Poemas, frases e mensagens de trovaliz

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de trovaliz

O Cachorro e o Gato

 
Enquanto um gato valente,
Passa a língua pela barriga;
Um cachorrinho pintado,
Só pensa em fazer intriga.

Late e pula no quintal,
Todo eriçado se esconde;
E o gato incomodado,
Com raiva nada responde.

Depois, então pensa o gato:
Oh! Seu cachorro atrevido!
Estou de mal com você...
Não gosto do seu latido.

Mas, assim por sua vez,
Pensa o cachorro pintado:
Ah! Se eu te pego gatinho...
"Bichano" tolo atentado.

Todo pomposo o "bichano",
Agora, pensa orgulhoso:
Jamais eu vou ser amigo
De um cachorro raivoso!

Porém, num gesto de amor,
Ambos, logo se olharam...
Esqueceram a velha rixa
E bons amigos ficaram.

O gato cheirou o cão
E miou, todo fofinho...
O cachorro sem maldade,
A calda abanou mansinho.

Que lindo! Os dois animais
São amigos! Que legal!
Fizeram então as pazes,
E foram brincar no quintal!
 
O Cachorro e o Gato

Nunca mais Você Voltou.

 
Ah! Meu amor que saudade,
Que me traz ansiedade,
Hoje não posso lhe ver;
Por uma casualidade,
Você foi à outra cidade,
Só para me ver sofrer.

Deixou-me na solidão,
Tão sozinho, sem razão,
Nunca mais você voltou;
Porém, se você soubesse,
O quanto me entristece...
Você foi e me deixou.

Agora veio a saudade,
Visitar-me sem piedade;
Um dia você partiu...
Fechei-me nesta tristeza,
O mundo jaz sem beleza,
Pois você nunca me ouviu.

Não devo voltar atrás,
Você não volta jamais,
O nosso amor já passou;
Talvez não mais reste nada,
Fiquei só, nesta jornada...
Nunca mais você voltou.
 
Nunca mais Você Voltou.

O Garoto do Portão

 
A mocinha da esquina,
Anda a fim de um garotão;
Ela fica toda dengosa,
Ao vê-lo no seu portão.

Meu querido... Ela então diz:
- Eu o amo de paixão...
Oh!... Meu garotão sarado...
A quem dei meu coração!

O garoto quando ouve
A sua declaração,
Fica todo eriçado,
E não perde ocasião.

Certo dia, ele a deixou,
E foi grande a desilusão...
Sofrendo as conseqüências
Daquela cega paixão.

Os jovens, porém erraram,
Por não terem preparação...
Para os dois sem experiências,
Foi grande a decepção!

A menina não desistiu;
O rapaz era bonitão...
Mais tarde, a moça casou-se,
Com o garoto do portão.
 
O Garoto do Portão

O Gato

 
Estava tomando sopa,
A campainha tocou;
Fui ver quem tinha chegado,
E a sopa ali ficou...

A pessoa do portão,
Era um vendedor de roupa;
Ao retornar encontrei
O gato tomando a sopa.

Também tinha que chegar...
Por favor, vê se me poupa!
Esse tal de vendedor...
Na hora da minha sopa?

Então atirei um pau
Naquele malvado gato,
Que berrou e deu um pulo,
E ainda quebrou o prato.

Não fiz como dona Chica,
Pois, eu não me admirei...
Até hoje não entendo,
Como, o gato eu não matei!
 
O Gato

Quando a Saudade Chegar...

 
Se um dia tu partires para longe,
Chegar tua despedida...
Lembra-me-ei de ti -
Deixar-me-á saudades
das experiencias vividas.

E tu, contigo levarás,
Certeza em teu coração,
Que um amigo irás deixar...
Com quem pudeste contar -
Nos resta a separação!

E eu cá, tenho a certeza,
Que contigo me alegrei -
Meu prezado, assim te digo:
Vou perder um grande amigo,
Mas de ti lembrar-me-ei.

Sorri e sofri contigo,
E também pude chorar...
Procurei te compreender -
Quero hoje te dizer:
Em ti pude confiar.

