Poemas, frases e mensagens de Liduinan

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Liduinan

Gosto de mim -

 
Gosto de mim -
 
GOSTO DE MIM -
- Liduina do Nascimento

As marcas do meu tempo...
Houve um tempo, distante
em que o espelho nada me dizia
não havia rugas no canto dos meus olhos
a pele tinha um brilho, um viço –
as preocupações não iam para a cama –
dia seguinte uma praia seria a solução.
Tempos bons?
Onde a linha reta era chamada de futuro
tempo de liberdade, idas, festas
casas sem grades,
os jardins eram os muros.
-Medo?
Era só se apegar com São Sebastião,
que ele nos livrava dos males
que vinham dos ares.
Mas quer saber?
A minha juventude vista de longe,
mostrou-me uma alma, perdida, vazia.
Hoje, tenho um rosto marcado
em cada linha tem uma história
uma lágrima
uma dor, e até algumas grandes de vitórias!
Toda lágrima tem a sua vantagem...
Cheguei enfim, onde eu queria!
As marcas que eu trago no corpo,
e no meu rosto,
São as obras de arte do tempo
que no resultado final,
desenhou em mim o amor.
Gosto das minhas rugas,
e de ser o que sou...
E em meu sorriso
está escrito toda minha história.
Não agrada?
O que importa é essa que hoje eu sou.
 
Gosto de mim -

A noite e o Silêncio

 
A noite e o Silêncio
 
Todas as noites o milagre da vida
em algum lugar acontece...
Também aqui.

É quando os meus sonhos descansam,
dando uma trégua aos meus medos.

É quando a solidão conforta,
ao deparar-me comigo.
O silêncio se faz necessário,
Viciando.
Ah se os meus ouvidos
com frequência, o merecesse.

A ausência do eco da efemeridade
das palavras, inconsciente,
nada representa ou acrescenta,
e faz com que eu percorra tranquila,
um leito vazio, inocente.

É o doce tempo da minha alma
que se banha,
E repousa, sem saber se despertará.

As ilusões atravessam a misteriosa escuridão,
para banhar-se no suave rastros de estrelas,
esquecendo um abismo
que coloco em último plano.

Abismo,

Causado pelas multidões da qual eu sempre fujo,
na cegueira que criei para o meu bem estar.
Para abrigar-me satisfeita, dentro de mim mesma,
esquecendo os rótulos.

_ Liduina do Nascimento

Imagem Luso Poemas
 
A noite e o Silêncio

Jornada

 
Jornada
 
Jornada

Muito cedo, quando peguei a estrada, me senti tão pequena
Nesse imenso mundo sem você. Pensei;
Quanta cor, quanto sol, quanto encanto tem a natureza,
Parecendo me convidar à ser feliz, então vou por aí
Tentar viver, eu juro que vou.
Na mesma via que eu, iam as interrogações, acentuando
As minhas limitações. Enfiei o pé, sem mais olhar.
Não dei ouvidos, sozinha gritei bem alto;
Viver é percorrer o paraíso! Num jeito de nisso acreditar,
Pois correndo junto vinha a teimosa desilusão
E os milhões de pensamentos loucos, que fui deixando atrás.
... Para trás.
... Para trás.
Quando amamos demais, é muito difícil, deixar tudo para trás.
Distraída, recebendo o ar natural, quase atropelei o silêncio
Que com um olhar melancólico e tímido,
Vinha em minha direção,
Acenou, me pediu carona, não resisti, adoro a sua timidez.
E fomos, depois paramos precisávamos molhar a garganta,
Na beira do caminho, tomamos uma água, havia muita sede.
Continuamos a nossa jornada, eu não desistiria dessa vez.
E em nossa visão, plantas, galhos, cheiro de orvalho...
De tudo que passou por mim, eu preferi ficar com o silêncio,
E o silêncio dele, resignada, amo, respeito e me calo.

