesse,
sangre de amor.
Queres arrancar teu lugar,
retirado do meu coração.
O teu coração de cristal tem o
medo glacial que congela o
nosso aproximar.
Ideias
Encontro as palavras do tempo, descrevo-as nas insustentável leveza do ser numa explosão de caprichos e enganos.Estas ficam escombros da saudade, testemuhas em branco papael.
Emergo nas folhas do vento, levadas pela maré da inspiração, no ar mais belo do mundo,um extâse de sonhos.Guio-me pelo roteiro das palavras cegas, e procuro-as, e surdas, só sentindo-as.No caminho fluído que a água me mostra as suas asas, num chamamento longíquo que acorda os de espirito aberto aos perigos do destino.
Todos os dias, tenho uma leve expansão, vitíma da minha imaginção, mas esta é tão fértil como as planícies do rio Ganges envolto em mitologia.
Dou-me acesso a mim próprio, numa viagem sem limites e também à minha vida para agarrar-lhe num gesto simples.Pinto as palavras com caneta e papel, transcendo-as para um sítio melhor, Canto os meus poemas que nem fado ,como amália,sem destino marcado.
mas o que escrevo é nicotina de viagem, um vício do dia-a-dia, com o perigo de infiltrar-me em estranhas ideias.As minhas intenções negras são de alquimia para chegar á perfeição em cada letra , em cada verso, analizada matematicamente sem equações desérticas.
Enfim,
concentro-me no silêncio, para evitar a essência do vazio na minha mente, o maior obstáculo dos poetas.
na minha profunda confidência, um tumulto lírico tomei, como caminho a seguir, nas viagens que se seguem.