De ti, recordar-me-ei,
Com estas trovas que fiz.
Não estarás ao meu lado -
Que Deus te abençoe amado,
Quero que sejas feliz!

Talvez, nunca mais nos veremos...
E este amigo, não mais tenha vida em si.
Se tu ficares sabendo...
Estes versos que estás lendo...
Eu também fui, já parti.
 
Quando a Saudade Chegar...

O Gato e o Rato

 
O gato escondido,
Esperava o rato;
E o rato na toca
Com medo do gato.

Saia o gato,
O rato invadia;
E muito guloso
Roía, roía...

O gato saltava
Pra cima do rato
Que, muito atrevido,
Comia no prato.

O rato fugindo,
Com medo do gato,
Tomou suas tralhas
E fez ninho no mato.
 
 O Gato e o Rato

Borboleta

 
Eu fico a observar a borboleta,
Altiva, delicada e multicor...
Embora um pouco tímida ou xereta,
Sua sina é envolver-se com a flor.

Nas tardes de verão, ali passava,
E indecisa, no jardim ela chegou.
Seu belo colorido me inspirava...
Serena sobre a flor então pousou.

A tarde chega ao fim... Logo anoitece!
E ela, ali está beijando as flores...
E toda a Natureza a enaltece...
Num mundo encantador, com muitas cores!

Eu paro a meditar... Que emoção!
Com prazer, me torno mais discreto...
Ingênua... Mas me traz inspiração...
Sem rumo, vive neste mundo incerto!

Abraça-se à flor... E ali sorri...
Agora, abre as asas para o mundo...
Vivendo seus momentos... Cai em si –
Quem sabe, num desejo mais profundo!

Um dia, já foi larva... E pra que serve?
Envolto num casulo que a esconde...
Talvez, sua existência seja breve...
E na metamorfose... Esteve aonde?!

Viveu os seus momentos de esperança,
Com graça e sem ter tempo a perder...
Agora, fecha as asas e descansa...
Chegou então, seu dia de morrer!
 
Borboleta

O Passarinho

 
Na prisão de uma gaiola,
Indefeso e tão sozinho;
Canta de olhos fechados
O pobre passarinho.

Solitário onde vive,
Só fica no poleiro...
É um passarinho triste
Por viver prisioneiro.

Ele tem água limpinha,
Comida nunca lhe falta.
Recebe o melhor trato...
Mas tudo isso não basta.

Coitado do passarinho
Nesta triste solidão...
Hoje, vou lhe soltar,
Desta terrível prisão.

A portinhola da gaiola
Abri bem devagarzinho...
E num gesto decisivo,
Foi saindo de fininho!

Está livre passarinho,
Desta minha crueldade!
Voa, voa passarinho...
Vai viver em liberdade!
 
O Passarinho

O Rosto da Janela

 
Quando por ali eu passava,
Um rosto à janela eu via,
De uma velhinha triste,
Que quase nunca sorria.

Um dia, ao passar ali,
A velhinha da janela...
Olhei, não mais a avistei...
Então, senti falta dela.

Bati à porta da casa,
Perguntei a uma senhora:
- Onde está a velhinha?
Que disse: - ela foi embora!

O rosto da janela,
Em meu coração ficou...
- Para onde? - Interroguei...
- Partiu, a morte a levou!
 
O Rosto da Janela

O Estudo

 
O estudo nos prepara,
É preciso estudar;
Amigo, não se esqueça,
Então de se preparar.

Em todo lugar que vamos,
Tudo é informatizado;
E quem não tiver preparo
Vai ficar atrapalhado.

Para pagar suas contas,
Precisa senha e cartão;
Por isso, amigo, é preciso,
Acompanhar a evolução.

Hoje ha muito desemprego,
E é preciso concorrer...
Sempre estar bem informado,
Pra poder sobreviver.

Quer leve o material
Na mochila ou na sacola...
Não fique matando aula,
Ou brincando na Escola.

Para o dia de manhã,
O estudo é importante;
Meu jovem, não se esqueça:
De estudar hoje bastante!