_ Liduina do Nascimento

Imagem - Luso Poemas
 
Jornada

Alegria

 
Sabe,

àquela mulher triste? Fugiu, deixou em seu lugar, uma mulher que ama e acredita na vida, que não abandona a sua luta.
Porque viver é maravilhoso e ela quer encontrar um lugar chamado paraíso do amor, onde se esconde o homem mais importante do mundo!
Do seu mundo de amor e de poesia.
Para dividir com ele a sua alma cheia de alegria.

_ Liduina do Nascimento
 
Alegria

Por que?

 
Por que?

Quando busquei as minhas próprias respostas,
senti um frio imenso na alma,
desde então eu passei
à viver tão somente,
sem querer recordar o passado,
Passei à acreditar no hoje e em minha nova caminhada.

Quando envelhecemos,
passamos à não querermos mais nos
preocuparmos
com pequenos detalhes deixados no chão
do tempo,
deixemos que os ventos
levem as nossas mágoas,
junto com as folhas ressecadas...
Sem querer saber o porquê, sigo.

- Liduina do Nascimento
 
Por que?

Falso brilho

 
Falso brilho
 
Falso brilho

Era fácil pronunciar sem citar a verdadeira palavra,
Mais fácil ainda era escrever quando ninguém mais percebia.
Havia um gosto de despedida em cada poema
e uma vontade de deixar ao chão,
os sonhos, desnudos e continuar a viagem.
A distância da mão até o papel era acentuada
enquanto a alma insistia em abrir a mesma porta
com a velha chave, errada.
Não era mar, não era montanha, o que fizeram com a estrada,
Se não era chegado o seu final, onde estava a saída?
A visão sobre ela, agora era diferente.
Enorme como nunca, banhando de desilusão,
qualquer sensação de liberdade.
À espreita sempre haverá uma palavra chave
observando a angústia de cada letra, 
querendo juntar-se à experiência de algumas
letras vivas, para frágeis, não morrerem sufocadas.
Era a lua do tempo, uma grande parte dela,
por castigo, havia sido consumida, mantendo o mesmo brilho.
Falso brilho, fechando todas as passagens
daquela mulher decepcionada,
que agora triste olhava a lua, não em sua plenitude.
Assim como a sua vida, a lua agora era fatiada.
Enquanto as verdadeiras palavras estavam soterradas,
Não era a mesma lua, não havia tempo,
não havia mais nada.

_ Liduina do Nascimento

Imagem Luso Poemas
 
Falso brilho

A alma e sua sina

 
A alma e sua sina
 
Ainda ontem choveu intensamente em minha alma, que assistiu as águas descerem desesperadamente à rua, tentando secar e causar uma frieza à paisagem da minha memória, que se apegou ao cheiro da terra molhada, vindo com o vento forte, que sacudiu as cores do arco-íris, para reanimar o triste fim de tarde, rápido surgiu a sombra do sol todo prosa, por detrás das nuvens, ele parecia se esconder, e ia se despedindo, gostando de ver os meus olhos se espelharem na vontade que nunca passou, mas se acostumou a espiar o amor, pelo interior do muro, mas com uma louca vontade de correr beijando a vida, ah vida, até o fim das águas que foram se abrigar no mar. Absorver a compreensão suave, sempre com o gosto de gratidão por mais um dia cheio de encanto e de versos, que sejam versos frágeis mas cheios de sentimentos, quando ainda se percebe a certeza de que os seus caminhos transportam à esperança. Nada está perdido, há tanta energia que vem de dentro, tanta meiguice, fazendo qualquer paisagem melancólica ser a mais linda e afável! Não importa se em você existe um sonhador que chora ao abraçar a sua realidade... Não chore. Na vida há pouco tempo para o lamento. O tempo não consegue apagar as nossas lembranças, muito menos transforma a alma que se refresca na brisa da felicidade, sonhar é preciso, sempre, na sua realidade é você quem dá o toque de fantasia, a minha alma é sempre um pouco de sol, um pouco de chuva, um pouco de noite, ela vive a sua eterna juventude,
porque cada alma tem a sua sina, a sua idade, algumas estacionam nos vinte e um, vinte e três, sem serem insensatas, apenas são o que são, não conseguem ser escuridão, só luz, não se transformam em amargor, mas flutuam cantando, escrevendo o amor.

