Escuridão
Escuridão
Submerso nas sombras, assim se encontra o meu coração
As lágrimas são o que me restam, me dói viver
Minha guitarra está triste e se lamenta enquanto sola um blues
Enfim...
A escuridão é o que me resta, até que o meu sol volte pra mim.
Pablo Wendell 07/04/2012
Madrugada
A madrugada reserva um silêncio sombrio e isso me traz pensamentos assustadores.
"Madrugada
A madrugada é vazia como meu coração
O silêncio começa a incomodar
Todos se foram, só me resta a solidão
O frio já não me deixa pensar
Continuo sozinho, nessa madrugada sombria
Procurando palavras pra me expressar
Tomando mais um porre, garrafa vazia
Um whisky barato pra esquentar
Nesses momentos de dor e sofrimento
Sua lembrança me corrói
Mas ainda que eu te odeie por um momento
Meu amor por ti é o que mais dói"
Pablo Wendell – 25/05/2012 – 00h48min
Perdido em pensamentos
No meu quarto escuro, vultos e tormentos afligem minha alma. Sentimentos obscuros, alucinações pagãs, tudo isso me ataca novamente. Os meus pensamentos ficam vagando em minha mente. (vez ou outra fogem e caem no papel em forma de poema) Quando me sinto assim, a única coisa que me resta é a escrita. Pessoas vem e vão (claro os verdadeiros permanecem), mas as palavras são eternas e eternizam também o escritor. Assim, entre monstros e criaturas lindas (Alguns desses são pessoas que não saem da minha mente) eu vou escrevendo. Hora sobre tristeza, outrora sobre alegria. Esse é meu único refúgio.
Pablo Wendell - 20/04/2012
A partir desse texto comecei a delirar, me perdi na insanidade das palavras e, enfim, fiquei em paz!
PS.: Esse foi um dia especial, aí que começaram meus desatinos presentes em "Noite de devaneios", "Madrugada", "Delírios" e "Sonhos"
texto ainda sem título
“Mais uma vez me encontro dividido entre a realidade e o mundo fantasioso da minha mente louca, isso é torturante. Não sei mais como fugir, acho que só as palavras podem me ajudar.”
Trancado em meu quarto, madrugada fria, medo de dormir e sonhar de novo com você (o que seria no momento mais torturante que os pesadelos de ontem e dos outros muitos dias anteriores). Até então estava acostumado com eles, os pesadelos, mas sonhar com você foi uma experiência boa demais, tenho medo disso. Coisas boas não acontecem comigo, por isso tenho medo.
A sua imagem começa a aparecer, sempre nos momentos mais inoportunos. E, por pior que isso seja, não sei por que uma parte de mim se alegra, deve ser porque você me atraiu ou pelo menos a parte que ainda não se tornou morta em mim. Essa felicidade machuca, não quero ficar contente com isso. Não quero nem mesmo continuar vendo sua imagem, mas ela sempre aparece.
Dormir não é mais tão fácil assim. Estou confuso, nem sei qual é minha realidade, acho que me encontro assim há algum tempo. Sem saber que decisão tomar, arriscar tudo seria bom ou ruim? Perco-me nas dúvidas e isso me incomoda, não tenho resposta pra tudo... Sou apenas mais um cara legal.
- Vamos, podem falar comigo agora que estou só em meu quarto, digam o que eu devo fazer.
Vozes, vultos, medos... Estou atordoado, acho que deveria ficar assim pra sempre, trancado em meu quarto, ouvindo meus pensamentos (as tais vozes... isso é loucura demais? Seriam mesmo meus pensamentos?), escrevendo coisas sobre mim, fazendo parecer que não tem nada a ver comigo. Não seria ruim, só não sei se teria algo pra escrever, sem você pra me inspirar. Por que tive que ficar assim?
- Vamos garoto, hora de acordar... Chega de brincar de escritor, chega de bancar o louco. Há pessoas te esperando fora desse quarto, não deve ficar trancado no seu universo, isso é chato - (as vozes me dizendo o que fazer).
Mas será que devo ouvir? Seria mais fácil tapar os ouvidos com o travesseiro, mas acabaria pegando no sono se me deitasse. Aí seria muito ruim.
- Sai desse lugar escuro garoto.
Não sei se são as vozes ou meu pensamento, mas dessa vez decidi ouvir. Sair do lugar seguro, ver se acontece algo diferente, quem sabe novas inspirações que me deixem mais atormentado ainda e matem logo essa metade que você insiste em perturbar nas ultimas semanas. Sim vou sair, escrever ao sol, às criaturas místicas que tanto me alegram quando, mesmo sem querer, adormeço e, por um milagre, consiga sonhar.
Pablo Wendell - 16/06/2012 - 22h: 34m
Sonhos
“Meu despertar é doloroso, queria que aqueles momentos se eternizassem ou (o que seria perfeitamente bom e insano) se tornassem realidade.”
Sonhos
Acordo em mais uma noite de pesadelos, ainda é alta madrugada e eu temo voltar a dormir. O dia clareia, não resisto, volto a pegar no sono e, como nas outras noites, você vem pra me acalmar.
Parece até que você sabe quando e do que eu preciso, mas foi só um sonho (seria eu louco por estar assim?). Estou confuso, volta e meia me pego falando sozinho, pensando em você que nem sei quem é. Mais uma noite de delírios.
Estávamos em um local surreal, havia uma banda com instrumentos estranhos e uma plateia um tanto quanto incomum... Um dos músicos se aproximou de você, ele queria chamar tua atenção e conseguiu. Nem suas risadas doces davam sentido às coisas toscas que ele falava, foi quando te abracei pra conter teu riso frouxo (e pra voltar suas atenções pra mim). Deu certo. Quando seus olhos se encontraram com os meus me perdi no vazio escuro da tua alma, um momento perturbador, porém o melhor da minha vida.
Por um momento achei que devia desviar o olhar, mas estava preso no teu mundo e, mesmo que pudesse, não queria escapar. Foi quando o beijo aconteceu. O êxtase do momento me fez tremer, enquanto você, que estava ao meu lado, ficava imóvel. Você enfim se mexeu, levantou-se da mureta onde estava sentada (quase deitada) e sentou-se em meu colo, como se precisasse de alguém pra te proteger. E então eu acordei (queria ter dormido pra sempre, só pra ter aquele abraço).
Agora me resta passar o dia vivendo a realidade longe dos delírios da madrugada, delírios que tanto gosto, sonhos e pesadelos que me fazem insano nesse mundo normal. Quem sabe se, nesses dias tão reais, me pego em um desatino, um delírio como aquele na calçada... Quem sabe você não aparece e (mesmo que em mais um delírio nas minhas madrugadas desesperadas) nós ficamos juntos, abraçados, nos protegendo da sanidade do mundo...
Pablo Wendell - 14/06/2012 - 11h 57min
Qualquer semelhança com a minha realidade (ou delírio, nunca vou saber) é mera coincidência...