Poemas, frases e mensagens de Dinahraphaellus

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Dinahraphaellus

PAISAGEM BUCOLICA

 
Ao longe os cumes cegos
onde nao vejo, mas adivinho
Animais pastando prados,
Pastores rezando credos
e moçoilas tecendo linho.
Ao longe, a ausencia de verdura
Lembram desertos orfãos
na fartura de vazias colheitas
de vindimas que ja' não são feitas.
Ao longe...pastagens de serradura
e ainda a brancura no pasto
Que de olhos bastos,
Me emprestam uma visão
Que de olhar nao me farto...
videiras, cachos fartos,
pesado liquido de Baco,
A' espera do pisar da uva.
Ao longe não esqueço...
Do longo e forte abraço
Do Sol ao nascer, beijando
a Serra, com seu melaço.
e o cheiro do seu traço
Desmaiando no terraço
Lembra ja' essa terra Santa
Abençoada pela Lua...

Dinah Raphaellus
(a caminho de Fatima)
 
PAISAGEM BUCOLICA

HOJE

 
Hoje sinto-me assim
Muda de tanto falar,
rouca de tanto calar

Hoje sinto-me assim
Cansada das roupas
Vestidas por vestir
E não desejadas

Hoje sinto-me assim
Minhas mãos cheias de vazios
Minha alma repleta
de pedras tumulares.

Hoje sinto-me assim
De cemiterios vestida
E feito de velas
o meu respirar.

Hoje sinto-me assim
De flores roxas na lapela,
alguem que chora numa capela
e eu sozinha
no meu caixão,
sem ninguem
que me queira velar.

Hoje sinto-me assim
Perdida do mundo,
Perdida de mim
Existo, por existir
Numa espera roxa
Duma cruz... partir!!!
 
     HOJE

FANTASMAS D' OUTRORAS

 
Nascem-me as furias
dos fantasmas d’outroras
Taciturnos, horrendos,
sorrindo victorias
Arrancando-me a esperanca,
vida, a minha historia
Sem mais demora,
cruzam-me os dedos
Em sinal de maldicao,
abrem meus segredos
Passeando-os pelas maos
E riem...riem tanto
que me sangram a alma
E dancam...dancam tanto
ate’ o balanco eu perder
Depois entrenham-se-me na pele,
sugam-me a vida
Atiram o meu coracao,
enchem minha alma de pedras
Em tom de despedida.
Apagam o meu dia,
dao-me um ticao
Enleiam o meu cerebro,
oferecem-me um punhal
Dao-me alcool
e vinagre... mezinhas, ervas,
Mais um punhado de sal,
rosas roxas de espinhos
Coroas de burburinhos...
Onde louca de mim padeco
E ao mundo ja’ nao peco
Sequer um bastao,
arrasto-me qual cobra
Sem membros ou razao...
Para a fogueira das trevas...deslizo,
Num lamurioso finar
Quero Caronte, quero meu barco...
Quero acabar este acabar!!!

Dinah Raphaellus
 
FANTASMAS D' OUTRORAS

DECLAMEI MINHA POESIA AO MAR

 
Declamei minha poesia ao mar
Onde as ondinas carpiam
choros contentes, difusos e confusos
de palmas a contrastar.
Eu, eu encontrada num momento de mim
Chorei num riso, comovido, sentido
De cor carmim.
As conchas aconchegaram meus
pes cansados, e os olhos debotados
de tantas lagrimas cantar.
Na areia enchi-me de bordados, brocados,
Com fitas de seda a embelezar.
O vento, esse embalou-me os sonhos
E o meu fantasiar,
O mar, esse velho companheiro,
Aconchegou me na diaspora do tempo
Coroou-me quimera de mim
Fazendo-me duvidar do poema,
que senti e vivi...
Acordada a sonhar.

