Deixe que eu oriente, tuas mãos a me fazer carícias. A enlouquecer-me com o teu encanto. A invadir-me com a tua malícia. Deixe que a pele exploda de vontade. E os nossos corpos, vibrem de verdade. Deixe que o mundo, pare de girar. E que as emoções falem, através do olhar. Deixe que eu te sinta, neste meu sonhar. Por Deus te peço, Deixa-me te amar!
Ainda me lembro de uma chuva fina, que assim como eu, parecia chorar a ausência de dois seres angelicais, (Adriana e Guilherme). Chuva insistente, fria e contínua que aumentava a medida das lembranças em que me via completamente só. Voltei ao tempo em que as brincadeiras e os risos estavam em minha mente horas antes. E sofria pela angústia de saber, que bastaram minutos para que tudo o que era Felicidade, se transformasse num imenso pesadelo. Pesadelo este, que lançava sobre o meu coração toda a dor que um ser humano poderia sentir! As horas passavam e a chuva persistente fazia com que as lágrimas não tivessem tempo para secar. A face doce, linda que só emitia alegria agora estava ali, estática e sem vida. O sorriso brincalhão e maduro desfeito pela fatalidade. Como dói o coração se perder um filho! Ainda mais quando as circunstâncias desta, são brutais e violentas. A mãe numa hora dessas morre junto e pergunta a si mesma: - Porque, justo comigo? Tantos sonhos, tantos objetivos a serem concretizados, tantos planos concebidos destruídos numa Estrada da Morte. Recordo cada detalhe vivido e todas as vezes que presencio uma chuva fina, imagino tudo o que passei naquele dia fatídico e procuro pensar que não estou sozinha. Lembro de um dia alguém dizer, que quando eu olhasse as estrelas procurasse as mais brilhantes e certamente os reconheceria. Sábias e confortadoras palavras! Pude constatar esta verdade, pois tem sido o meu consolo. A dor existe, a saudade persiste por não tê-los aqui! Mas creio fielmente, que vocês filhos queridos estejam no Colo de Deus. E neste instante emotivo, sussurro á Cristo no ouvido, uma breve oração: - Senhor, desculpe-me pela fraqueza, desta dor que tenho presa dentro de meu interior! - É que pensei um dia, ir antes de minha filha deste mundo de ilusões. - Hoje entendo que no fundo, os levastes deste mundo, pra evitar um mal maior. - Agradeço-te o carinho, pela força que me dás e aproveito pra pedir, cuide destes Anjos por nós!
Cinco Anos sem Adriana e Guilherme, tem sido uma experiência dolorosa demais! Este ano o dia 6/12/2008 é sábado, dia da semana que ocorreu o Acidente e nesta Homenagem eu cito momentos cruciais que vivi, quando a Tempestade resolveu cair sobre as nossas cabeças (A minha, de Eliana, José Paulo e de Paulinha). A saudade continua grande, mas Deus tem estado sempre presente em nossas vidas, assim como as recordações, de filhos tão amados como vocês!!! Recebam todo o Amor existente na face da terra... Que a Luz de Deus os ilumine sempre! Desta mãe que não os esquece, Izabel Silveira
(Escrito no dia 03/12/2008)
Homenagem á minha filha Adriana e seu noivo Guilherme, por Cinco anos de saudades...
Aprendi que devemos amar, sem entregar o coração. Aprendi que a vida é bela, desde que saibamos vivê-la. Aprendi que as lágrimas, são refrigério para as nossas almas. Aprendi que a mentira, vem embutida numa grande verdade. Aprendi que o sofrer, não passa de uma sensata lição. Aprendi que o medo, vem de nossa insegurança. Aprendi que nascer é ter outra oportunidade. Aprendi que morrer, faz-nos reviver. Aprendi que sonhar é querer sofrer desilusões. Aprendi que a solidão, vem da palavra reflexão. Aprendi finalmente, que temos tudo sem termos absolutamente nada. E que a felicidade não existe, apenas transita em nosso meio. Aprendi, desaprendi e ainda assim, tento sorrir...
