Poemas, frases e mensagens de Tytta

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Tytta

Sou uma pessoa normal, diferente das outras!
Autora do livro "Minh'Alma em Pedaços - poesias de amor e dor" editado pela Corpos editora;
Autora participante nos livros "Nas águas do verso" e "Antologia 2008 Luso-Poemas"

É assim que gostaria de escrever um poema!

 
O melhor poema que se escreve é dito no silêncio,
mas não um silêncio qualquer...
um silencio sob o céu esquecido;
um silêncio único feito por ti, por mim;
um silêncio que só se ouve depois de um olhar,
um olhar que grita o que o peito sente
e de duas bocas se silenciarem após um beijo,
um beijo forte que deixa a alma dormente.

É assim que gostaria de escrever um poema!

E no silêncio feito no carinho dos sentidos,
construir um poema feito a quatro mãos de toques inocentes,
de dedos subtis, tão frágeis, de amor tão carentes.
Sim, porque não ir mais além dos beijos pedidos
e fazer de um abraço apertado de desejo
a união de dois corpos, como num beijo?

É assim que gostaria de escrever um poema!
 
É assim que gostaria de escrever um poema!

Estilhacei o meu coração de cristal

 
Percorri as encostas íngremes da cidade nua,
por entre calçadas de pedra, sujas e gastas.
Perdi a noção do tempo, de tão alta que ia a lua.
Envolvi-me em sons perdidos e músicas nefastas .

Tropecei e caí dentro de um afecto qualquer,
fiquei ali sem saber se estava bem ou mal.
Juntei cacos de mal me quer ou bem me quer.
Estilhacei o meu pobre coração de cristal.

E lá fiquei estendida no relento do vazio,
deitada no chão coberto de lama e vendavais,
sem saber se o sentimento se tornava vadio
por odiar em demasia aquele que amava demais.
 
Estilhacei o meu coração de cristal

Ás vezes queria ser eu

 
Ás vezes queria ser vento
e correr até ao fim do mundo.
Queria voar, sem ninguém ver
e sibilar sem ninguém ouvir.

Ás vezes queria ser mar
para mergulhar bem fundo,
ondular nas ondas este sofrer
e extravasar o meu sentir.

Ás vezes queria ser saudade
para parar no teu olhar
e guardar-te sempre comigo,
sem precisar te recordar.

Ás vezes queria ser abraço
só para te poder abraçar
e sentir-me sempre contigo,
para nunca saber chorar.

Ás vezes queria ser vida,
só para te fazer viver.
Ás vezes queria ser morte,
para nunca te ver morrer.

Ás vezes queria ser eu...
 
Ás vezes queria ser eu

Sem palavras

 
Sinto falta das tuas poucas palavras.
Aquelas palavras a que me habituaste,
mesmo quando teimavas numa ausência
dias e dias completamente seguidos.

Se me sentar sobre as frases guardadas,
consigo ouvir as expressões que deixaste
cravadas nesta alma inflamada de demência.
Não consigo ocultar os sentimentos feridos.

Rasga-me as folhas pintadas em mil pedaços
e torna-as num monte claro de dissolvido pó.
Não precisas mais de voltar com os teus traços.

Quando eu for tocada pelo bafo da morte,
não quero que regresses com qualquer dó.
Pensa apenas que foi uma questão de sorte!

http://poesiamusical.spaces.live.com/
 
Sem palavras

Molhei as lágrimas na chuva

 
Hoje sentei-me naquele banco, sob o laranjal,
corroído pelos anos secos e apressados.
Olhei em volta, era tudo serenamente natural,
ao fundo corriam ribeiros desajeitados.

Fechei os olhos, inspirei a doce chuva que caía
nas frestas da minha alma dilacerada...
Cada gota gelada, em mim, só arrefecia
a pele áspera, por lágrimas queimada!

E a chuva lavou-me os gestos com mestria,
reduziu-me o saber a um bago seco de uva.
Tudo o que apreendi, perdi-lhe a sabedoria.
Por ti, molhei as lágrimas na chuva!

Não adianta recordar a chuva caída nesta manhã.
Não adianta secar as lágrimas que nela se molharam.
Estiveste ausente ontem. Nunca estarás presente amanhã.
Foste a breve intenção lembrada nas gotas que tombaram!
 