Dinah Raphaellus
 
DECLAMEI MINHA POESIA AO MAR

ANJOS

 
Lua cheia
Noites mortas,
De crisãntemos a cantar.
De medo fecham-se portas,
So eu teimo em comtemplar.
É então que os anjos
Vestidos de lindas formas e cores
Descem dos Céus com seus banjos
Oferecem-me um hino de flores.
Fico tão maravilhada,
Da simbiose perfeita,
Que já não temo nada.
Sou rainha em sua corte.
Abro então os meus sentidos
E testemunho algo nunca visto:
Da noite feita dia,
Dos crisantemos prosa
Da lua melodia,
Do medo mariposa.
Tudo isto numa noite de luar,
Onde o meu sonho foi rosa,
O meu desejo amar,
O segredo milagre,
A diferenca acreditar!

Dinah Raphaellus
 
ANJOS

AURORA

 
Nasci da aurora madrugada
e do lusco-fusco do sol poente.
Saciei minha sede
no orvalho nebulado duma estrela,
Dormi na clareira do sonho dolente.
E vogando sigo esse rio prateado,
Onde me banho com a luz da lua.
Nas flores exóticas,
apanho essa verdade crua,
De ser ondina do mar,
No rio beijando uma falúa.

Dinah Raphaellus
 
AURORA

SABADO

 
Sábado de gritos roxos,
Aves agoirentas
E choros ensanguentados.
Sábado de lilás dramático
E gémeos maquiavélicos.
Sábado marchetado
A lírios de face velada,
Boca apagada
E olhos já secos.
Sábado final,
Sábado impostor,
Sábado fétido,
Sábado de dor!
 
SABADO

ONDE?

 
Há paixão dentro de mim
Rosas roxas, cruzes pretas
Pressinto crepúsculos,
Tristezas sem fim,
E soluço choros sem pétalas.
Onde estás sede de viver?
Luzes de bem querer?
Botão a desabrochar jasmim?
Onde, em vez de Paixão p’la morte,
Encontrar uma simbiose por sorte
Entre odiar e amar?
E cheia de luz
Renascer...
Em cor de carmim a cantar
 
ONDE?

AS MINHAS CINZAS

 
Reguem a terra com minhas cinzas,

que fertilizem as orquideas, a terra a cova

que sejam sementes de plantas finas

Lancem-nas como se fossem rosas

Soprem-nas nos cumes das colinas

Declamem-nas como prosa ou trova...

E se ainda algumas sobrarem

Tenham um pouco de compaixão

Dêem-nas de beber ao mar...

O mar essa minha grande paixão!

Com sua sede então apagada

Far-me-á sua amante amada

E me guiará pela mão

Pelo caminho da eternidade

banhar-me-á no rio da saudade...

carregando-me em seu veleiro

desposar-me-á em minha alcova

e eu então em seus braços,

gloriosa como um salgueiro

deixar-me-ei desvanecer em pedaços

qual ondina beijando mar-céu

e de tão perfeita cumplicidade

Deixar-me-ei diluir nesta ambiguidade

Que sempre me pertenceu...

Esse mundo que ninguem entende

E que e’ so’ Meu!!!



Dinah Raphaellus
 
AS MINHAS CINZAS

RAINHA PLEBEIA

 
Sou Rainha descoroada
Despida de ricas roupas
E de pedras ogivais
Rainha sem catedrais,
Sem tectos, paredes,
Portas, vitrais.
De pensamentos emaranhados
E mitos enclausurados.
Cortem-me as pernas e bracos
Matem-me decapitando-me
Mas o meu pensamento
nao conseguirao matar
Minha voz calada
Ainda ha-de gritar
E meus versos
cantarao eternamente.
E apesar de tudo
O que fizerem
Serei por muitas luzes
Ainda, um grande contra-tempo.

