E quando não sabia mais falar de amor...
Queria vestir o amor de sorrisos
E quando não sabia mais falar de amor,
O teu beijo caminhou até o céu
Infinito
Secreto
Intenso
Guardado no fundo de um segredo
Desejo!
Que se fez infinito, que se fez instinto.
Que se descobriu em tremores e esperas
E quando não sabia mais falar de amor
A minha boca se encontrou na tua
E foi mágica, e foi sonho e foi Lua
Brilhando alto no olhar que refletia
Esperança aconchegada
Acolhida de abraços
Intensidade de estar apenas
No canto do sonho vivido...
E quando não sabia mais falar de amor...
A tua boca virou poesia!
Vestida de inverno
A delicadeza veste-se de inverno... Uma xícara de chá de momentos esquenta as memórias que teimam em ressurgir da infância.
E quando o sol beijava a grama orvalhada, o mundo parava bem ali naquele campo.
O aconchego vinha do colo da mãe
O aconchego vinha do abraço do pai
Inverno é sinônimo de pão quentinho, de sopa no prato, da fumaça saindo do caldo com amor e carinho...
A delicadeza veste-se de inverno
E revive
Inventa um jeito de voltar no tempo
E inventa um tempo
Frio... Mas leve e sutil
De ser lembrança
Ser memória
Ser criança
Pausa!
Hoje eu não quero nada
Não quero letras rasgadas em meus dedos
Angustiadas em palavras soltas, magoadas
Não quero esperanças mentidas
Falsas, rasgadas em verbos armadas
Hoje nem me apetece o silêncio
Nem madrugadas
Um grito sangrando ideias
Um gosto ferido de pausas!
É preciso recolher a alma...
As vezes é preciso pausar o curso
Realinhar as rotas
É preciso recolher a alma vagante e,
Mostrar-lhe o abrigo...
As vezes é preciso fugir do perigo
E encontrar no verso a PAZ!
Por vezes desencontramos com nosso eu
E a dor da solidão é vazia e sombria
Nos procuramos por labirintos e pontes
E tentamos e tentamos...
O resgate é lento, é possível
E o encontro com nossa essência
É uma explosão de intenções
Que fazem a vida valer a pena...
Quando o amor escreve...
O Amor escreveu um verso e a poesia renasceu feito brisa
Quando o amor escreve
O acaso sonha
Encanta o pensamento que floresce ao entardecer
Todos os dias a palavra pronuncia plenitude, na mesma hora
Momento exato em que o riso fica leve
Ainda não sei lidar com nosso amor
Mas eu também não saberei lidar com a dor se o canto dos teus lábios pausarem a canção do nosso encontro
Quando o amor escreve a brisa se faz corpo... Meu no seu.
Coração abala intensidade
Tão urgente, tão pulsante do teu olhar...
Do nosso instante!
Dor...
Amordaça a alma, sentimento e emoção
Mesmo assim, o coração pulsa nas mãos
Cada batida um verso que nasce
Cada silêncio uma lágrima que se esconde
Entre silêncio e grito
A poesia é a ponte...
Voos
(um poema ouve a ave) e voa na imensidão,
sobrevoa mundo, identifica razão...
pousa no meu chão batendo asas de paz.
Abracei a lua...
Abracei a lua
E me fiz de fases
Para iluminar sua vida
Minguei os medos
Inovei os sonhos
Cresceram desejos
Abracei a lua
E me fiz cheia
E me fiz tua...
Teu riso...
Infinitos são os risos que ficam eternos na memória, teu riso tão meu!
Tão forte
Tão Eu...
Consagro os meus dias no teu sorriso!
e vou esperando dia após dia o amor se reinventar...
Sobre o amor...Talvez
Não sei mais escrever sobre o amor...
Talvez a vida seja esse sonho raso que se planta dentro dessa escuridão
Desilusão!
Tudo sangra, desencanta.
Queria ser teu verso, tua cor, tua luz
Mas sou o reverso, a dor, a desilusão que conduz
Queria que o teu brilho me atingisse, me tingisse de girassóis e encantos
Mas entre as três estrelas que brilham teus olhos
Eu sou a que vive naquele canto,
Tão apagada, frágil,perdida
Nessa vida desiludida!
E não sei mais escrever sobre o amor!