_ Liduina do Nascimento

Imagens - Luso poemas
 
A alma e sua sina

Maioridade

 
Maioridade
 
Há festa!

Não sei bem onde ela está,
quem sabe dentro de mim, ou quem sabe
Numa súbita libertação do lado de lá!

Havia
aquela ansiedade de correr feito louca,
em busca do final duma certa estrada!

Sabe?
A vontade cessou.
Aprendi,
dentro das minhas loucuras;
A ser feliz
Exatamente aonde estou.

_ Liduina do Nascimento

Imagem do Luso Poemas
 
Maioridade

Pássaro triste

 
Pássaro triste
 
PÁSSARO TRISTE

Ouço à janela, o que escondo, o que não posso calar.
Um canto desses, que num canto, algo em mim desperta.
Preciso sair, não quero esse tormento,
deixo as paredes sem entender o que comigo se passa.
Penso nos anseios percorrendo a minha alma.
O que fazer se não posso falar?
Viajo num tempo, que de nós, nada mais fala... Penso nele, penso muito sem me cansar. Por onde quer que vá, o seu canto vai me acompanhar.
Cante, insista em seu apelo! No fundo gosto de ouvir a sua queixa
que a minha queixa cala. Do que reclama? A minha dor, só eu conheço.
O seu canto instigante combina com os galhos secos,
que choram com saudade dos ventos que foram esperança.
A sua tristeza combina com a ausência de sol... Combina, com a falta de cor na tarde, com a falta de amor e com as minhas lembranças. Dessas coisas que não consigo explicar, e nem mereço. Por mais que eu fuja, não consigo deixar de admirá-lo lindo assim cantando sozinho!
Pássaro triste, arrume um jeito de ser feliz, nessa vida bela,
e tão mágica, feita para além dos sonhos,
Fujo do amor e com amor lhe escuto... Continuarei o meu caminho.

_ Liduina do Nascimento

Imagens - Luso Poemas
 
Pássaro triste

Um amor que se perdeu

 
Um amor que se perdeu
 
Em cada tristeza do nosso olhar,
a alma chora e se esconde...
A felicidade lhe abre os braços,
chama e ela não responde.

Quando sorrimos com verdade,
o brilho vindo da alma ilumina tudo ao nosso redor,
Passamos e deixamos boa energia, tornando tudo melhor.
Satisfeitos, nunca nos sentimos tão só!

O meu sorriso era de fato muito feliz!
Até que um dia,
uma tempestade silenciosa, o meu amor para
um lugar inacessível, levou.
Se alguém souber dele,
Tenha dó desse desolado amor, por favor me diz.

Ele foi fugindo, de mim se perdeu
Foi para além do horizonte,
Ultrapassou o arco-íris, ignorou a sua magia e desapareceu.
Deixou em meu coração um vazio, uma dor tão grande,
Logo eu, passei uma vida, sonhando que fosse meu.
Na minha vida, antes, cor de rosa, entristeceu.

Perdida na noite escura... Sigo noites sem luar,
Sem estrelas nenhuma para contar,
Apenas ouço por onde vou,
A minha pobre alma chorando, à lhe chamar.