Izabel Silveira - 22/09/2007
A desilusão acompanhada de uma verdadeira reflexão...
Descobri que agora, consigo enxergar o óbvio além do obscuro. Descobri tristemente, do quão é capaz de fazer a raça humana. Descobri que muita das vezes, a razão é primordial na vida. Descobri que a verdade custa a aparecer, mas de uma hora pra outra ela reluz como o verdadeiro ouro. Descobri que o cego, é aquele que simplesmente venda os seus próprios olhos. Descobri que a vida Nada mais é do que felicidade. Ainda que com dores, mas com o objetivo preambular do mais puro amor. Descobri que o cafajeste, não age sozinho. Ele tem a contribuição de outro ser como ele e de sua inevitável vítima. Descobri que uma noite de prazer significa momentos montanhosos de mentira. Descobri que para uma máscara cair da face basta apenas sublimidade de uma auto-reflexão. Descobri que a verdade nua e crua, demora pra aparecer, mas quando chega vem derrubando o ser mais forte que pode haver no universo. Descobri que a fé, é a perfeita e maior conexão com Deus. Descobri que o sofrimento, não é apenas opcional ele faz parte do aprendizado humano. Descobri que o perdão, serena e acalma a alma. Descobri que o amigo, é aquele que suporta lamentações. Descobri que a paz, habita no interior de cada um. Basta fazer por onde. Descobri talvez tarde demais, como deveria ter agido em minha vida da maneira certa. Descobri a criança que existe em mim, da maneira mais covarde e humilhante. Descobri que eu sou alguém muito especial, e que mereço ser valorizada a cada segundo. Descobri um grande amor, dentro de uma enorme lixeira. Descobri que o adeus, é a fonte para recomeçar. Descobri que o inexato, é acreditar na derrota. Descobri que a desilusão, faz parte do crescimento. Descobri em ti (Ricardo), a mais dura realidade. Mas nada que o tempo não consiga apagar. Descobri que viver, exige talento. Descobri que a alegria, vem do autoconhecimento. Descobri finalmente, que devo cortar laços do passado para poder suprir as minhas necessidades e emoções.
Sim, acordei depois de ter matado a mulher que existia em mim. Despertei no momento exato em que o meu coração te enxergou. Quando abri meus olhos, vi que a vida valia a pena. E que já havia perdido muito tempo pra me sentir feliz. Você acendeu em mim novamente, a chama que o destino insanamente apagou. E pude me encontrar, como mulher outra vez. Mulher que se deixa levar pelos sonhos, e as belas emoções. Que se ilumina, ao toque de sensações. Revivi por acreditar, que o amor é infinito...
Existe ocasião em que a apatia e a vontade de viver, começam a fazer parte de um mundo pelo qual não se deseja experimentar!
Situações complicadas que a própria mente por vezes, desiste de querer ser entendida.
Luta-se pra chegar inteira a um destino, sem compreender que algum pedaço ficou no meio do caminho.
A realidade passa a ser esquecida e o sonho ou pesadelo passa a comandar a mente frágil e debilitada.
Se tem a sensação de outro dia vir a ser melhor, mas a única coisa que muda é a data do mês.
A distração passa a ter vontade própria, mas logo a seguir os pensamentos nebulosos tomam vida e tudo o que era pra ser bom, se esvai como fumaça no tempo.
É inevitável tal situação e a serenidade quase mantida, desabrocha em turbulência.
Passa a ser difícil encontrar harmonia no belo, quando se percebe a dificuldade para mergulhar no interior da alma.
Então a tristeza se acomoda no peito, não deixando espaço para a derradeira esperança.
O horizonte se apaga dos olhos, dando certamente lugar as lágrimas que impiedosamente dilaceram o pobre e fiel coração.