Dinah Raphaellus
 
RAINHA PLEBEIA

FADO

 
Ao longe... ouve-se um fado
Que gemendo num lamúrio
Condenado
Desce à Mouraria, atravessa Lisboa
Vestindo capa negra,
Viajando à toa
Amando a guitarra
Dedilhando a Madragoa
Segue cigano sem destino
Sempre com ar triste
No entanto ladino
A quem a todos e ninguém amava
Eis pois o retrato
Do fado errante
Que um dia me bateu à porta
Noite dentro, hora morta
Todo galante o safado
Abri-lhe a porta... entrou,
Para sempre...ficou,
O grande malvado?!!

Dinah Raphaellus
 
FADO

POR ME SABER RAINHA

 
Por me saber rainha
Foge-me o doce pranto,
Veste-se a voz de velhinha
Enrugada Em real manto.
E de trémulas mãos,
já qual ceguinha,
Espero o eterno descanço
De cabeça de neve branquinha,
Vestido etéreo de espanto.
Dia sepulcral espero
de vaticinio Condenada
qual cigana de mistério
Que perdendo seu cabelo
não é nada!

Dinah Raphaellus
 
POR ME SABER RAINHA

AINDA QUE A CHUVA CAIA

 
Ha’ luz ha’ sol dentro de mim
Ainda que a chuva caia
Varanda luar de jardim
Obelisco exotico em templo Maia.
E nessa restia mistica
Nuvem Ceu, veu de nevoeiros
Perco-me em tal guerra sismica
De rochas, terra, pedreiros
Neves alvas da manha, onde
Granizos perfumam alvoradas
Furacoes lavam paradas,
Em sinfonias de tempestade
Noites parem almas penadas
Dias abrem covas douradas
Para mortes de ninguem
E ate’ o sonho fica aquem
Dos raios desta balada
Ha’ luz ha’ sol dentro de mim
Ainda que a chuva caia!!!

dINAH Raphaellus
 
AINDA QUE A CHUVA CAIA

AS MINHAS CINZAS

 
Reguem a terra com minhas cinzas,
que fertilizem as orquídeas, a terra a cova
que sejam sementes de plantas finas
Lancem-nas como se fossem rosas
Soprem-nas nos cumes das colinas
Declamem-nas como prosa ou trova...
E se ainda algumas sobrarem
Tenham um pouco de compaixão
Dêem-nas de beber ao mar...
O mar essa minha grande paixão!
Com sua sede então apagada
Far-me-á sua amante amada
E me guiará pela mão
Pelo caminho da eternidade
banhar-me-á no rio da saudade...
carregando-me em seu veleiro
desposar-me-á em minha alcova
e eu então em seus braços,
gloriosa como um salgueiro
deixar-me-ei desvanecer em pedaços
qual ondina beijando mar-céu
e de tão perfeita cumplicidade
Deixar-me-ei diluir nesta ambiguidade
Que sempre me pertenceu...
Esse mundo que ninguem entende
E que é só Meu!!!

Dinah Raphaellus
 
AS MINHAS CINZAS

NAO A' FOME!!!

 
Que todas as palavras
Dos meus poemas, fossem
Searas de trigo, arrozais,
campos de milho.
Ha quem me dera
Que todas as letras
Fossem leite, pão
Com os quais eu a fome
Vos pudesse matar
Ah quem me dera
Que a voz dos meus versos
Num grito da míseria
vos pudesse libertar.
Ah crianças de todo mundo
Que hipócrita tamanha eu sou
Nos versos d’um poema
Me defendo e pretendo
ter cumprido minha boa acção
não engano ninguém todos sabemos
de que voces precisam
e de leite e de pão
para apaziguar vossos ventres
cheios de fome, vossas almas
doridas p’la míseria engordada.
deveria haver uma lei
em que proibissem a fome, a guerra
e neste dia da criança,
aqui faço um apelo,
formar uma caridade,
para ajudar os pequenos
que não nos pedem brinquedos
mas sim algo que comer.
não nos pedem tenis da nike
ou jogos de computador,
apenas e tão somente,
qualquer coisa para esvaziar a fome
e acabar com tanta dor!!!!!