Liduina do Nascimento

Imagem do Google
 
Um amor que se perdeu

Quanto mais vida

 
Quanto mais vida
 
Um dia desses sem querer,
Por onde eu passava,
Encontrei-me com a sua tristeza,
Ela vinha do lado contrário, cabisbaixa,
Sem me notar,
Fiquei parada por questão de segundos
Olhando ela se aproximar,
Não tive medo.
Ela não falava a minha língua,
Mas li a legenda em cor cinza,
Quase inexpressível,
Traduzi os seus motivos e vi
Que tinha algo a ver, comigo?
Assuntos, quiçá, mal resolvidos.
Se depender de mim, tristeza,
As suas malas você vai já aprontar.
Falei comigo mesma;
_ Nesta alma, nem naquela,
Não existe lugar para você tristeza,
Procure outro lugar para ficar.
Você não é minha, nem dele,
É um ser errante,
Que não sabe buscar alegria,
Da vida, só sabe;
Acusar
Condenar
Criticar
Julgar, sem olhar o próprio umbigo,
Não quer ver ninguém feliz
Só sabe reclamar,
Ah você não combina comigo.
E assim se fizeram as tristes lembranças,
Se perderam por aí!
Agora é a vida
Quanto mais vida mais vontade de viver
De continuar à sonhar!
Vida de manhãs encantadas,
Com pouca luz invade o quarto,
Chega com a brisa acompanhada
Com o canto dos pássaros,
Por onde literalmente entrou
Um beija flor me acordou,
Com alegria me levantei
Vi os primeiros raios de sol,
Porque viver é um milagre
Que está acontecendo, eu não posso esquecer
De agradecer as dádivas recebidas...
Vida de tardes encantadas,
De muito sol, muitas águas de cor azul
Daqui a pouco ele vai embora
...O sol e o seu calor,
Vai deixar as nuvens douradas,
E o mar ainda mais belo,
quem entende da vida, certamente nele viaja,
sabe que é inspirador,
ele entende do amor os seus mistérios.

_ Liduina do Nascimento

Imagem - Luso Poemas
 
Quanto mais vida

Pressa

 
Pressa
 
Com o passar dos anos, você reconhece a paciência,
A pressa já não conta... Gostava de ser livre, caminhava como se pudesse voar. Estava enamorada pela vida, não havia nada melhor. Sem saber que tempo era àquele, podia viver qualquer dia da semana no meio do dia ou da noite, sem pressa. Só precisava do vento, da chuva, do mar, e do sol. Pescava, corria, não pensava no anzol, olhava o infinito que adentrava à sua alma e ao seu olhar, Não pensava na idade, tinha uma alma de criança. Não ansiava os amanhãs. O hoje estava lindo! Sorria com os gritos dos passarinhos, imaginava-os construindo o seu lar,
Queria ajudá-los com lentidão à arrumar os seus ninhos. Pensava em matar num rio qualquer, o seu calor, a sua ansiedade de viver o seu amor. Queria...
Dizer para a plantação verde, que tudo estava tão bonito! Queria ouvir o eco do amor. Queria as cores da natureza, que ela amava, cores que lhe reanimava.
Escrevia contos dum amor que só ela conhecia, e mais ninguém... Poemas tristes, fazia. Na hora de fazer o peixe, imaginava um gosto secreto dos beijos que nunca teve.
Embaixo da árvore, em seu pic nic
... À sós,à largo céu, inventava a hora do almoço, cairia bem, um suco de melão
em sua companhia, sabia, ele gostava. Mas fazer o que? Se não era com ela, dele,
a alegria... Ele amava outras, e mais outras, era poeta! Ela não, ela não era poeta, amava somente um. Era fiel ao seu único amor. Enquanto as suas palavras saiam suavemente, o seu coração ficava leve. Mais tarde, com calma iria imaginar-se em suas, àquelas mãos desejadas, que não existiam. Apagaria tudo da sua memória,
não tinha mais o direito de com ele sonhar. O sono pesado, sem sonhos, vem manso, deixa a noite mais tranquila. Iria acordar e viver em sua simples forma de acreditar num mundo só seu. Seu simples jeito de ser. De sorrir! Simples jeito de querer,
não iria mudar. Seu jeito tonto de amar, de viver, de ter mesmo tudo e ao mesmo tempo nada, assim, onde tudo com ele era restrito. Pensamentos pequenos, sem rumo, queria um futuro que não existiria. Sentada no jardim da ilusão, para na grama, escrever amor, Olhando os beijos do beija flor. Que terreno infértil era a sua ilusão. Casa vazia... Sopa quente com torradas, calor, banho de água fria. Feito àquele desconhecido e tão amado coração.