(trovaliz)
 
O Estudo

A Borboleta e o Passarinho

 
Singela borboleta que voava,
Lutando pra poder sobreviver;
Não sei o que da flor ela tirava...
Absorvia o néctar pra viver?

Voando sem parar, à flor alcança;
Não resta muito tempo a perder...
Agora sobre a flor ela descansa...
A vida é curta e não pode morrer.

Voava sem maldade, junto a um ninho,
Sem perceber, vagando ali se via...
E de repente um cruel passarinho,
A pobre borboleta perseguia.

Não pode se esquivar do inimigo
Que num gesto traiçoeiro a tragou;
Jamais imaginou tanto perigo...
Aquele passarinho a devorou.

Seus restos ali se viam ai que pena!...
Como marca sobre a flor então ficou;
É triste recordar-me desta cena...
Pois lembra o amor que cultivou.
 
A Borboleta e o Passarinho

A Formiga

 
A incansável formiga
Trabalha sem reclamar.
Não sei se é remunerada
Ou gosta de cooperar.

Nunca vi uma formiga
Queixar-se que está cansada.
Trabalha por conta própria
Ou é assalariada.

Alguém diz, maldosamente:
- Formiga, também tem fome,
Dá duro sem ganhar nada;
Se não trabalhar, não come.

Formiga não tem preguiça,
Está sempre a trabalhar!
Não é como certos homens
Que querem só vadiar.
 
A Formiga

O Pássaro (O Sabiá)

 
O sabiá pousou
Na mais alta paineira...
Voou por entre ramagens,
E cantou, no meu pé de laranjeira.

Todo dia, o sabiá
Vem cantar no meu quintal...
Do meu pé de laranjeira,
Ouço o canto matinal.

O sabiá foi embora,
Voou e foi pra floresta...
Hoje, na mata distante,
Canta junto a uma orquestra.

Os pássaros ali gorjeiam
Numa grande sinfonia...
Sabiá lá na floresta,
Canta com muita alegria.

Sabiá estou lhe esperando,
Venha pra velha paineira...
E depois volte a cantar
No meu pé de laranjeira.
 
O Pássaro (O Sabiá)

A Chuva

 
A chuva caía sobre a terra seca,
Molhando aos poucos até inundar;
Águas corriam pelo solo molhado,
Abrindo sulcos no chão, a rolar.

Pássaros voavam pra se abrigar da chuva,
Escondidos nas árvores encharcados;
Eu cá comigo a sussurrar sozinho:
Oh! Coitadinhos como estão molhados!

Pessoas correndo passavam por mim,
Procurando abrigo pra se proteger;
Umas enroladas da cabeça aos pés,
E outras ensopadas de frio a tremer.

E a chuva caía embaçando tudo...
Raios e trovões causavam terror;
Chegou à estiagem, e a chuva cessou,
Fazendo bom tempo com sol e calor.
 
A Chuva

Deixa Rolar...

 
Deixa rolar...

Quando você passa por mim
Esnobe seu jeitinho de amar...
Finja que olhou, mas não me viu,
E deixe o nosso amor assim rolar.

Talvez, ao voltar, você me veja,
Na roda dos amigos, a lhe esperar;
Não finja ocultar-me, sem falar,
Não deixe o nosso amor assim rolar.

E agora você passa com as amigas,
Não ouço seu jeitinho de falar...
Disfarça e faz de conta não me ver,
Deixando o nosso amor assim rolar.

Tristonho e sozinho vou-me embora;
De longe a vejo, assim se afastar,
Talvez, amanhã nos encontremos...
Deixemos nosso amor assim rolar.
 
Deixa Rolar...

Solidão

 
Passou por aqui, um dia,
A malvada solidão;
Insistente, ela parou,
Em frente ao meu portão.

Acho que foi atrevida,
Até sem educação...
Entrou sem ser convidada,
E ganhou meu coração!

Jamais eu imaginei,
Que a solidão, de repente,
Passou pra me visitar...
E conviver com a gente.

Hoje, triste e solitário,
Coloco-me a perguntar:
Quando você vai embora...
E no portão, quem irá parar?

