Poemas, frases e mensagens de anjinho_perdido

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de anjinho_perdido

Talvez numa outra vida…

 
Talvez numa outra vida…
 
 
Os meus pés estão cansados,
Minha alma destruída,
Os meu sonhos foram rasgados,
A minha vontade consumida.

Havia tanto que eu podia fazer,
Quis o destino que não fosse assim,
Hoje sinto-me desaparecer,
Pouco ou nada sobra de mim.

O sofrimento e a dor esgotam-me,
As forças escasseiam lentamente,
E as lágrimas que de mim brotam,
Secam-se vagarosamente…

Esta Sociedade é imatura,
É cega e conformista,
Estão presos numa escravatura,
E nem se apercebem do que está à vista!

Basta meu Deus… clemência!
Carrego esta cruz parece que eternamente.
Escuta esta prece resultante da impaciência,
E dá descanso a este corpo…finalmente!

Tu sabes o que possuo e guardo,
Mantenho-a pela minha alma envolvida,
Mas o mundo ainda não está preparado,
Talvez quem sabe…numa outra vida!

13/02/2016 (Vânia Brasil)
 
Talvez numa outra vida…

Conseguiste desenterrar o melhor de mim!

 
Conseguiste desenterrar o melhor de mim!
 
 
Sinto a vida a brotar de mim,
Flui… em pura emoção,
Como o mais perfeito jardim,
Repleto de cores e paixão!

É como se por um milagre,
Eu tivesse rejuvenescida,
E sem que o tempo houvesse recuado,
Eu sinto-me incontida.

Corro descalça pelos campos,
Trepo as árvores, curiosa,
Envolvo-me em novos encantos,
Avisto o horizonte, esperançosa!

Acalento a água salgada parada
E saboreio o seu aroma,
Observo o voo do Garajau, pasmada
Compreendendo o seu idioma!

Sinto-me novamente menina,
Até o meu olhar está resplandecente,
Tudo me parece novo e fascina,
Sei lá, sinto-me diferente!

És Tu que me fazes sentir assim,
Conseguiste desenterrar o melhor de mim!
Sensações que pensei perdidas,
E Hoje,
Em cada pedaço de ti, me foram restituídas!

(Vânia Brasil)
 
Conseguiste desenterrar o melhor de mim!

Sou apenas um pedaço da natureza!

 
Sou apenas um pedaço da natureza!
 
Sou apenas um pedaço da natureza,
Sem preconceito, e envolta em defeito,
Desnudada de beleza!
Sou feliz…aprendiz.
Sem medo ou vergonha do efeito.
Existo, e existindo persisto!
Sou somente um espírito livre,
Não me tentem domesticar.
Porque na minha simplicidade,
Ouso gritar! Ouso sonhar!
Não me consigo prender,
Nem tão pouco mudar!
E com um sorriso…meu maroto sorriso,
Continuarei a sonhar.
Não me tentem derrubar!
Eu absorvo vida.
Respiro amor,
Transpiro amizade,
Consumo calor!
E apesar de ás vezes perdida,
Renovo-me e encontro-me,
É vida, é estar vivo!
E a cada vez que caio,
Expludo existência,
Transbordo garra, força.
E derrubo tudo a minha volta.
Que ao meu ser seja contra.
E simplesmente,
Voo mais alto,
Corro mais veloz,
Vivo mais intensamente,
Cada simples e único momento!
Sou apenas um pedaço da natureza…
Um solto pensamento.
Sou tudo e nada!
Sabe tão bem…estar viva!

(Vânia Brasil)
 
Sou apenas um pedaço da natureza!

Traição silenciosa!

 
Silenciosamente estremeço,
Silenciosamente procuro uma explicação,
Silenciosamente sinto que já não te conheço…
Silenciosamente não encontro a razão.

Silenciosamente choro…desabo,
Silenciosamente já nem ouso sonhar,
Silenciosamente me refugio, resguardo…
Silenciosamente me questiono sobre o que acreditar.

Silenciosamente tomei a minha decisão,
Silenciosamente abracei-a engolindo em seco,
Silenciosamente comprimi meu coração,
Tentando silenciosamente libertar-me deste beco.

Silenciosamente tenho fingido que não sei,
Silenciosamente entreguei-me á insensibilidade e á falsa ignorância,
Silenciosamente pergunto-me onde errei, onde fracassei,
Questiono-me silenciosamente: Terá sido a distância?

Silenciosamente inquiro-me se seria tua intenção,
Apunhalar silenciosamente o meu coração…
Silenciosamente apenas sei,
Que fiz de amar-te a minha lei…

Silenciosamente apenas digo,
Que quero simplesmente estar contigo.
Silenciosamente interrogo-me como tudo isto terminará,
Sem medo continuarei, pois o futuro mo dirá!