A felicidade um dia aconteceu, mas preferiu ir embora na intenção cruel das recordações.
E a ilusão sentida desmoronou, no despertar de uma terrível paixão.
Sabe amor, tantas e tantas vezes procurei-te em outros braços, pensando que certamente teria o mesmo carinho e doçura que encontrava nos teus. Tentei te buscar nas caricias de beijos, em lábios diferentes, mas o calor era outro. Tenho tentado te encontrar em amores até mesmo complicados, mas tu és único. Quando fostes de mim, morri um pouco pra vida. E faço tudo pra recomeçar, mas o destino tem-me pregado muitas peças. A semente deste grande amor, onde lhe via com os olhos da alma, seguiu para onde reside as mais belas estrelas. E fiquei mais uma vez só! Dia destes chorei muito, ao recordar de ti. Por saber que o que vivemos, não mais se repetirá. Levastes o meu coração no dia exato em que partistes. E hoje a saudade invade o meu ser, na ânsia louca de meu viver. Quem sabe em sonhos possa lhe ver pois neste mundo, perdi você!
Izabel Silveira - 22/12/2008
(Poesia em Homenagem ao Pai de minha filha Adriano S.R., Pelos dezoito anos de sua partida - 19/12/1990)
Ela se queixa da dor, da ausência e de saudade. Não consegue se reerguer e tem dificuldades para olhar o horizonte belo... Ouve o que diz o coração, mais as forças são mínimas. Amanhece sem se conhecer, e adormece no pranto desmedido... As vezes sorri, mais chora em seu interior. Tenta chutar tudo para o alto, mais algo a detém fortemente! Quer ficar boa, se curar do que a atormenta. Mais não consegue este bendito remédio... Enlouquece no vazio, da solidão contínua. Mistura doses de reflexões, e ainda assim lhe foge a paz. Ora por um milagre e o aguarda em profundo silencio... Esquece de tudo a sua volta, com o som de melodias. Mais somente viaja por um infinito de puro sonho! Pede socorro, ao mesmo tempo que acredita não precisar de ajuda... Eleva-se na magia das lembranças e consegue cair cada vez mais, na melancolia que a entristece... Espera por uma mão que alcance a sua. Mais só Deus pode sustentá-la! Chora a sua condição, mais ainda tem esperanças... Tem certeza que um dia esta ferida se fechará! E então sorrirá, por ter encontrado a verdadeira cura de seus males... Não será doente da alma, pois terá superado a sua queda e o infeliz fracasso... Será de novo, como nasceu um dia! Inebriante e cheia de alegria!
Como criança pequena, Sem forças, sem lemas Abrigar-te em mim... Sem a necessidade, de tempo ou alarde... estar com você! Minha jóia profunda, Tesouro que inunda... O meu coração. Te fazer sem defesas, Abusar de suas presas... E arrancar-te um vulcão! Iludida e ardorosa, Te fazer todo prosa... Esculpindo o tesão. Elevar-te nas nuvens, Esbarrar-te entre cumes... Dar-te só sensação. Ai quem dera pudesse, Te fazer levitar... Em meu corpo molhado... De tanto de amar! Esqueceria o tormento, Que a vida me dá Viveria o tempo, Calado e sereno... Somente a sonhar!
Izabel Silveira - 20/01/2005
Poesia também retirada do E-book Desejos de uma Paixão...
O dia amanhece em silencio, mas ciente de minha saudade. O sono perdeu seu sentido, para lembrar-me a dura realidade. E tento lidar com a tristeza, por não ter-te aqui do meu lado.
Sei que podes entender, cada sentimento descrito. Pois sabes que o meu amor, é maior do que o infinito.
Por ti revi meus conceitos, e hoje penso diferente. De tudo o que condenei, reaprendi a ser gente. E nesta luta diária, meus passos se dão lentamente.