- Liduina do Nascimento

Imagem - Luso Poemas
 
Pressa

Não são tantas

 
Não são tantas
 
De onde vem os sonhos, não precisa responder, basta aceitá-los
colocando um pouco de verdade, sem deixar a ilusão morrer.

Sem conflito,
Tente libertar a primeira, esta que insiste em ficar,
que sente uma tristeza de dar dó, sente saudade,
Não se joga no mundo, sente medo, vontade de chorar,
Chora se sentindo só.

A segunda é tão leve, tão feliz,
Sai destemida, driblando os seus desertos,
De tudo ela faz, até fantasia, para sentir de algum jeito
o seu amor por perto. Atropela a espera, afronta o tempo,
Corre louca, acha que para o amor, todas as horas são poucas
e não desacredita na sua magia nem no seu encantamento.

A terceira, essa que por tudo brinca, sorri, ouve os pássaros,
O canto de cada um deles, sabe distinguir,
quando chega um, nas tardes, cantando estranho,
de um jeito diferente, logo só de ouvido,
ela sabe se é de alegria ou de dor, pois sente o que ela sente.

São três, mas, nenhuma se perde da outra,
entre si, se orientam, equilibram-se, se entendem.

Com muito amor abraçam o caminho que lhes resta seguir,
pois neste labirinto, existe um destino certo.
Vão para o endereço onde mora o amor.
Ah se conseguirão chegar!
Chegando, abrirão todas as janelas, num só gesto irão cantar,
dançar! Se uma, vai continuar à chorar,
Nunca uma da outra poderá se separar,
porque prevalecerá somente esta alma única,
Que novas histórias, a cada novo dia, continuará à contar.

_ Liduina do Nascimento

Imagem Luso Poemas
 
Não são tantas

Estação do amor

 
Estação do amor
 
Se o seu coração já pulsou mais acelerado, quando os seus olhos se perderam por horas num mundo encantado, eu não sei, mas sei que quanto mais o tempo passa, mais bonito, mais atraente você fica. Porque a beleza pode até passar, a vontade de ter você não passa, assim como não passa o seu jeito, a sua graça insubstituível.

Chego a me esquecer de onde estou, encantada, olhando você. Hoje eu quase matei a saudade, e quase morro de amor, olhando os seus olhos minha perdição, e feito adolescente sorri daqui, de felicidade porque você existe. Embora sem você eu viva assim tão triste por não poder ter o seu amor.

Conte-me o seu segredo, como você consegue ser assim tão encantador? Desejei tanto um abraço seu, meu grande amor! Esse será o meu segredo, como foi que hoje eu vi você, você talvez não lembre como eu fazia antes, quando estou morrendo de saudades de você. Eu amo olhar os seus cabelos, estão lindos, que bom que você me atendeu, eles são fios prateados, que o tempo lhe deu.

Pude percorrer você por inteiro, mãos, boca, o jeito discreto de se vestir suave, e o sorriso tímido que me deixa ainda mais louca. Meu Deus! A sua voz, sua paciência em saber ouvir, mesmo assim de tão longe, não me deixa de você desistir. E a sua simplicidade, discrição, não tem igual.

... Tão lindo
... Tão calmo

Quantas vezes me disse não ser perfeito, sei que não é, mas procurando em você um defeito, descubro a cada dia, amo você de todo jeito.
Falando, mais parece um anjo sem vontade de nada dizer, mais diz, e eu digo sem dúvida alguma, eu amo você. E lhe vi sem poder tocar, sem poder falar, fiquei horas pensando que maldade do destino lhe roubar de mim.