Molhei as lágrimas na chuva

Adeus pais, adeus amigos

 
Olha-me mãe, antes do fim...
antes que eu parta sem me despedir
e deixe para trás parte de mim
e tudo aquilo que não quero sentir.

Adeus pai, chegou a minha hora...
A noite já me esperou demais
hoje a minha alma já não chora
e o meu coração não anseia mais.

E vocês amigos, não me lamentem...
Não sabem o que é tentar viver
numa vida que nem sequer sentem
para lá do desejo puro de morrer.

Adeus pais, adeus amigos...
Amanhã o sol será mais quente,
não existirão quaisquer castigos.
Enfim, tudo será mais diferente...
 
Adeus pais, adeus amigos

A verdade da dor

 
Não te olhei nos olhos apenas por te olhar
olhei sim porque te queria sentir.
As tentativas que fiz para te falar
não foram mais do que os teus silêncios que eu queria ouvir

Não sei se entendestes as palavras sem sentido
que disseste da boca pra fora pra me magoar.
Acho que nunca vais entender a pessoa em que te estás a tornar
quanto mais o mundo dos sentidos que se esconde dentro de ti.

Só queria saber se na verdade tudo o que passámos
fez tanto sentido pra ti, como ainda faz pra mim.

Guardei os meus sentimentos
longe de tudo o que os possa magoar.
A lembrança de ti e de todos os momentos
não serão mais do que pedaços de alma
que um dia te dei, sem medo de amar.

Devias de ter mais cuidado
quando voltares a proferir a palavra amor,
pois na tua vazia e fria realidade,
em que disseste que me amavas,
eu apenas conheci a verdade da dor.

...

Pinto o meu mundo a pincel,
sobre uma tela de horizonte de céu e mar.
Rasgo e queimo os meus pedaços de papel
e escrevo um novo livro, só meu,
entre palavras e sonhos de encantar.
 
A verdade da dor

5 Sentidos de amor

 
Se as minhas mãos, um dia, não te poderem tocar,
sabe apenas que a minha alma sempre te sentirá!

Se, um dia, não poder cheirar o aroma da tua pele,
lembra-te que guardo o teu perfume em cada poro do meu corpo!

Se, por algum motivo, os meus olhos deixarem de ver,
quero que saibas que sempre te verei dentro do meu coração!

Quando deixar de ouvir as palavras que me sussurras ao ouvido
tem a certeza que envelhecerei ao lado dos teus simples gestos!

Quando a minha boca se remeter ao silêncio e se selar para sempre,
então meu amor, levarei comigo os beijos mais profundos que existiram!
 
5 Sentidos de amor

Eu amo-te

 
Talvez nunca te tenha dito que te amo
em todas as vezes que estou a teu lado,
em que te dou a mão e a aperto fortemente
contra a palma da minha mão suada.
Talvez não te diga constantemente que te amo
cada vez que olho dentro dos teus olhos,
cada vez que te dou parte de mim
e do brilho que me fazes irradiar interiormente.
Nunca te disse que o odor do teu aroma
se entranhou na minha pele e hoje me pertence
mais do que a minha própria essência...
inalo-te a cada segundo assimilado em ti.
Não quero que partas sem que saibas que te amo.
Se partires, lembra-te de mim em noite de lua cheia...
quando o luar mostrar a todo o mundo o que sinto
e espelhar no mar o que sempre sentirei! Eu Amo-te!
 
Eu amo-te

Senta-me no teu colo

 
Acordei de um pesadelo envolto em lençóis de saudade, em fronhas de lágrimas. Por momentos, fechei os olhos e desejei ter-te ao meu lado... ficar ali sentada no teu colo, onde sempre me protegeste de tudo aquilo que me magoava.

Abre a janela e espreita dentro da minha alma. Estica o braço, abre a mão e toca naquele sentimento onde sempre me tocaste. Basta que venhas. Basta que chegues ao local de onde partiste. Basta que me encontres no caminho onde me perdeste.
 
