Quando se morre...
As paredes brancas faziam sentido agora
A paz abrandou o peito e fez nascer sorriso em estrelas
Era extremamente claro a presença da luz
...Não é fácil morrer tantas vezes e afundar-se em abismos de lama e terror.
E tantas vezes o mundo nos mata
E quando se morre pelo mundo
morre também a luz.
Os cabelos encaracolados brilhavam vida
Divina paz que exige leveza
E as paredes brancas faziam sentido agora
Pois de toda paz que havia dentro ainda do outro lado via-se muita dor e a impotência de nada fazer.
A paz abrandou o peito e fez nascer sorriso em estrelas, fez germinar na essência a presença de tantos, nunca antes sentida.
Era extremamente claro a presença da luz
E quando se morre...
nem sempre temos uma segunda chance de florir palavras.
No teu silêncio há um recompor...
No teu silêncio, grita a minha dor...
No teu silêncio a minha saudade dilacera
No teu silêncio há um recompor
De vida, de fé e esperança
No teu silêncio há um lado meu criança
Que me faz superar e aceitar
Que no teu silêncio eu vivo pra te amar...
( e tudo dói com a tua ausência)
A dor que mais dói...
Não é um poema...
É apenas uma dor
Que rasga e corrói
É uma perda de um pedaço, de uma história e de uma vida.
Queria que estivesse aqui pai.
Para poder fazer parar de sangrar o peito...
Que dói, que chora...
Dias vazios, lembranças que não dão paz
Dias vazios sem você meu querido pai.
E a poesia chora!
Sobre o amor...Talvez
Não sei mais escrever sobre o amor...
Talvez a vida seja esse sonho raso que se planta dentro dessa escuridão
Desilusão!
Tudo sangra, desencanta.
Queria ser teu verso, tua cor, tua luz
Mas sou o reverso, a dor, a desilusão que conduz
Queria que o teu brilho me atingisse, me tingisse de girassóis e encantos
Mas entre as três estrelas que brilham teus olhos
Eu sou a que vive naquele canto,
Tão apagada, frágil,perdida
Nessa vida desiludida!
E não sei mais escrever sobre o amor!
Tua cor de céu sorrindo...
Os pequenos medos ainda se escondem dentro daquela dor triste.
As muitas saudades e faltas ainda velejam nesses campos a esperar a cor...
A tua cor de céu sorrindo, me abraçando no teu olhar de noite! No teu olhar de estrela!
Flores(SER)
Um céu vestido de riso, libertou o medo...
Fez-se segredo entre a loucura e a lucidez!
Um céu de encanto e ternura,
Curiosidade exposta, minha cura!
Um céu de um mundo distante,
Brilho ausente tão iguais,
Tão diferentes...
Dispostos num mesmo verso, num mesmo chão,
Num único universo a não temer
Viver essa paixão...
Um toque de Deus
dias difíceis, ásperos a arder
o corpo que espera redenção
suavidade em sentir alinho
ancorada na luz que sorri do céu
são poemas que chegam
a curar os dias
com o toque de Deus...
No teu silêncio perdido
De todas as cartas que já te escrevi, dói-me saber que há um silêncio adormecido, cansado de esperar um verso e um sorriso qualquer que responda ao meu amor.
De todas as cartas que já te escrevi, fica uma esperança qualquer descrita nas linhas e nuvens de sonhos fazem-se frente a nostalgia de querer agarrar possibilidades com os dedos.
Que se vão...
E eu não posso mais esperar.
No teu silêncio perdido entre o teu mundo e o meu, eu emudeço, choro , me entristeço.
No teu silêncio perdido eu te amo, como nunca amei...
No teu silêncio perdido eu invento histórias que nunca viverei contigo, mas que estão vivas dentro de mim, que renascem a cada dia renovando uma gota de céu, frente ao mar das ilusões.
No teu silêncio perdido eu te aceito e refaço o meu viver, mesmo que seja apenas meu...
De todas as cartas que te escrevi, esta sangra saudade e sangra ausência, tudo parece tão distante...
(Sem você o mundo me dói)
Nada é como antes
Arde nos olhos uma vontade de esperas
e mesmo as horas tão repetitivas e vazias
tingem-se de verde a vontade do apego
Nada é como antes...
Nada mais...
Os erros condensaram-se na memória
Uma volta do que não volta!
E a vida a passos lentos
sobrevive
e tenta...
e tenta...
Te amando aprendi a me amar
As vezes as rimas ficam faltantes,
Rimar com amor torna-se urgente e necessário.
Rimar com a cor da tua alma, com a cor do teu sorriso...
Sabe quando as palavras ficam pequenas?
Elas ficam diante da grandeza da tua alma.
Te amando aprendi que o céu tem mais estrelas,
Que a vida é mais bela
E que os motivos são tão necessários
Para descobrir que além da tempestade
Vem a força dos teus braços que me acolhe.