( Vania B.)

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No pulsar desta vida é fácil fazer promessas quando não se tenciona cumpri-las, criar sonhos que não se intenta realiza-los, incutir desejos…edificar mentiras e manipular verdades,
É fácil trair, e quando se trai uma vez, é difícil não volta a fazê-lo…
Fica-se facilmente preso em teias construídas pela ilusão. Há quem passa a vida a dizer eu amo, sem nunca ter amado; eu quero, sem nunca ter querido…
É fácil controlar pessoas através de adulterados sentimentos sabendo, que pelo medo da perda e solidão os mesmos se acomodarão inseguros mas submissos.
Difícil é responsabilizarmo-nos pelos nossos actos, agir consoante a nossa consciência, pensando que não devemos fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem.
Difícil é admitir que errámos, pedir sincero perdão e arcar com as consequências dos nossos erros independentemente do desfecho que daí resulte.
Difícil é abdicar de certos apetites e excentricidades que no momento podem parecer banais ou sem importância, passageiros e sem consequências mas que futuramente podem magoar excessivamente aqueles que mais amamos.
Difícil é impormo-nos, salvaguardando aquilo que nos torna genuínos, lutando pelos nossos ideais e por aquilo que defendemos com garra e convicção.
Difícil é decidir com prudência qual o caminho a seguir, quando a resolução consiste na duvida entre a razão e o coração.
Difícil é ter que abdicar daquilo que mais amamos em prol da sua felicidade. Porque ninguém deve ser prisioneiro da nossa vontade. Abrirmos a mão e deixarmos voar em liberdade o que nos torna felizes.
Noventa por cento das pessoas prefere “o fácil”, a cobardia e comodismo.
Perdoar um erro é um acto de grandiosidade, de beleza e sabedoria. Perdoar o mesmo erro duas, três ou mais vezes intitula-se burrice e falta de auto-estima.
 
Traição silenciosa!

Por ti amor!

 
Esta noite fixei as Estrelas e desejei tanto estar do teu lado!
Desejei-o com tanta intensidade, que me transformei numa pluma,
Que o vento soprou, rodopiando pelo céu estrelado.
Tão alto, que quase toquei a redonda e esplendorosa Lua.

O meu desejo aumentou e com ele a minha esperança,
E de imediato me transformei numa graciosa Garça-real,
Sobrevoando o oceano repleta de sonhos e confiança,
Acariciei ao de leve a agua fresca,sentindo-me vigorosa e jovial!

O dia começou a clarear, e as asas pesavam devido ao esforço,
Mas não podia desistir e virei um audaz e veloz golfinho,
Submergindo nas profundezas do oceano, aproveitando a flexibilidade do dorso,
Saltava e voltava a imergir, feliz por seguir o meu caminho.

Rapidamente cheguei à encosta, e nada me iria deter,
Por isso apoderei-me do corpo de um pequeno Garajau,
Que acabara de mergulhar, pescando, levantei voo sem me conter,
Senti uma sensação de liberdade fenomenal.

Cortava o vento a uma velocidade incrível,
Fazendo piruetas e depois mergulhando a pique,
Elevando-me de novo, sentia-me invencível,
Fugaz, cheia de vida! Sentia-me chique!

Olhei para baixo e avistei um maravilhoso campo,
Coberto de flores num lindo tom violeta,
Não resisti ao seu perfume e encanto,
E transformei-me numa borboleta!

Colorida e vistosa colhendo néctar de flor em flor.
Sei que estou perto, consigo sentir-lhe o cheiro.
Estou quase aí meu amor,
Para entregar-me em ti, por inteiro.

Comecei então a descer o rio Douro,
Maravilhada com tanta beleza,
Ansiosa, como quem busca o mais precioso tesouro,
O meu amor! A sua pureza!

Já conseguia vê-lo, nem conseguia admitir.
É ele, quase rebentava de alegria,
Não! Não! O que se estava a passar? Estava a cair.
Não o ia permitir, transformei-me assim nesta melodia!

Sim, esta que estão a ouvir!

Pisquei os olhos, continuava a fixar o céu estrelado,
Não passou de um devaneio, de um doce desejo…
Mas a melodia existe, e sempre que a ouvires estarei do teu lado,
Segurando a tua mão, acarinhando-te, com um apaixonado beijo!

Por ti amor…eu sou metamorfose!
Contudo pergunto, o que conseguirás ser tu por mim?

( Vania Brasil)

Music Codes
 
Por ti amor!

Amo-te!

 
É desejo, amor!
Puro desejo…
Chega a ser tanto…
Que desejar-te assim…
É dor…é pranto…
Queria-te, todo em mim…
Enfim…

Penso…imagino-te…
O teu cheiro, o teu toque…o teu calor,
A meu lado, cada dia,
Sendo tu…minha inspiração,
Minha fonte de alegria…

Senhor…do meu coração!

É mais que desejo, amor!
É amar-te, sem condição…
É entrega de corpo e alma…
A ti…rendição….total.
Amor assim…jamais, senti igual.

Olho pela janela…
A noite, está serena,
Tão bela…tão calma…
O luar…engrandece a visão…
O mar parece prateado…
Ao fundo, a ilha…distante… parece pequena,
Vêem-se as luzinhas lá ao longe…

É tão bonito…que beleza!
Que silêncio profundo…
Nem a mais pequena brisa…
Ou manifestação da natureza…

Fecho os olhos…respiro fundo,
Voltas-me ao pensamento…
Ai esta distancia…que está a dar cabo de mim…
Olho o céu…fixo a estrela mais brilhante…
Imagino teu rosto…teu sorriso…

Será que os anjos amam assim?

Solto uma lágrima…acompanho-a com um sorriso,
É mais que amor, minha doce tentação…
Nas estrelas…leio o teu nome…
Pois és a minha Perdição!

( Vania B.)
 
Amo-te!

Porque para mim Tu és muito especial!

 
 
Pensas que passas despercebido,

Mas o teu toque é afectuoso e escaldante,
Olhar nos teus olhos é como observar o universo,
O teu rosto é o mais lindo semblante,
E cada sorriso teu é o mais doce verso!

No teu beijo encontrei a paixão,
Achei o meu lar no teu abraço,
No teu carinho deparei-me com a adoração,
E na tua presença, em felicidade me desfaço!

No teu corpo expludo de desejo,
Qualquer toque teu é puro ato de prazer,
Morro e renasço em cada aperto, em cada beijo,
E quando me possuis sinto-me a rejuvenescer!

A tua companhia faz-me bem,
Fazes-me rir até no momento mais inesperado,
Nada do que faças fica aquém,
E, por tudo isso, resta-me dizer-te: Obrigado!

Pensas que passas despercebido,
Podes achar-te comum ou até mesmo banal.
Tu és único, maravilhosamente exclusivo…
Porque para mim Tu és muito especial!

12/02/2016 (Vânia Brasil)
 
Porque para mim Tu és muito especial!

Quem fui...quem sou?

 
Sou uma flor desfolhada,
Sou uma fonte, que secou.
Sou relento, na madrugada.
Sou sonho, que findou.
Sou…
Um borrão de tinta numa tela,
Uma imagem, desfocada.
Um vidro partido, numa janela.
Uma estrada, desmoronada.
Sou uma folha seca que o vento soprou,
Era as asas de um pássaro que morto, tombou.
Era espuma do mar, que se dissolveu.
Sou esperança, que morreu.
Sou um espinho, cravado na pele.
Sou um vírus, uma dependência.
Sombra, que nada teme.
Sou decadência, maldição!
Sou tristeza, em forma pura.
Solidão que perdura!
Sou pecado, tentação!
Podridão.
Sou um sonho esquecido.
Sou uma lágrima, incontida…
Sou alma perdida.
Sou ferida.
Era chama, agora sou cinza.
Sou lama.
Sou uma cor desbotada.
Um vácuo de sentimentos…
Em tempos, fui tudo.
Hoje, não sou nada!

(Vânia Brasil)
 
Quem fui...quem sou?

Grata...porque te "tenho"!

 
Tão meu…tão desejado…
Doce…o teu beijo,
Macios, os teus lábios,
Quente, a tua pele,
Delicioso, o teu cheiro…
Em mim ainda entranhado…
Meigo…és mel!
Foi sonhar, acordados…
E no desejo…
Perdemo-nos, por inteiro.

Nossos corpos dançaram, em sintonia,
Encaixados na perfeição…
Fizestes do meu corpo, um iguaria,
Saboreando cada pedaço…
Lentamente…sem pressa,
Com toda a intensidade, prazer…paixão!
Não te rendestes ao cansaço…

Foi perfeição!

Ainda ouço tuas palavras,
Sussurradas em meu ouvido,
O teu olhar, o teu sorriso,
A segurança do teu abraço…

Senti-me protegida,
Fechei os olhos, e disseste-me:
Fica comigo…hoje, amanha e sempre…
Quero-te minha, eternamente…

Invadiu-me paixão, vida…
Abri os olhos…olhei os dele, e disse sim…
Então ele sorriu…acariciou-me o cabelo,
Dizendo agora descansa meu amor…
És tudo para mim…

E eu adormeci…num sono profundo,
E descansado…

No dia seguinte quando acordei,
Ali estava ele, não foi um sonho…
Foi realidade…

Fiquei ali, quietinha…
Olhando-o enquanto dormia,
Sorri de felicidade…
Era novo dia…
E eu sentia-me, novamente, uma mulher de verdade!

Grata…por esse dia ser hoje…

( Vania B.)
 
Grata...porque te "tenho"!

Ao amor da minha vida!

 
Um ano passou…meu amor…

Uma eternidade longe de ti!

E no entanto…

Parece que foi ontem que te conheci…



A partir desse dia…

Tens sido a luz na minha escuridão…

O sorriso para o meu desalento,

A alegria para a minha desolação…

A minha inspiração…o meu alento!



Relembro cada momento com tanto amor e ternura,

Não apenas os momentos em que estivemos juntos,

Mas também todos os que partilhámos á distancia…



Cada acto…cada palavra tua…em mim, perdura!

Os momentos em que positivamente me surpreendeste foram muitos,

E agradeço a tua compreensão, dedicação e tolerância!



Sei que há quem não entenda este nosso amor,

Sei quem o julgue impossível pelo oceano que um do outro nos aparta…

Quem não o compreende ou o julgue pode até conhecer a saudade e a dor,

Mas certamente não conhecerá o amor incondicional, que não cede, não teme…nem farta…



Durante os meus constantes momentos de solidão e tristeza,

Pedi incansavelmente a Deus alguém como tu…Ele ouviu-me…

A felicidade não nos é dada de “mão beijada”,

Há que saber lutar pelo que se quer…com persistência…paciência e braveza!



É tão bom sentir-me por ti amada…cuidada…



E não estou á espera de consentimento ou aprovação,

Só quem vive ou viveu um amor assim poderá entender…



Um amor assim é uma dádiva dos céus…é força suprema,

Que nos trespassa a alma…e nos dá asas á imaginação,

Duas metades que se completam…é um constante renascer…

E amar-te assim…é sentir-me viva da forma mais plena…



Das primeiras frases que me proferiste há uma que jamais esqueço,

E que na altura até nem entendi…talvez por não tentar,

Hoje olho em meu redor…e sinto-o com apreço…

Realmente “ para se ter é preciso dar”

Espero nunca ficar aquém desta tua lei…

Dou-te tudo de mim…entrego-me em ti com todo o meu ser…

E perdoa-me se alguma vez te desiludi ou falhei,

Não sou perfeita…mas tento ser e estou a aprender!



Não sei o que o futuro nos reserva…

Mas espero que possamos caminhar os dois lado a lado,

Sermos um para o outro…estarmos um no outro…com amor e entrega,

E que possamos olhar sempre com um sorriso para o passado.



Há tanta coisa que sonho em poder partilhar contigo,

Há tanto para fazer…para descobrir…de mim e do meu universo,

Sem pressa…quero desvendar cada pedaço de ti…ser o teu abrigo,

Quero que o meu mundo no teu fique submerso…

Porque aqui o “eu” não importa…apenas o “tu”, porque és tu em mim,

Não sou mais que o reflexo da tua alma, o clarão da tua condição,

Apenas emito o perfume das flores que brotam no teu jardim…

Não saberia mais quem sou sem ti…imaginá-lo…faz-me sentir rastilho em extinção…



Sei que temos ainda um longo caminho a percorrer,

Um percurso com momentos acetinados e outros espinhosos…

Há que saber percorre-lo com confiança…sem nada temer,

Acolhê-los sejam eles penosos ou maravilhosos.



Enquanto isso meu amor…paciente aguardarei…

Estes longos dias em que não te tenho fisicamente,

Porque em tudo o resto estás sempre presente!

E de corpo e alma a este amor me dedicarei!

Vou controlando a minha ansiedade,

Este procurar incessante de um toque teu.

Viverei intensamente este amor que em plenitude me acolheu.

E até que chegues novamente…abraçarei a saudade,

Mergulharei em mim mesma…aprisionando os meus desejos,

A minha vontade…

Relembrando as nossas noites escaldantes…os teus apaixonantes beijos!

Acondicionando a minha liberdade…

E sonhando…esperando…

És a minha felicidade!

Amo-te Hugo!

( Vania B.)

Obrigado meu amor…por este ano que passou, pelos conselhos, pela tua luta constante por mim…pelas palavras de amizade, pela compreensão…pelo teu amor e dedicação. Obrigado por todas as vezes em que me surpreendeste…pelo carinho e mimos que me deste. Obrigado pela paciência…
Agradeço por seres como és!
 
Ao amor da minha vida!

Porque a vida é uma incerteza!

 
Porque a vida é uma incerteza!
 
 
Acredita,
A vida é mesmo assim,
Uma antítese surreal,
Se agora está bom fica ruim,
Se hoje está bem, amanhã está mal!

Acordas com a sensação,
De que podes mudar o mundo,
Adormeces com a desilusão,
E um medo profundo!

Não tenhas medo,
Imagina um círculo completo,
Não há desilusão sem ilusão,
Revolto sem quieto,
Nem perfeito sem imperfeição!

Não existe saudade sem amor.
Rio sem fonte,
Não conhece o frio quem não sentiu calor,
Tal como o planalto sem monte.

Confia em mim,
Quando te digo que o tempo
Corre veloz como um rio.
E que esse teu triste sentimento,
Não passará de um efémero calafrio!

Ainda ontem caíam,
As primeiras folhas de Outono.
Hoje, as flores lentamente sorriem,
Ao despertar primaveril de um sono!

Como o tempo não passa, corre.
Aproveita “o agora” intensamente,
Porque o que não absorveres, morre,
E o que morre é passado e não presente!

Quanto a mim, fica apenas ciente,
Que independentemente da situação,
Estarei contigo incondicionalmente,
Seja na tempestade ou mansidão!

Porque a vida é uma incerteza,
Aprendi a vivê-la plenamente,
E cada ato de felicidade é pura proeza,
Que devemos alojar agradecidamente!

(Vânia Brasil)
 
Porque a vida é uma incerteza!

QUERO-TE!

 
QUERO-TE!
 
Toda a gente tem sonhos!
Segredos! Fantasias e medos!
Isso é o que nos torna interessantes.
Diferentes!
Não o que está descoberto,
Mas o que está por descobrir…
Secreto… por sentir! Hum!
Eu não sou nenhum anjo.
Eu tenho sonhos encobertos!
Segredos perdidos,
Medos despertos,
Desejos escondidos,
Fulgor e anseios contidos!
Tenho tanto para explorar.
Um espaço enorme onde procurar.
Quero tão mais e não quero nada!
Quero tudo e ao mesmo tempo,
Sentir-me desapropriada…
De mim!
E neste momento QUERO-TE!
Quero consumir-te,
Arrombar-te e entranhar-me em ti!
Invadir-te!
Explorar-te e beijar-te!
Hum!
Arranhar-te e morder-te,
Quero minuciosamente…
Acarinhar cada poro da tua pele!
Quero possuir-te loucamente,
Sentir-te tão meu!
Desfrutar de teu corpo lenta e deliciosamente,
Lambuzar-me de ti,
Entregar-me perdidamente!
É desejo?
Quero perder-me no teu beijo,
No teu corpo, delirar!
E invadida pela paixão,
Grito: ”apaga este fogo, que me queima!
Que me consome sempre que te vejo!
É tesão”!
E no consumar de todo este chafurdar,
O desfrutar de dois corpos,
No auge, no limite do prazer, enfim…
Deixai a minha alma elevar-se ao infinito,
E em queda livre mergulhar em ti,
Não em mim!

(Vânia Brasil)
 
QUERO-TE!

Estou carente!

 
Eu estou carente de um abraço apertado,
De um sorriso se abrindo!
Estou carente de um olhar acanhado,
De um rosto corado…que se está despindo!

Eu estou carente de um beijo suave,
De uma mão amiga.
Eu estou carente de cumplicidade,
De pura amizade e de gozar a vida.

Estou tão carente que os sonhos doem
E imaginar é quase impossível.
Tão carente que pensamentos corroem,
Iniciativas se destroem,
Onde ficar imóvel é admissível.

08/08/2015 (Vânia Brasil)
 
Estou carente!

Quando foi a ultima vez que paraste para olhar o céu?

 
A vida…nem sempre é fácil,

E nós temos por habito pegar na coisa mais subtil,

E complica-la ao máximo.



Procuramos a felicidade em grandezas,

E ela existe nas coisas mais simples e belas,

Procuramos vencer batalhas, alcançar proezas,

Em vez de dar o lugar a coisas singelas.



Por vezes aquilo que mais procuramos,

Está mesmo á nossa frente e não vemos.

Aquilo que mais desejamos é-nos oferecido,

E nem reparamos, passa-nos ao lado, despercebido!



Tudo aquilo que não temos é-nos sempre o mais querido.

Em vez de nos agarrarmos aquilo que temos,

E sentirmo-nos agradecidos.



São desencontros…do tempo, do ser, ou lugar.

São desencontros da vida, de um incessante procurar.



Desencontros da alma desesperantes.

Que se tornam pesadelos constantes,

Tormentos sem cessar.



Eu não estou a dizer para desistirmos dos nossos sonhos,

Apenas para mantermos os ânimos risonhos

Jamais desistir, mas o coração abrir,

Para as coisas simples…tão banais,

Mas no fundo tão preciosas, tão naturais.

Fonte de felicidade e de paz!



Quando foi a ultima vez que te propuseste,

A mostrar a ti próprio aquilo de que és capaz?

A explorar a capacidade da tua mente?

Mostrar que és um ser que vive de verdade…sente?



Quando foi a ultima vez que paraste para pensar?



Em vez de olhar, ver,

Em vez de tocar, sentir.

Em vez de ouvir, absorver.

No lugar de fingir, transmitir.



Quando foi a ultima vez que paraste para olhar o céu?

Ou fechaste os olhos ao sentir os raios de sol na tua pele?

Quando foi a ultima vez que paraste a contemplar o mar?

Ali, só por estar… sem pensar.



Quantas vezes a pessoa que mais procuramos,

Aquela que nos completa,

Sai quando acabamos de entrar?



Mas eu acredito no destino,

E deixo sempre a porta aberta,

Pois ela acabará por voltar.

E um dia não será para partir,

Mas sim para ficar!



E quanto ao resto, eu vejo, sinto…absorvo e transmito,

Intensamente,

Cada dia, cada momento!

Hoje, amanha e quem sabe…eternamente!



E tu?

(Vania Brasil) 10/04/2007
 
Quando foi a ultima vez que paraste para olhar o céu?

Por tanto te amar...

 
Soprei ao vento um doce desejo,
Que esta noite ao adormecer sentisse o teu beijo,
Que na profundeza do teu olhar,
Em paz e sossego me pudesse encontrar!

Olhei para as estrelas, nesta noite iluminada,
Sorri por saber que contemplas o mesmo céu que eu.
Apesar de distante, sei-te em cada madrugada,
E em cada anoitecer…tão meigo, tão meu!

Desejei que o teu amor me envolvesse,
Que o teu perfume e calor pudesse absorver,
Que em teus braços, imóvel adormecesse,
Meu eterno amor, meu bem-querer!

Ao invés, deito-me com a saudade,
Por saber-te tão longe, tão distante,
Acordo com a tremenda ansiedade,
Por tanto te querer meu puro diamante!

No teu silêncio eu sou um vácuo, um vazio.
Contra a minha vontade, invade-me a tristeza,
Cada segundo que passa sem ti é cinzento e frio,
Sou carência desanimada, envolta em frieza!

Sinto-me tão incompleta, nem as lágrimas consigo conter
Anseio a tua chegada, como a noite anseia o dia,
Ofereço-te meu amor cada lágrima e segundo do meu sofrer,
Pois não são mais que o tanto te amar e desejar a tua companhia!

Actualmente nem me entendo…
Sou mistura de tristeza com felicidade.
De sonho lindo e em simultâneo horrendo,
Antítese de paz e ansiedade!

Mas não desisto…resisto,
Não fujo…enfrento…
Por tanto te amar…tudo aguento…

( Vania B.)
 
Por tanto te amar...

A minha despedida!

 
Pensei que o mundo havia silenciado,
Afinal fui eu quem perdeu a audição.
O meu relógio está parado,
Assim como o meu tempo perdeu a razão.

Pensei que o mundo havia perdido a cor,
Afinal fui eu quem perdeu a visão.
Os sorrisos deram lugar à dor,
A indiferença abafou a paixão.

É tão grande o meu vazio,
E insignificante a minha existência,
Resta em mim o olhar distante e frio,
E a estúpida e disfarçada aparência.

Já não há nada de bom em que acredite,
Nada que ressuscite o meu coração,
Nada que me prenda para que aqui fique,
Partir parece-me a certa solução.

Assim, esta é a minha despedida,
Não irei arrependida de nada.
Parto como cheguei: “despida”!
E em breve nem serei lembrada!

(Vânia Brasil) 25/09/2013
 
 A minha despedida!

Porque há dias assim!

 
Depois de mais um dia de trabalho,
Em que estou completamente extenuada,
Dirijo-me até casa rapidamente, sentindo-me um paspalho…
Repleta de dores e desajeitada.

Ao chegar, atiro com as chaves para um canto.
Nem penso duas vezes, quero um banho quente,
Desfaço-me das minhas vestes, miro-me no espelho com desencanto,
Sinto-me desmotivada…transbordo desalento.

Deixo que água escaldante escorra pela minha cabeça,
Percorrendo o meu corpo, que de imediato se sente um pouco aliviado,
Foi mais um dia em que tudo aconteceu, sem que nada aconteça…
Fixo os frios azulejos e liberto o meu coração apertado,

Chorando!

Choro desmedidamente, sinto-me só, desconsolada
Odeio este silêncio que abafa a casa…silêncio que quase me ensurdece,
Odeio esta carência, esta ansiedade em mim, guardada…
Este impulsivo querer que quase me enlouquece!

“O que tens?” Todo o dia me perguntaram.
O que disfarças com um sorriso, que nos teus olhos transparece?
De que me adianta reclamar…reclamações não me amparam,
Por isso respondi: “ Não tenho nada! Falo sério…esquece!

As lágrimas já cessaram, e sob a água quente acalmo,
A minha mente ecoa: Tens que ser forte!
É algo que repito a mim mesma como um salmo,
Mas nem sempre é fácil concretizar quando se está sem rumo, sem norte.

De repente batem-me á porta,
Tinha-me esquecido completamente que haviam ficado
De me trazer uns filmes para o serão,
Rapidamente visto o roupão,
Vou mesmo assim, pouco importa…
Estava no duche, nada que deixe alguém admirado.

Abro a porta com um sorriso, olá – digo eu – desculpa, tinha-me esquecido,
Não tem problema – responde ela – já reparei que vim num momento indevido,
Olha-me novamente e continua:
- Sem querer ser indiscreta ou descarada,
O que tens? Fala comigo, sou tua amiga, sei guardar um segredo.
E uma vez mais sorrindo respondo: Está tudo bem. Não tenho nada…

Mas em simultâneo a minha alma grita:
Não te vás embora, fica.
Sinto-me só…Tenho medo!
Acrescentei dizendo: Até amanhã! Obrigado!
E uma vez mais o sopro da verdade foi atado, o grito foi calado!

Porque há dias assim,
Em que sinto medo de perder o que mais amo,
Em que a solidão se apodera de mim,
Talvez seja um sentimento parvo, talvez um mero engano…
Talvez amanhã o dia já tenha outra cor…talvez não,
Enquanto isso mantenho o grito calado e dou voz á razão!

( Vania B.)
 
Porque há dias assim!

Mensagem

 
Sou mulher de uma ilha cheia de encanto,
Pequena e singela.
O seu verde coberto de sons é meu canto,
O mar é minha janela.

Foi nas asas das aves que depositei minha esperança.
Foi aos peixes que segredei meus desejos.
Contemplando o céu colhi confiança.
Das estrelas recebi carinho, roubei-lhes beijos.

Cresci trepando árvores, bem alto,
Para que minha visão fosse mais completa.
Caminhei descalça sob a terra e pelo basalto,
Para que da sua energia me sentisse repleta.

O cheiro da terra sempre me inspirou,
Respondi à montanha todas as vezes que me chamou.
Mas foi ao mar a quem contei meus segredos,
O que mais desejava e os meus medos.
Fosse banhado pelo sol ou pela lua.
Foi presente a ti Mar que me despi do pudor.
Hoje novamente junto a ti me apresento nua
Para te falar do meu amor...
 
Mensagem

Tu em mim

 
Tu em mim
 
Sinto o teu calor.
A tua respiração perto do meu pescoço,
Afastas-me o cabelo, beija-lo suavemente,
Toda eu estremeço e invadida pelo desejo,
Minha alma no meu corpo sente-se em calabouço,
Que se quer libertar, no calor do teu beijo!

A tua mão percorre minhas costas delicadamente,
Sinto o sangue nas veias mais rápido, a respiração ofegante,
Contornas minha cintura, tocas ao de leve meus seios,
Eu quase enlouqueço, sou fera, escaldante…

Inclino minha cabeça contra o teu peito, sinto a tua pele,
Hum…sussurro:
- Quero-te! possui-me! Já!agora!

Beijas meus ombros, sinto-me vulcão,
E com um simples toque de dedos puxas as alças
E o vestido deslizando, cai no chão!
Tuas mãos percorrem meu corpo, contornam minhas coxas,
Envolvem meus seios, arqueio as costas,
Quase explodido de desejo, sou lava efervescente,
Querendo entrar em erupção,
De ti carente.

Superficialmente, deslizas a ponta dos dedos pelos meus braços,
Entrelaças minhas mãos nas tuas, puxando-as para traz,
E viras-me de frente, para ti, de repelão,
E depois de um roçar de lábios,beijo-te com toda a minha paixão.
Meu corpo, no limite de desejo, grita: faz-me tua!
Hum…um jogo de línguas, uma troca de fluidos, delicioso o beijo,
E sem dar por isso estou seminua.

Elevas-me no ar, entrelaço as minhas pernas á volta da tua cintura,
Tudo o que te envolve é uma toalha, que com um pequeno gesto faço cair,
Agarro teu cabelo, mordisco teus lábios, teu queixo, o teu pescoço,
E de novo colo a minha boca na tua
saciando a minha sede, quero-te possuir!
Desta vez o meu corpo não grita, suplica: faz-me tua!

Colocas-me delicadamente na cama,
Olhas meus olhos, com um olhar que quase me devora
Desces lentamente, explorando cada parte do meu corpo, minuciosamente,
Sinto-mo brasa, chama que te quer consumir sem demora!

Retiras a ultima peça de roupa que em meu corpo sobra,
Beijas famintamente meus seios, as tuas mãos percorrem-me.
A tua boca e a minha unem-se desvairadamente, apaixonadamente,
Penetras-me…sentindo a humidade e o calor que me consomem por dentro.
Fecho os olhos, inclino a cabeça soltando um gemido de intenso prazer,
Lentamente sinto-te todo dentro de mim, iniciando uma dança carnal, compassada.

O prazer trespassa minha alma, gemo, contorço-me loucamente,
Sem me conseguir conter, fogosa em ti entranhada,
Arqueio o tronco, agarro o lençol, apertando-o, desfrutando-te completamente.
Num roçar de pernas, comprimir de pele, de beijos e carícias,
Por entre gemidos e sussurros o ecoar da respiração ofegante,
Num jogo de ritmos lentos e acelerados em completa loucura,
Num devorar e lambuzar mutuo, mas com muita doçura.

E no auge de todo o prazer explodimos em simultâneo, o clímax do momento,
Num grito intemporal, nossas almas elevam-se ao mais alto do infinito,
O tempo cessa,o mundo cala e o tudo e o nada coexistem ao mesmo tempo!

Tu e eu fomos um só, sem limites ou preconceitos,
Sem perfeição ou defeitos!

Com um olhar radiante e um sorriso penetrante,
Entrego-me ao teu abraço.
Beijo-te uma, outra e mais uma vez,
E rendidos ao cansaço,
Fixamos o nada,sorrindo em silêncio, deambulando no tempo.

(Vânia Brasil)
 
Tu em mim

Sou uma desilusão!

 
O sol está a pôr-se, o mar parece um rio,
É bom demais inspirar este ar perfumado pelo eucalipto,
A paz surge em mim, como repentino calafrio,
Sossego! Calo o meu incessante grito.

Olho o horizonte…como se esperasse algo que não vem,
O chinfrim dos pássaros começa a cessar,
Dando lugar apenas ao som do calmo mar,
Olho em meu redor, estou só, apenas eu e mais ninguém!

Continuo a olhar o horizonte…deixo-me vaguear em pensamentos,
Sinto-me tão cansada, que me faz questionar a minha própria existência,
O que faço aqui afinal? Pois se para a minha presença não vejo argumentos,
Sinto-me um ser miserável, impróprio…será isto fruto da minha carência?

Tenho tantas dores no corpo…
Mas são menores que as que me atingem a alma,
Por mais que eu faça, é sempre pouco…
Parece que destruo tudo o que toco. Não há mérito, não há palma!

Agora pergunto-te meu Deus: O que devo fazer?
Como posso melhorar-me? O que devo mudar em mim?
Por favor Senhor, dai-me o teu parecer…
Odeio sentir-me assim…

Todos os dias esforço-me no meu ganha-pão,
E não consigo satisfazer suas exigências.
Empenho-me no papel de mãe, de mente e coração,
E sinto-me sempre aquém apesar das diligências.

Pensei ser boa companheira e amiga,
Mas não o sou…estava errada!
Não sei se sou eu a falar…ou se será o desespero e fadiga…
Mas sinto-me comigo mesma tão zangada.

Entreguei-me a um novo amor com corpo, alma e paixão,
Mas mesmo dando o meu melhor…transparecendo o que há em mim,
Só faço sofrer quem mais amo, não passo de uma desilusão,
Eu não quero que seja assim!

Deixa-me chorar mais um pouco…preciso aliviar a minha alma,
Deixa-me sentir embalada por ti meu Deus, como quando era menina,
Sempre Fostes o meu consolo…a minha calma,
Nas horas mais difíceis, em que me sentia perdida e sozinha!

Queria tanto o calor de um abraço…sinto-me tão carente,
Se tiver que ser sempre assim…fazei com que eu não mais exista,
Já vi que o melhor que há em mim…não é suficiente…
Se calhar não passo mesmo de um ser auto destruidor e egoísta!

A noite já caiu…fez-se um silencio apavorante,
Enxugo as lágrimas, já me sinto mais serena,
Olho as estrelas e o luar…que se exibem de uma forma deslumbrante,
E perante tal beleza e imensidão…sinto-me insignificante e pequena.
Ser pequeno…não me faz sentir infeliz, ou desfavorecida,

Sinto-me uma felizarda com aquilo que tenho…que alcancei,
Os meus amigos, o meu amor, a minha filha, a minha vida…
O que me deixa revoltada…é a felicidade que queria dar, e não dei.

Quero poder fazer mais e melhor…quero ir mais além e sinto que não consigo…
E é isso que me faz sentir falhada como mãe e mulher…
É por isso que sou uma anjinho perdido!

(Vania B.)

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Sou uma desilusão!