Senta-me no teu colo

Livro de amizade

 
Sabes existe um livro pintado de mil cores, de palavras suaves e de tons afáveis que se sentem... e ele está repleto de ti.
É engraçado o modo como o consigo abrir, mergulhar no infinito do seu mundo e serenar sobre ele.
É interessante abrir a sua capa, desuni-la das outras tantas folhas e ver que a junção de letras e palavras, que dançam continuamente em melodias desalinhadas, se tornam agradáveis e aprazíveis para uma leitura tranquila... é bom sentir que tudo isso me convida a ler um pouco mais do que está para a frente.
E não me importa o passado que existiu, apenas o presente estável e o futuro por construir. Apenas venero a verdade dos sorrisos e a pureza das palavras proferidas para te ver tal como és. E se com isso posso dizer que há amizade, então posso chamar-te de amiga.
Que posso eu desejar a uma amiga como tu? Queria eu poder desejar tudo o que há de melhor, mas não o farei.
Desejo apenas que faças por ti tudo aquilo que eu não poderei algum dia fazer, que sejas muito feliz.

À minha grande amiga Kika, por tudo aquilo que significa na minha vida! Obrigado!!!
 
Livro de amizade

No silêncio desta praia

 
Fecha os olhos
segue a minha voz
p’las pegadas deixadas na areia.
Esquece o tempo, ele é feito por nós,
por este sentimento.

Ouve no som do vento a musica que lhe pedi
para tocar neste momento
em que estou junto a ti.

Sobre as estrelas eu vou-te beijar
como as dunas tocadas plo mar.
À luz da lua eu vou-te amar
como a noite que abraça o luar.

No silêncio desta praia...
apenas tu e eu...
No silêncio desta praia...
o mundo é meu e teu!
 
No silêncio desta praia

Queres amar-me, hoje?

 
Porquê os anjos não apareceram para mim
quando precisei de ver o teu sorriso?
Porquê os anjos não caíram do céu
quando quis parar as minhas lágrimas?
Tive tanto medo!!!
Brincaste com meus sentimentos como num jogo
e jogaste com o meu amor à tua maneira.
Sabes, foi pena....
Queres amar-me, hoje?
Serás sempre o mesmo.
Jogaste um jogo vicioso comigo
e não te preocupaste com a minha dor.
Queres amar-me, hoje?
Porquê os anjos não falaram comigo
quando quis ouvir a tua voz?
Porquê os anjos não me tocaram no coração
quando brincaste com o seu sentimento.
Tive tanto medo...
Hoje já não tenho.
Hoje não te quero mais.
 
Queres amar-me, hoje?

No teu colo

 
Tudo parece tão fácil quando estás aqui
e me confortas com palavras que nunca ouvi!
As tristezas são embaladas em claros sons
que se pintam em sorrisos e outros tantos tons!

Sabes, as histórias que me contas hoje, agora,
fazem-me esquecer as aflições que correm lá fora!
E é tão bom ficar no teu colo, aqui deitada,
a olhar-te nos olhos, a ver a magia sonhada!

Não te vás embora ainda, não, por favor.
Fica comigo esta noite, ouve o meu clamor!
Olha-me dentro da alma que navega, em ideais sem fim,
numa caravela que veleja na costa que há em mim!

Eu amo-te! Sabes de cor este meu sentimento
que sopra suave na brisa do nosso afável vento!
Eu amo-te! Nas desmedidas horas do meu dia
que te roçaram e abraçaram quando eu não o podia!

Fica, fica um pouco mais sob esta pele de marfim,
dentro do meu coração que balança assim assim!
Deixa-me ficar um pouco mais abraçada ao teu peito
que se aperta ao seu modo, que me sabe ao meu jeito!

E agora aninha-te em mim e não digas nada,
que a noite terminou onde pesponta a madrugada!
E fica, fica no sabor do beijo que sempre te beijou,
onde o amor exagerado, num tempo só nosso, se guardou!
 
No teu colo

Espero por ti de noite à beira mar

 
Espero por ti de noite à beira mar
enquanto as ondas brincam com o luar.
Tenho vontade de ser tocada pela maresia
enquanto cometas cruzam o céu em harmonia.

Diz-me que vens em passos que se marcam
na areia solta dos desejos que nos assaltam.
Vem no embalo soprado do calor do vento
que talha o horizonte com o nosso alento.

Navega comigo ao sabor de caravelas
com alçadas, livres brancas velas...
Vamos conquistar o mundo para lá do poente
e beber juntos pela taça de água da nascente.
 
Espero por ti de noite à beira mar

Choram as aves

 
Choram as aves que esvoaçam
nos campos vazios de milho seco,
na magnitude da natureza desconhecida
num dia intenso de chuva meio forte.

Compelem-se os dias que se arrastam
na mudez do silêncio em que me remeto.
Confunde-se a luz da lua com outra perdida
numa qualquer noite esquecida na pouca sorte.

Contigo fui asa aberta ao sabor do vento,
cruzei o céu azul-dourado porque nada quis,
senão o simples desejo de querer ser feliz.
longe de uma vida em tons de cinzento.

Choram as aves que perdem as penas
num canto suave, envolto na melodia da tristeza.
Abafam-se nos matagais o perfume das açucenas
rendidas a um sonho que no sonho perdeu a beleza.
 
Choram as aves

Como nasceu o amor

 
Por uma estrada solitária, onde sopravam ventos cortantes,
caminhava um velhinho entre passos suaves e vagarosos.
Sentou-se numa pedra de pontas ásperas e dilacerantes,
olhou ao seu redor, de olhos devolutos e morosos!

Aproximou-se uma velhinha, de alegria abandonada,
e perguntou ao velhinho o que este fazia ali sentado.
E ele respondeu – De nada, não preciso de mais nada,
acabei de encontrar o que toda a vida tenho procurado!

Ela sentiu-se a sorrir com o olhar dele que reconheceu,
pois mesmo antes de o encontrar já sabia que ele era seu!
Ele sentiu-se a rejuvenescer ao ver de perto a sua cara metade
pois conhecia-lhe o paradeiro que não julgou ser verdade!

Muitos foram os dias em que seus ais se roçaram
numa distancia que nunca teve qualquer medida...
Mas desde o dia em que ambos se encontraram,
eternizaram um uno amor na imortal poesia da vida!

Hoje, esse sentimento percorre o mundo sem pudor...
enche de fé o coração de quem o chama com clamor...
e mostra a todos, aqueles que ainda esperam com dor,
o verdadeiro significado de como nasceu o amor!

A todos aqueles que amam, a todos os que esperam pelo seu amor!!!
 
Como nasceu o amor

Em natureza

 
Deitei-me no vento que se desfolha
entre os sopros de um rio que se esvai.
Fiz a minha cama como quem olha
o raio de luz e sol, onde a lua sobressai.

Dei as mãos com o saber desconhecido
e escondido nos penedos rasgados plo mar.
Toquei, com a ponta dos dedos, o sentido
perdido, bafejado num alento, num cantar.

Com a natureza espraiei a minha visão
a uma tela de nuvens azuis no horizonte,
a um tecido tingido de alvoroço e emoção,
a um cântaro de barro com a água da pura fonte.
 
Em natureza

Não sei como parar de te amar

 
Os dias parecem anos que não passam
quando o coração se aperta e se encolhe
entre as saudades que me arrasam
em dor que simplesmente me escolhe.

E o peito, o peito que chora sem parar
uma chuva miudinha que me inunda,
tem horas que se reduz a um soluçar,
no eco da tua voz, em que se afunda.

Eu não sei como parar de te amar.
O bálsamo da tua pele está em mim
entranhado nos poros do meu respirar.

Não, não sei como parar de te amar...
ainda que a tristeza não tenha fim
e não tenha teu colo a me aconchegar.
 
Não sei como parar de te amar

Amo

 
Amo tanto os meus sonhos que se calam
nas esquecidas horas de demência,
em que a dor que sentem e não falam
se fundem em lágrimas, que tombam em cadencia!

Amo a luz que bebi do teu doce olhar,
quando cruzaste a estrada do meu destino.
Mas venero o sofrer que me toma de vagar,
este meu coração, sem ti tão pequenino!

E minha alma tristíssima, tão distante...
enleia-se no amar-te em doida ardência,
em cada segundo que passa, em cada instante!

Amo-te em cada instante, que talvez...
os segundos sejam horas de penitencia,
desde o minuto que me encontraste e não me vês!
 
Amo