O Cachorro e o Gato
Enquanto um gato valente,
Passa a língua pela barriga;
Um cachorrinho pintado,
Só pensa em fazer intriga.
Late e pula no quintal,
Todo eriçado se esconde;
E o gato incomodado,
Com raiva nada responde.
Depois, então pensa o gato:
Oh! Seu cachorro atrevido!
Estou de mal com você...
Não gosto do seu latido.
Mas, assim por sua vez,
Pensa o cachorro pintado:
Ah! Se eu te pego gatinho...
"Bichano" tolo atentado.
Todo pomposo o "bichano",
Agora, pensa orgulhoso:
Jamais eu vou ser amigo
De um cachorro raivoso!
Porém, num gesto de amor,
Ambos, logo se olharam...
Esqueceram a velha rixa
E bons amigos ficaram.
O gato cheirou o cão
E miou, todo fofinho...
O cachorro sem maldade,
A calda abanou mansinho.
Que lindo! Os dois animais
São amigos! Que legal!
Fizeram então as pazes,
E foram brincar no quintal!
Nunca mais Você Voltou.
Ah! Meu amor que saudade,
Que me traz ansiedade,
Hoje não posso lhe ver;
Por uma casualidade,
Você foi à outra cidade,
Só para me ver sofrer.
Deixou-me na solidão,
Tão sozinho, sem razão,
Nunca mais você voltou;
Porém, se você soubesse,
O quanto me entristece...
Você foi e me deixou.
Agora veio a saudade,
Visitar-me sem piedade;
Um dia você partiu...
Fechei-me nesta tristeza,
O mundo jaz sem beleza,
Pois você nunca me ouviu.
Não devo voltar atrás,
Você não volta jamais,
O nosso amor já passou;
Talvez não mais reste nada,
Fiquei só, nesta jornada...
Nunca mais você voltou.
O Garoto do Portão
A mocinha da esquina,
Anda a fim de um garotão;
Ela fica toda dengosa,
Ao vê-lo no seu portão.
Meu querido... Ela então diz:
- Eu o amo de paixão...
Oh!... Meu garotão sarado...
A quem dei meu coração!
O garoto quando ouve
A sua declaração,
Fica todo eriçado,
E não perde ocasião.
Certo dia, ele a deixou,
E foi grande a desilusão...
Sofrendo as conseqüências
Daquela cega paixão.
Os jovens, porém erraram,
Por não terem preparação...
Para os dois sem experiências,
Foi grande a decepção!
A menina não desistiu;
O rapaz era bonitão...
Mais tarde, a moça casou-se,
Com o garoto do portão.
O Gato
Estava tomando sopa,
A campainha tocou;
Fui ver quem tinha chegado,
E a sopa ali ficou...
A pessoa do portão,
Era um vendedor de roupa;
Ao retornar encontrei
O gato tomando a sopa.
Também tinha que chegar...
Por favor, vê se me poupa!
Esse tal de vendedor...
Na hora da minha sopa?
Então atirei um pau
Naquele malvado gato,
Que berrou e deu um pulo,
E ainda quebrou o prato.
Não fiz como dona Chica,
Pois, eu não me admirei...
Até hoje não entendo,
Como, o gato eu não matei!
Quando a Saudade Chegar...
Se um dia tu partires para longe,
Chegar tua despedida...
Lembra-me-ei de ti -
Deixar-me-á saudades
das experiencias vividas.
E tu, contigo levarás,
Certeza em teu coração,
Que um amigo irás deixar...
Com quem pudeste contar -
Nos resta a separação!
E eu cá, tenho a certeza,
Que contigo me alegrei -
Meu prezado, assim te digo:
Vou perder um grande amigo,
Mas de ti lembrar-me-ei.
Sorri e sofri contigo,
E também pude chorar...
Procurei te compreender -
Quero hoje te dizer:
Em ti pude confiar.
De ti, recordar-me-ei,
Com estas trovas que fiz.
Não estarás ao meu lado -
Que Deus te abençoe amado,
Quero que sejas feliz!
Talvez, nunca mais nos veremos...
E este amigo, não mais tenha vida em si.
Se tu ficares sabendo...
