Sem coragem, ficou selvagem.
Por vezes insultado,
Por vezes amado.
Vivia sem acordar.
Nunca teve vontade de melhorar.
Nunca teve coragem de piorar.
Depois de tanto tempo,
Não havia como o reparar.
O seu erro foi amar.
Passava noites acordado,
perguntando porque tinha amado.
"Não há solução,
Já não tenho coração."
Aprendi, aprendi.
Nunca me corrigi.
Mas não fujo do passado.
Posso nunca saber se fui amado,
Mas nunca me arrependi de fugir.
Amor enterrado.
Não compreendo o porquê disto.
Não encontro razão em tudo o que foi visto.
Fujo.
Corro.
Fujo.
Mas lembro-me.
Não me sai da cabeça.
Inevitável,
Não medido em quantidade contável,
Destrutivo,
Corrosivo.
Nunca tal havia sido,
Apenas um erro.
When i grow up, i want to be nothing at all!
Vivem criticando a minha vontade. A mesma que me leva ao quarto em que mato, à sala que me detesta, às pessoas que não me compreendem, ao amor que destruo.
Não há como mudar, não há como me controlar. Querem que seja, não que queira.
Num mundo sem poder, não há como não querer morrer!
Absolvição, a unica salvação.
Quando chegarmos ao fim do mundo, quem vai prever o futuro?
Cresce o ódio, a fraqueza da palavra, o medo da mágoa, o gesto que mata, o poder que destrói.
Quando o mundo pedir ajuda, haverá alguém vivo para o refugiar?
O homem é cego, mas não abrandará no seu caminho para a destruição.
Num mundo cheio de mal,
É obsceno como é normal ser normal.
Esperança.
Poder virar a cabeça e encontrar,
Alguém que me possa ajudar.
Sentir a proximidade.
Nunca haver saudade.
Correr sem nunca desaparecer.
Matar e nunca morrer.
Lutar e nunca perder.
Mentiras que nunca vão vencer.
Sentir a verdade,
Fugir pela liberdade.
E sempre virar a cabeça e poder encontrar
Alguém que me possa confortar.
Quem se oferece.
Quem se oferece para olhar para trás?
Quem se oferece para ver,
O que ninguém quer reconhecer.
De que vale, um olhar
Quando a vida nos oferece a sentir
Um faca para unir
A vida,
Ao lugar, para onde ninguém quer ir.
O custo de querer.
O custo de querer.
A vontade de não ser.
O pecado de viver.
Vive-se para pagar
A fuga de cada noite,
Com a dança do sonhar.
Já não há como amar.
Já não há ferida capaz de sarar.
Não quero acordar...
Eu fujo,
Mas não quero acordar.
Não há como desaparecer,
não há como escapar.
Peço um futuro,
livre da amar.
É mais caro comprar o fruto,
Do que a árvore matar.
Se um dia me olharem,
E disserem que me amam,
Digo-lhes para me matarem,
Que os meus erros já me reclamam.