E a minha alma entregue, desarmada, confesso que lhe ouvindo, entrou ainda mais, mais uma vez em meus pensamentos tal maneira, que se amanhã eu morrer, todos irão saber, morri de tanto lhe amar e de não poder ter você.

Antes de terminar essa declaração de amor, vou contar onde eu lhe vi, acredite, foi aqui em minha imaginação, quando a saudade é intensa, basta eu fechar os meus olhos e encontro você, em meu mundo, através dos vidros dos trens rompendo no tempo cada estação.

P.S:
Mas vem cá, deixa só em seu ouvido eu lhe dizer que você é o meu amor e eu sei que só você sabe onde eu de fato vi você. Você está na sintonia, no vento, na vida, continua sendo você a minha alegria.

_ Liduina do Nascimento

Imagens - Luso Poemas
 
Estação do amor

Convite

 
Convite
 
Era uma tristeza sem cura, uma espécie de loucura
quando àqueles braços abertos,
Àquele alegre sorriso surgiu diante de mim...
Hesitei por alguns instantes, acostumada à sofrer
sair daquele lugar, talvez não fosse tão ruim.
De repente a saída era o convite,
Encontrei um sol brilhando,
As flores desabrochando,
Fui tomada por uma estranha alegria,
Um grande amor fugiu de mim
Ah mas talvez não tanto amor assim!
Viver é ser feliz só,
A vida me convidou à passear, mostrou-me maravilhas,
ali estava uma nova chance de recomeçar,
Aceitei o seu convite, de agora em diante,
não iria mais, por nenhum amor, chorar.

_ Liduina do Nascimento

Imagem Luso Poemas
 
Convite

Agora

 
Agora
 
Nunca imaginei poder alcançar o prazer de viver
Sem me preocupar com as horas;
Do jeito que estiver, onde eu estiver,
Fico bem demais.
Soltei os ponteiros do tempo,
descobri simplesmente a vida.
Quando tocam os sinos, já não penso no porquê.
Acho que eles tocam
para me fazer lembrar que a vida
É simplesmente
Para ser vivida agora.
Todos os relógios mentem,
Nada marcam.
São vazios, neles não me encaixo,
Sou espaçosa demais!
Sem talvez, sem alimentar saudades
Caminho muito melhor.

_ Liduina do Nascimento

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Agora

Sem brilho

 
Sem brilho
 
SEM BRILHO

Sinto quando versam estrelas
Quando falam estrelas
Cantam estrelas...
Calam-se estrelas. Penso em ti.

Lembro
que fostes a minha estrela preferida,
Única.

Esta mesma
que hoje
aqui dentro sinto
Mesmo sem brilho para me iluminar.

Quando versam estrelas;
Penso em ti.
Desperto naturalmente para o nada.

Mais vale um amor calado
que aquele que grita
Assombrado.
Vejo tudo, me calo e sinto
Até acho graça. Dizer o que?

_ Liduina do Nascimento

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Sem brilho

Proseando a vida

 
Proseando a vida
 
Proseando a vida

Tempo encantado, aquele dos grandiosos sonhos.
Quantos filhos eu vou ter,
quantos amigos findarão na minha caminhada,
quantos diplomas...
Serão poucas as minhas decepções,
Será que serei feliz em minha jornada?
Ainda há tempo de sobra para viver,
Alguns ideais tendem à se realizar,
Afinal a vida é uma linda e inesquecível poesia.
Plenitude é a descrição dessa viagem maravilhosa!
Água transparente, ao fundo
refletindo um céu cheio de coisas lindas,
dessas que não se pode contar!
Tudo flui novamente, maré mansa, fina clara areia.
Os sonhos foram sonhos numa loucura necessária.
O passado, foi trilha quando precisava chegar!
A alma agora leve, leva a ternura consigo.
A menina que cantava para uma multidão, sabia
que o seu estoque de decepção estaria por vir,
Mas ela tinha o poder de decidir!
Agora, não via nem queria nenhum rosto, ou alma.
Apenas acreditando sentia nas palavras da melodia,
as lágrimas se despedindo, e indo as fantasias.
Tempo inocente da velha menina, quando,
com alguns de seus livros e caderno nas mãos,
ia para sua casa, querendo tão pouco da vida nua,
Vestindo o seu traje habitual, branco e azul marinho,
com a saia muito bem passada, abaixo dos joelhos;
_ Quanto pudor, até quando?
Nessa vida tão comprida, comprida até demais,
E... Cumprida a sua missão, voltando à rebeldia,
de que lhe serviria à esta altura, um amor?
Hoje?
Sem tempo ou paciência para os dramas ou tristeza.
Que fim? A sua vida agora que começou...

_ Liduina do Nascimento
 
Proseando a vida

Saudade

 
Saudade
 
Sentir vontade de abraçar alguém que você ama muito, e há muito tempo não vê, sabendo que seria impossível matar esse sentimento chamado saudade, aparentemente insignificante para quem está de fora só assistindo, ela vai invadindo a sua alma, tomando conta dos seus pensamentos que buscam as mais lindas lembranças de algo vivido, mesmo que não tenha sido fisicamente… De repente todas as paisagens se tornam melancólicas, tudo toma um sentido de frustração que faz com que você de certa forma perca a vontade de seguir, com uma venda nos olhos você vai tentando encontrar alegria nas coisas e pessoas ao seu redor, muito pela certeza de que a outra pessoa não sente a sua falta, fazendo a sua saudade ser ainda mais intensa. Os seus pés não sentem o chão, e voando sem rumo, você vira pó, feito folha seca perdida no ar.

_ Liduina do Nascimento

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Saudade

Anônimos

 
Anônimos
 
ANÔNIMOS

E nós passamos uns pelos outros, vamos ficando para trás, julgando que estamos indo para a frente, e deixamos espalhado por aí, um pouco da imensidão de pensamentos que muitas vezes coincidem com outros, porém as emoções não, essas são as impressões de nossa alma única. No decorrer da nossa amadurecida caminhada, nos apresentamos para um mundo, ora cheio de doçura, outras de melancolia e somos mais sofrimento do que felicidade, ainda assim continuamos insistindo, acreditando num amanhã diferente, onde todas as noites possamos dormir tranquilos e despertarmos sem sobressaltos.
Somos absolutamente anônimos às vezes à nós mesmos, guardamos um pouco de rosto daqui, um pouco de sonho do outro ali, até um tanto de voz, mas somos decididamente estranhos em meio a própria multidão dos eus que nos confrontam, nos cobram, que não nos perdoam pelas nossas fraquezas e tantas falhas. Imagine afinar-se com o outro, imagina! Com o passar do tempo, o para sempre perde todo o sentido, o que era inesquecível e incrível, se trata do que já foi, torna-se comum, tolo e até vulgar. Santo amadurecimento, é quando você ri sozinho e se pergunta: Mas onde eu estava com a cabeça? E nós senhores de nossos desejos já não dependemos mais de tanto, ou de tudo o que tanto sonhávamos, nos contentaríamos com o que traz sossego, harmonia e a nossa satisfação é a própria imagem do que construímos e está aí diante do espelho, que seja marcado pelo tempo sim, eu não trocaria nada do que eu vivi. Dizemos _ Muito prazer meu mais novo amigo sincero, fiel, positivo, presente, desses que correspondem aos critérios e às nossas mais dura exigências em todos aspectos, ou seja: Você mesmo é o seu melhor amigo, isso tem um preço, você passa à caminhar sem enxergar muita gente chata, você passa a amar a sua companhia, já olha certas conversas com desdém, mas a sabedoria o ensina a conviver e a não criticar, pois cada um tem o seu direito de ser como é, então sejamos, sem hipocrisia.
_ Liduina do Nascimento

Imagem - Luso Poemas
 
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