Estes versos que estás lendo...
Eu também fui, já parti.
O Gato e o Rato
O gato escondido,
Esperava o rato;
E o rato na toca
Com medo do gato.
Saia o gato,
O rato invadia;
E muito guloso
Roía, roía...
O gato saltava
Pra cima do rato
Que, muito atrevido,
Comia no prato.
O rato fugindo,
Com medo do gato,
Tomou suas tralhas
E fez ninho no mato.
Borboleta
Eu fico a observar a borboleta,
Altiva, delicada e multicor...
Embora um pouco tímida ou xereta,
Sua sina é envolver-se com a flor.
Nas tardes de verão, ali passava,
E indecisa, no jardim ela chegou.
Seu belo colorido me inspirava...
Serena sobre a flor então pousou.
A tarde chega ao fim... Logo anoitece!
E ela, ali está beijando as flores...
E toda a Natureza a enaltece...
Num mundo encantador, com muitas cores!
Eu paro a meditar... Que emoção!
Com prazer, me torno mais discreto...
Ingênua... Mas me traz inspiração...
Sem rumo, vive neste mundo incerto!
Abraça-se à flor... E ali sorri...
Agora, abre as asas para o mundo...
Vivendo seus momentos... Cai em si –
Quem sabe, num desejo mais profundo!
Um dia, já foi larva... E pra que serve?
Envolto num casulo que a esconde...
Talvez, sua existência seja breve...
E na metamorfose... Esteve aonde?!
Viveu os seus momentos de esperança,
Com graça e sem ter tempo a perder...
Agora, fecha as asas e descansa...
Chegou então, seu dia de morrer!
A Lição de um Passarinho
Certo dia um garoto
Foi ao bosque passear;
Encontrou um passarinho
Numa árvore a cantar.
Perguntou ao passarinho:
- Por que está feliz assim?
- Para mim, meu bom menino,
Nunca tem tempo ruim.
Construí meu belo ninho
Num lugar bom e seguro...
Meus filhotes são mui lindos...
Tenho tudo o que procuro.
Deus me deu um bom abrigo
E comida pra eu viver;
Vivo livre neste mundo...
Tenho mais que agradecer.
O menino comovido,
Com o que disse o passarinho,
Foi pra casa bem contente
E feliz pelo caminho.
- Tenho um lar, uma família,
E sou tratado com carinho...
Eu posso considerar-me
Feliz como um passarinho!
O Homem e o Grilo
Certo dia, em um telhado, um pobre grilo,
Entrou em uma casa para “cantar”...
Achou que encontrou um bom abrigo;
Pensando que não ia incomodar.
O velho morador inconformado,
Xinga o grilo, e se põe a perguntar:
- Oh! Grilo horroroso e enfadonho...
Por que vieste aqui me importunar?
- Deste bairro, a tua casa eu escolhi...
Portanto eu queria te alegrar;
Não pense meu senhor, que aqui estou,
Querendo a tua casa para morar.
Disse ainda o grilo: Oh! Meu senhor,
Só vim, à tua casa hoje pousar!
Estou de passagem por aqui,
Por isso, para ti, eu vim “cantar”.
- Não gosto do teu “canto”, disse o homem;
Não quero mais ter aborrecimento...
Vai embora teu intruso, intrometido;
O teu “canto” enfadonho, eu não aguento!
Teu cricrilar enfada-me, é um agouro...
Não quero o teu “canto” mais ouvir;
Some! Vai embora, grilo tolo...
E deixa-me em paz, quero dormir!
Declaração de Amor
Quero afagar tuas mãos e dizer, te amo;
Tocando os lábios teus num doce beijo;
Quero dizer-te amor, tu és meu sonho...
És tu ó a mulher que tanto te desejo!
Se por acaso, quiseres me deixar,
Não sei o que fazer amor da minha vida!
Tu és minha paixão, a quem eu escolhi...
A mais bela das mulheres és tu querida!
Fica comigo um momento, por favor...
Não sei o que dizer se um dia te perder;
Pois tu és a mais perfeita das mulheres...
Se assim, posso dizer-te, meu amor,
Tu és a razão do meu viver...
Amor eu não imploro me ame se quiseres.