...
Vi-te no meu quarto
E sonhei
Sonhei fazer-te meu, imaginei-te
Construi-te numa só noite.
Fiz de ti uma tela
E pintei-te como só eu queria que fosses
Ilusão abismal
Conservação inquieta
Sonho meu
Para sempre foste o sonho que eu amei
Para sempre foste meu
Foste o meu sonho encontrado
Na noite em que te descobri.
E de manhã não te perdi
Pois continuaste e continuas a ser
O meu sonho
...
Sou e não sou
Sou tudo e não sou nada.
Sou alegria;
Sou tristeza,
Sou felicidade...
Sou mágoa;
Sou desejo de saudade.
Sou a água que corre num rio,
O vento que ondula os cabelos.
Sou as sombras que perturbam o silêncio das árvores;
A noite que adormece o dia.
Sou a morte,
Sou a vida.
Sou sede de domínio.
Sou o pão de vida dura,
Sou pouco grau de vaidade.
Por vezes sou beleza,
Outras sou fealdade.
Sou a decadência do Outono,
A sensibilidade da Primavera.
Sou a vitalidade do Verão,
A melancolia do Inverno.
Sou amizade,
Sou amor;
Sou lealdade, sou fidelidade;
Sou amiga do meu amigo,
Amante do meu amante;
Apaixonada pela vida,
Uma amante da morte.
Sou a calma, a turbulência...
Sou a serenidade do mar,
A revolta da chuva.
Sou um ter medo de não ter,
Um sentir de não sentir;
Uma lembrança de memória encontrada,
Uma fuga de morte escondida,
Uma alegria de vida encantada.
Sou uma escuridão que nunca se apaga
Sou uma luz despertada no amanhecer da madrugada.
O que sou
Ou nao penso ser
É uma derrota do passado,
Uma glória do destino.
Sou tudo e nãu nada,
Sou tudo o que posso não ser,
Sou tudo o que não posso ser,
Sou apenas o que poderia ser:
Sou eu, a minha alma.
...
Sou e não sou
Sou tudo e não sou nada.
Sou alegria;
Sou tristeza,
Sou felicidade...
Sou mágoa;
Sou desejo de saudade.
Sou a água que corre num rio,
O vento que ondula os cabelos;
Sou as sombras que perturbam o silêncio das árvores;
A noite que adormece o dia.
Sou a morte,
Sou a vida.
Sou sede de domínio.
Sou o pão de vida dura,
Sou pouco grau de vaidade.
Por vezes sou beleza,
Outras sou fealdade.
Sou a decadência do Outono,
A sensibilidade da Primavera.
Sou a vitalidade do Verão,
A melancolia do Inverno.
Sou amizade,
Sou amor;
Sou lealdade, sou fidelidade;
Sou amiga do meu amigo,
Amante do meu amante;
Apaixonada pela vida,
Uma amante da morte.
Sou a calma, a turbulência...
Sou a serenidade do mar,
A revolta da chuva.
Sou um ter medo de não ter,
Um sentir de não sentir;
Uma lembrança de memória encontrada,
Uma fuga de morte escondida,
Uma alegria de vida encantada.
Sou uma escuridão que nunca se apaga
Sou uma luz despertada no amanhecer da madrugada.
O que sou
Ou não penso ser
É uma derrota do passado,
Uma glória do destino.
Sou tudo e não sou nada,
Sou tudo o que posso não ser,
Sou tudo o que não posso ser,
Sou apenas o que poderia ser:
Sou eu, a minha alma.
...
Vi-te no meu quarto
E sonhei
Sonhei fazer-te meu, imaginei-te...
Construi-te numa só noite.
Fiz de ti uma tela
E pintei-te como só eu queria que fosses
Ilusão abismal
Conservação inquieta
Sonho meu
Para sempre foste o sonho que eu amei
Para sempre foste meu
Foste o meu sonho encontrado
Na noite em que te descobri
E de manhã não te perdi
Pois continuaste e continuas a ser
O meu sonho
Revolta
Desaire,
Loucura,
Tragédia.
Amor,
Desgosto,
Fracasso.
Desilução desconsolada
Revolta revoltada na revolta de um deus menor.
É revolta,
É designio.
É tristeza magoada,
É solidão, é martírio.
Revolta
O espelho partido,
A cortina esvoaça,
O mar ruge,
O vento ecoa,
A criança esconde-se.
Vidros partidos,
Louça no chão,
Brisa revoltada,
Maresia inquieta,
Rosto meu
Amargura,
Tristeza,
Lágrimas minhas,
Revolta.
Ondas selvagens,
Ondas de força,
Pensamentos meus,
Fúria.
Ondas de fúria percorrem-me
Num oceano infinito de cólera
Penetrando nas chamas da vingança da vida.
Perder-me em ti,
Mergulhando num mar de absoluto
E revoltar-me,
Como tu,
Como o vento.
Arrancar numa estrada a 100 à hora
Para me perder,
Para fugir,
E em ti me refugiar.
Desconsolo,
Tristeza,
Lágrimas minhas,
Revolta.