Dinah Raphaellus
 
NAO A' FOME!!!

A DERIVA

 
Ruas mortas, noites nuas
De sereias a cantar
Suas vozes, qual faluas,
Meu sono vem abraçar.
É então de círios cerrados
Que vejo pratas, ouros,
Diamantes lapidados
Em quilha de tentação…
Só tu me faltas,
Seguro corrimão,
Orvalho de lírios molhados,
Bordados… por fadas mãos.
Corro petrificada num grito
Ao teu encontro bendito.
Em vagas vãs de ilusão
Tranco a porta do meu barco…
Em soluços acordados,
Desperto meus sentidos
Tão frágeis, tão perdidos…
Abro a escotilha do meu sonho
Escancaro essa paixão que brilha
Na Sombra da parede onde
Pendurada está a foto de tanto amar
Qual relíquia, velha ruína,
Aspirando nascer pó mágico encanto…
Em verde e florida colina,
No entardecer da alvorada
Quando as lágrimas do mar,
Constroem uma trilha,
Secreto caminho, para a duna porão
Do meu navio de amar.
Solto as amarras, levanto âncora
Da noite que se levanta,
Ao nascer-cair do dia
Onde eu timoneira, no horizonte
Continuo a navegar sem destino!!!

Dinah Raphaellus
 
A DERIVA

POETA JA' NAO SOU

 
Poeta ja’nao sou,
neste mar de rosas por florir.
Petalas roxas de paixao,
espectro por consumir.
Vibraccoes transmutantes
energias activas e possantes
de te querer beijar...
Profundamente,
acto onirico presente
No extase de te ver.
E deixar-me nascer,
num suspiro... para logo
Morrer nos teus bracos,
Renascer num cipreste,
numa pintura de papiro,
calcada de fogo e abracos,
Onde, qual fenix disfarcada
Num sorriso agreste,
admiro a magia...na chegada
Dos teus doces passos!!!

By: Dinah Raphaellus
 
POETA JA' NAO SOU

AMAR

 
Amar na poesia uma estrofe.
Um verso num poema,
em ti, espírito de mim,
amar a pena e com ela
escrever um livro
invocado ao meu dilema.

Dinah Raphaellus
 
AMAR

AH COMO E' BOM!!!

 
http://www.imeem.com/ondinabluesea/mu ... omo_e_bommp3/">ah como e bom.mp3 - Ondina Teixeira

Ah como e’ bom sentir o chilrear
das aves nos labios da minha alma.
E recebe-los com o sorriso
Solar dourado da minha vida,
Sela-los com o karma da sapiencia,
sabia sofrida, num bouquet
perfeito de paciencia,
neste livro de contos, por contar.
Historias, desencontros, parabolas,
Encontros, e versos por versejar.
Ah como e’ bom o Sol,
que ainda nao nasceu...
Por-se a’ janela,
comtemplando o luar,
De uma noite,
que ainda nao faleceu
nas palpebras do meu sonhar.
Ah como e’ bom...
as ondas dessa paixao, mar a viajar,
Nesse corredor rosa, aberto de par em par
Aplaudindo a nossa vida
em procissao a passar;
E a outra vida...talvez mais precisa, mais vivida...
Adormecer e voltar!!!!

By: Dinah Raphaellus
 
AH COMO E' BOM!!!

NASCI DA AURORA

 
Nasci da aurora madrugada
e do lusco-fusco do sol poente.
Saciei minha sede
no orvalho nebulado duma estrela,
Dormi na clareira do sonho dolente.
E vogando sigo esse rio prateado,
Onde me banho com a luz da lua.
Nas flores exóticas,
apanho essa verdade crua,
De ser ondina do mar,
No rio beijando uma falúa.

Dinah Raphaellus
 
NASCI DA AURORA