Eu poderei ser feliz
Longe dessa solidão;
Se assim, a felicidade,
Visitar meu coração...

Se ela chegar, um dia,
E parar no meu portão...
Com prazer irei dizer,
Um adeus à solidão!
 
Solidão

O Bonito-lindo (gaturamo)

 
(Gaturamo)

No pé de amoreira da minha vizinha,
Um bonito-lindo, por ali passou...
Num domingo, de manhã cedinho,
Na velha árvore, ele pousou.

Eu, o reconheci, ao ouvi-lo cantar,
Que por ali, passava um bonito-lindo...
De manhã cedinho, saí no portão,
E nas proximidades, eu fiquei ouvindo.

Ele alimentou-se comendo as amoras,
E alguns passarinhos, o pássaro imitou...
Então, saltitando, de galho em galho,
Ao me ver olhando, ele se assustou.

Há quanto tempo, eu não encontrava,
Um bonito-lindo, para ouvi-lo cantar;
Num domingo, de manhã cedinho,
Bem perto de mim, ele veio pousar.

Abrindo as asas, mergulhou no espaço,
Num gesto decisivo, o pássaro voou!
Ele deixou-me ali a esperá-lo ...
Partiu pra floresta, e não mais voltou.
 
O Bonito-lindo (gaturamo)

A Lição de um Passarinho

 
Certo dia um garoto
Foi ao bosque passear;
Encontrou um passarinho
Numa árvore a cantar.

Perguntou ao passarinho:
- Por que está feliz assim?
- Para mim, meu bom menino,
Nunca tem tempo ruim.

Construí meu belo ninho
Num lugar bom e seguro...
Meus filhotes são mui lindos...
Tenho tudo o que procuro.

Deus me deu um bom abrigo
E comida pra eu viver;
Vivo livre neste mundo...
Tenho mais que agradecer.

O menino comovido,
Com o que disse o passarinho,
Foi pra casa bem contente
E feliz pelo caminho.

- Tenho um lar, uma família,
E sou tratado com carinho...
Eu posso considerar-me
Feliz como um passarinho!
 
A Lição de um Passarinho

O Homem e o Grilo

 
Certo dia, em um telhado, um pobre grilo,
Entrou em uma casa para “cantar”...
Achou que encontrou um bom abrigo;
Pensando que não ia incomodar.

O velho morador inconformado,
Xinga o grilo, e se põe a perguntar:
- Oh! Grilo horroroso e enfadonho...
Por que vieste aqui me importunar?

- Deste bairro, a tua casa eu escolhi...
Portanto eu queria te alegrar;
Não pense meu senhor, que aqui estou,
Querendo a tua casa para morar.

Disse ainda o grilo: Oh! Meu senhor,
Só vim, à tua casa hoje pousar!
Estou de passagem por aqui,
Por isso, para ti, eu vim “cantar”.

- Não gosto do teu “canto”, disse o homem;
Não quero mais ter aborrecimento...
Vai embora teu intruso, intrometido;
O teu “canto” enfadonho, eu não aguento!

Teu cricrilar enfada-me, é um agouro...
Não quero o teu “canto” mais ouvir;
Some! Vai embora, grilo tolo...
E deixa-me em paz, quero dormir!
 
O Homem e o Grilo

Saudades da Escola

 
Os meninos jogavam bola
No campo de futebol,
Da Fazenda Chá Ribeira
Onde ali brilhava o sol.

E como eu não gostava,
Nem entendia de jogo...
Não entrava na brincadeira,
Pois os meninos eram “fogo”.

Havia um tal de Indalécio,
De quem eu tinha pavor-
Batia em mim com a bola;
E eu, me retorcia de dor.

Porém, ao longo da estrada,
Bolinha de gude sem regra –
Jogo livre, sem demanda;
O ganhador então se alegra.

E se tratando de jogo,
Bolinha de gude à espera.
Quem ali se destacava:
José Muniz era fera!

Saudades dos velhos tempos,
Que guardo em minha vida!
Recordações da Escola,
Da minha infância querida!
 
Saudades da Escola

trovaliz