Sei que podes entender, cada expressão denotada. Pois laço que nem o nosso, não se desfaz numa estrada.
Deus te fez um Tesouro, jóia de minha vida. Pois no dia em que nasceste, nascia a Esperança ora perdida. Presente de minh'alma, Pérola que me enriquecia.
Sei que podes entender, tanto amor dentro do peito. Pois teu brilho iluminava, e alcançava o que é perfeito.
Izabel Silveira - 19/06/2009 (Homenagem á minha filha querida, pelos 28 anos que completaria no dia de hoje)
Adriana amada filha, peço á Deus que te permita receber todo o amor e carinho, desta mãe que mesmo não podendo lhe ver, tocar te sente em tudo o que faz. Feliz Aniversário, minha filha!!! Que as bênçãos de Deus e os Anjos Celestiais te iluminem a cada dia. Te amo muito e vou te amar sempre... Beijos da mãe, Izabel.
Homenagem aos 28 anos que faria a minha filha Adriana...
É não poder te tocar, não poder te beijar nem tão pouco lhe ver... Saudade é viver de lembranças, de alguém que se ama e não pode se ter! Saudade é querer seu sorriso, seu jeito atrevido de amar e viver... Saudade é chorar bem baixinho, o tempo vivido de paz com você!
Deixa-me estar contigo em minha imaginação. Deleitar-me em sonhos e lembranças. Acreditar que a minha volta, suas mãos possam me envolver. Ouvir de teus lábios, um sussurro dengoso. Deixe-me imaginar, que tu me amas e sentes a minha falta. Não tire esta emoção de meu coração. Se não alimentas pelo menos me deixe sonhar... Sonhar com este amor terno e grande, que me eleva as alturas de um infinito nunca visto. Se não desejas, deixe-me senti-lo a cada pensamento meu. Enfim, se deixe amar por alguém que não pára de te lembrar...
Involuntariamente, perdidamente, equivocadamente, desesperadamente, alucinadamente, erradamente, inexplicavelmente, fervorosamente, calorosamente, afetuosamente, ternamente, ardentemente, demasiadamente, deliberadamente, insanamente, desde o dia o em que te vi, pela primeira vez.
Acreditei na possibilidade de um dia ser amada, e me iludi. Pensei ter visto em seus olhos a minha face, e o reflexo não era eu... Senti teu gosto em minha boca. Mais percebi que ao beijar-te, eu apenas descobria os segredos teus... Duas almas quando se encontram, não agem no obscuro. Elas se entregam na certeza de que nasceram, para viver um grande sonho de amor... E eu me iludi no ridículo de que poderias me amar... Mais viver, significa também sonhar!
Amar-te é viver com eterna satisfação, cada segundo de meus dias! É ter-se a certeza, de que no mundo existe a fórmula mágica para ser realmente feliz. É diminuir um pouco o sofrimento sentido de uma dor, por uma versão mais acentuada da vida. Amar-te é tudo de bom que pode neste mundo existir! Sabendo-se que tudo um dia pode ter um fim. Mais assim mesmo, quero continuar a sentir este amor insano e maravilhoso, que sinto por ti! Quero esquecer as regras e me entregar por inteiro. Saciar meus íntimos desejos contigo. E quem sabe a hora, que sentimos os devaneios, consiga então te monopolizar. Arrebatar-te de intensos beijos, fazer contigo o gozo rolar. É que de tanto te amar deste jeito, consigo enfim me realizar. Amo-te!
Poesia retirada do E-book Desejos de uma Paixão...
Devolve o canto, que era meu encanto. O brilho estável, da sensualidade.. Devolve a esperança, que a doce lembrança. Me fez esquecer, com a sua crueldade. Devolve a vida, que me foi tirada. E a alegria, de não ser mais nada. Devolve o pranto, deste abandono. Que um dia foi amor e hoje é mais um sonho.
Izabel Silveira
"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade"