Poemas, frases e mensagens de ThiagoFabri

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de ThiagoFabri

De que é feito os sonhos?

 
me pergunto o que alimenta os sonhos.
essa máquina do nosso subconsiente que
inconsientemente brinca com o consiente do
que é concreto.

o estranho é normal;
sanidade é para loucos;
a morte é só uma piada de criança;
orgulho não tem espaço: tudo é perdoável.

domínio sem líder, sem controle.
é como uma história contada em partes por
várias pessoas.
corro mas não chego a lugar nenhum,
pra que correr se posso voar?
aqui meu poder me é revelado: sai por debaixo
do manto da hipocrisia e vergonha do homem cego

minha espada brilha como nunca: tem sede pelo medo
que aqui toma face.
O combate invisível, interno.
as batalhas me tornam mais forte
da verdadeira força
que é a que vem de dentro.

me pergunto o que alimenta os sonhos.
de certo são as emoções deixadas para trás nesse
plano atemporal,
escondidas em suas camadas,
dissecado em suas entranhas,
abafado pelo barulho dos pensamentos.

existe algum rémedio do mundo dito real,
que nos leve ao etéreo?
existe alguma palavra perdida em algum livro
que nos puxe pra dentro de suas páginas?
existe alguma melodia de alguma música
que nos faça viajar pra outro lugar?

será que sou livre o bastante para fechar meus olhos e buscar tudo isso dentro de mim
sem ser chamado de louco?

o que define loucura é quando alguém não consegue
mas se enganar com a realidade e nega com sua alma a mentira que o mundo lhe contou.

Somos loucos se abandonamos o real.
mas é quando esquecemos o real que sonhamos.

acho que é esse paradoxo que move os sonhos...
 
De que é feito os sonhos?

O calor de noites frias

 
O calor de noites frias
 
Deito em baixo do meu edredom
em noites frias,
mas não consigo me aquecer.
Estou agasalhado, e as janelas estão
fechadas, mas ainda sinto frio.

Esse quarto escuro; Agora vejo que é vazio!
Acho mesmo que o que falta é você!
Do teu corpo junto ao meu;
sua respiração morna e ritmada;
As batidas do seu coração sincopadas
com as do meu;
Meus braços por cima dos teus;
Meus dedos entrelaçados por entre
teus cabelos.

Venha me tirar desse frio
que se chama solidão!
Venha acabar com esse ruído
ensurdecedor chamado silêncio!

Não quero mais acordar no meio
de um sonho, no meio da noite,
para me ver sozinho entre estas
paredes; Ofegante.
Como se tivessem arrancado algo
de mim.

Quero vê-la do meu lado,
Quero ser a primeira coisa
que verás ao acordar.
Quero ser sua metade perdida
de tempos mitológicos,
que quando se encontram,
voltam a ser um só novamente.
 
O calor de noites frias

Obrigado, velho amigo!

 
Obrigado, velho amigo!
 
quando não estou bem, tú estás aqui a me consolar.
quando estou sozinho, tú me fazes companhia.
me ajuda a esfriar a cabeça, a deixa mais leve!
me fazes lembrar de coisas boas que a tempos não lembrava!
coisas enterradas no meu passado, que doce sabor elas trazem!!
tú és o consolo que eu precisava; meu refúgio!
tú entendes das minhas excentricidades, ri das piadas mais cultas.
obrigado por estar comigo... enquanto durar!
obrigado por preencher o vazio do meu copo!
brindo a ti!! desça gentilmente pela minha garganta!!
ohh, RUM!! seja louvado!!


PS.:o gelo acabou de estalar em réplica! :)
 
Obrigado, velho amigo!

Verdades ocultas

 
Verdades ocultas
 
Na escuridão da incerteza
brilha a luz da esperença
como um farol, indicando o caminho
no final do tunel de um sonho ruim
sonho que voce quer acordar,
mas é nele em que você vive.

A realidade parece sufocante
um retrato preso em uma moldura,
escondido atras de um espelho.

que verdades ocultas existem nas bordas?
até onde a imagem refletida nesse espelho é real?
se olhar de perto, por tempo suficiente
ela se distorce, no limiar da sanidade.
quase toma vida. quase palpável.

escuto risos. olho em volta,
todo mundo rindo, acho graça.
tento achar o motivo da graça, tambem rio.
de repente fica claro
estão rindo de mim!

a visão fica turva, os risos soam distantes.
acho que vou apagar! ou será que estou despertando?
desse sonho em que hora sou espectador e protagonista.

até onde a mentira que me contaram virou realidade?
começo a acreditar nela.
estou me separando do meu ego e perdendo consciencia.
pessoas mortas me parecem proximas e as vivas se distanciam.

o meu subconciente esta brincando comigo,
dançando valsa em uma noite de luar escarlate,
entre as arvores, sussurrando o som da floresta
duas crianças dançando com pés descalços.

tento me agarrar na realidade que me resta,
como agarrar uma manta que me aquece em noites frias.
embebido no tenebroso arrepio do ar frio da solidão.
doce beijo da gélida morte; abraço quente da ríspida vida,
que me bate na cara, mas instintivamente, opto por ela.
ainda estou vivo.

PS.:Dedicado a meu amor que nunca esteve presente em minha vida.
 
Verdades ocultas

O bardo e a lua

 
Lua que ilumina com sua luz de prata!
Clareie meu amor enegrecido pelo véu da noite.
Oh, Lua imponente erguida sobre manto estrelado!
Sopre o vento frio de noites quentes; arauto da primavera.

Leve meu lamento por montes e florestas.
Filha dos céus; irmã do sol; obra divina!
Hei de encontrá-la nas águas cristalinas,
refletida em margem serena.

Oh lua que fascina com sua beleza singela!
Leve meu coração nesta noite a qualquer donzela,
onde quer que sua luz entre pela janela,
para que sejam tocados noturnos e sonatas,
dedilhados em tom menor.

Faça de sua brisa minhas mãos
ao tocar a pele branca e macia
no adagio das notas longas e vazias.
Oh lua imponente, ouça bem o meu lamento!
Acolha bem os meus sonhos:
lugar onde seu reino é eterno
em um momento.
 
O bardo e a lua

Um verão e seu legado.

 
Vou vivendo sem ao certo saber:
Amaste-me alguma vez?
Não digas que não me quer,
E então decerto direi que te amo.
Sem você não durmo,
Sem você não vivo,
Até o dia em que quiséres me amar.

Dias tristes vivi; lamentando.
Odiosas tardes de domingo sem poder te ver.

Nunca soube o que havia dado de errado.
Aonde será que eu tinha vacilado?
Sempre me via refletido nos olhos teus,
Convencido de que seu sorriso me aprovava.
Infeliz no momento, talvez.
Minha pressa foi meu fracasso.
Entenderas em ultima hora tudo o que sentia.
Não dei deixas, não te avisei.
Tampouco te preparei.
Ontem estava verde, hoje já nem sei.

Viajei nessa força estranha que desconhecia.
Irrigado nesse sentimento que me consumia.
Amarrado em gritos surdos, precisava desabafar.
Não tinha pra onde escapar.
Amor. O amor. Eu o abraço...



Poema do tempo de escola que a muito não via. meu primeiro poema em acrósticos.
 
Um verão e seu legado.

A noite escura

 
A noite escura
 
Ando pela noite escura, sozinho.
mas desta vez tenho o que preciso.
Estou munido de coragem e tenho segurança em meus passos, como um cego que caminha por ruas conhecidas,
com a certeza de um homem que caminha em sua própria casa na calada da noite,
em direção ao banheiro em meio ao breu.

Tenho a luz que preciso para me guiar em minha
jornada; o esclarecimento de idéias e pensamentos organizados, o som da minha própria voz ecôa em silêncio pela minha consciência, me aconselhando.

Onde será que essa estrada me levará?
O que encontrarei no final?
Nada disso importa agora.
Sei que a resposta virá ao amanhecer.

A ansiedade não me assalta mais, como sombras
distorcidas e aumentadas, projetadas na parede,
acuadas pelo menor foco de luz lançada sobre elas; Ela se dissipa como as pequenas ondas que se formam em círculos em um lago sereno ao receber uma pedra.

Passando por comparações e metáforas,
chego ao meu destino sem perceber,
é mais uma canção que se encerra.
No trinado inesperado, porém conclusivo
no final de uma harmonia.

- Thiago Fabri.
 
A noite escura

O vinho e a solidão

 
O vinho e a solidão
 
só um bom vinho pra tirar o gosto insalubre da solidão, que finge ser companheira
mas que no fim, é má conselheira.

só um bom vinho para trazer o calor, que a solidão nos tira; esse frio, mãos geladas
que nunca se aquecem.

só um bom vinho para nos fazer esquecer desse sentimento que nos rouba nossa alma,
e coloca algo vazio, incompleto no lugar.

sinto nas maçãs do meu rosto um rubor, é um bom sinal. a Solidão me deixou, por hora.

encontro dentro de mim tudo que preciso, inerte em meus proprios pensamentos,
dedilhando uma melodia inacabada em minha consciência, minha própria voz soando como
a de um velho amigo a me comprimentar.

ainda estou consciente? será que o efeito do vinho está falando por mim?
nada disso importa. Finalmente encontrei o meu EU interior, a pouco esquecido
como dois amigos de infância que não se vêem a tempos, como os ponteiros de um relógio
que ansiosamente se encontram vez ou outra, para depois seguirem cada um o seu rumo
novamente, sem pressa e sem culpa, aproveitando o tempo que lhes é dado.
 
O vinho e a solidão

Lágrimas

 
Lágrimas
 
Lembro me como se fosse hoje,
Inerte em um sonho;
Levado no manto azul da noite;
Incrivel brisa fria de noites quentes!
Acossado por falsas lembranças;
Não por minha vontade, nem mero capricho.

Devotado a acreditar nessa utopia.
Entrépida ilusão de que te desejo.
Logo percebo os percalços do caminho;
Fustigado pela ideia de ser rejeitado;
Ignorado em achar que posso te ter.
Na chance de te acolher em meus braços
Olho para frente e resolvo arriscar.

Sou menino denovo no verde dos seus olhos
Intangivel sentimento esse que eu sinto!
Longe da razão, te venero!
Viajo em devaneios nos teus cachos;
A macia e alva pele é o que espero.

mais um acróstico de uma musa.
 
Lágrimas

Quem dera meus olhos falassem!

 
Quem dera meus olhos falassem!
Terias notado o quanto te desejo
que te quero, e quero agora!
Os meus olhos te diriam tudo o que
a boca não consegue falar.

Meus olhos navegam sobre suas curvas
te despindo em cada pensamento,
te possuindo intensamente sem nem
mesmo te tocar.

A sua voz parece acariciar os meus ouvidos
um som delicado e melodioso, teu riso faz
córcegas, como que querendo me
contar segredos atrevidos.

queria que voce pudesse notar que o calor
das minhas maos ao te tocar, procura
ser correspondido no calor do teu corpo;
que desperta meu lado animal e aguça
os meus sentidos.

Seu corpo exala um perfume que encanta o meu
olfato, um aroma natural; singular.
que só a sua pele branca e seus longos cabelos
podem despertar.

Só não consegui sentir ainda o seu paladar,
queria poder te provar,
com calma, degustar cada centímetro.
Saber que gosto tem cada dedo teu,
de uma extremidade a outra.
Me encontrar com seus lábios e poder
conversar com eles em total
sincronia.

Quem dera meus olhos falassem!
tudo aquilo que eu já te disse
sem nem mesmo dar uma palavra.



Antes que pergutem: já dediquei um poema uma vez e me ferrei :( então, não será o mesmo com esse ;)
 
Quem dera meus olhos falassem!

Desperto em Sonhos

 
Tenho em mim visões do amanha.
Hoje me permito sonhar.
Inerte nos desejos não revelados;
Amago(leia-se âmago) do "eu" que quero despertar.
Gorjeio que me acorda; me levanta.
Onde estará o brilho de tudo que mais me encanta?

Foram-se as cores, ficaram-se contornos apagados.
Atirado em teus seios me vejo em devaneios.
Buraco da alma que me sufoca!
Regresso dos dias quentes de outrora.
Icaro! dê-me asas para perseguir meus sonhos...
 
Desperto em Sonhos

Mentira

 
Quem nunca fingiu um sorriso?
Ou viveu a mentira dos hipócritas,
que sempre acham que lhes falta algo,
mas que na verdade estamos todos nús
nos escondendo por detrás daquilo
que a terra não digere?
Só somos felizes nas coisas mais simples, como no olhar de uma criança.
Tolos são aqueles que concatenam matéria e cobiçam
sempre o que não tem. esquecem ou não enxergam o que lhes está em mãos.
Me permita deixar a cair a máscara da sociedade para viver o papel do verdadeiro "Eu".
A realidade que existe, está aí porque a criamos assim e não porque queremos, nada mais do que um desejo coletivo dentro de um organismo social, livre dos desejos individuais ditos marginais e anarquistas.
Agradeça a mentira, pois é nela em que você vive.
 
Mentira

A harmonia de dois corpos

 
A harmonia de dois corpos
 
Estou com frio.
Frio esse que o sol não me aquece.
fica pior à noite, antes de dormir.
recolho-me como um feto, até que adormeço.

Em meus sonhos vejo que é de seu calor que preciso, sinto falta de sua pele,
de seu cheiro.
Começo a pensar em fugas e prelúdios tocados em escalas menores.
A medida que estudo seu corpo com minhas mãos em andamentos lentos, vou dedilhando uma melodia que já lhe é conhecida, marcados pela síncope de nossos corações.

Abuso um pouco das fermatas no fim de cada beijo.
Nossos corpos ressoam a mesma melodia
em timbres diferentes, lançando um cânone
onde você responde cada nota que eu toco com uma
oitava acima.

De repente acordo, não tenho você do lado.
Mas tenho uma linda melodia,
composta da harmonia de nossos corpos,
seguida pelo ritmo de nossos corações.

- Thiago Fabri.
 
A harmonia de dois corpos

Tecnologia Burra

 
rostos conhecidos, passado distante
amigos, colegas. agora estranhos
familia. desinteressada e desconecta
não consigo mais ficar sóbrio nesse mundo insano.

desaprendi a viver no mundo da tecnologia burra,
onde as pessoas não se vêem, se esbarram na rua,
olhos vidrados na tela do telefone.

era da informação, e pessoas tão desinformadas
é solitário saber de coisas que outras pessoas não;
e nem querem saber.

ninguém mas sabe o que é um livro;
mas sabem da vida de todo mundo
se desconectam para se plugarem.

como era bom ir a praia, sentir a brisa marinha,
agua gelada, sol brilhando, areia quente
hoje em dia apontar o celular para si e tirar foto
parece ser mais importante.

sai pra comer; tira foto do prato.
compra roupa nova; tira foto no espelho.
vai ao shopping; tira foto no banheiro.
até o sexo agora envolve o celular.

saudade de sentar na calçada com os amigos
pra bater papo sem precisar usar o messenger.
saudade de quando jogava bolas de gude na rua,
ao inves de candy crush no telefone.

alugava filmes em locadora, nada de netflix!
nao comprava jogo na steam.
chamava os amigos pra jogar video-game em casa;
nada de live, psn ou steam.

ria para as pessoas quando tinha vontade, ao inves
de "curtidas" "rsrs" ou "kkkk"

as pessoas sabiam usar as placas nas rodovias,
nao usavam GPS.

éeee o mundo mudou, e agora faço 30.
que mundo selvagem esse.

Thiago Fabri
 
Tecnologia Burra