Prisioneiro em si
A lua timidamente veio até você...
Solicitou de tua rara beleza permissão,
Para que as estrelas brilhassem no manto...
De veludo negro do céu em madrigais!
Vem amor, tocar ditas luzes ribaltas.
Elas necessitam espelhar no brilho
Deste teu suave e encantador sorriso.
Assim como as orquídeas em festas de verão!
Ah! Lembranças que me vem e vão...
Tua presença é forte em meus pensamentos.
Luz de esperança no cativeiro de minha alma.
Faz-me viajar na macia orla do tempo
Navegante mor das perfídias tormentas!
Lembranças secretas de platônico amor...
Baroneto.
O moço e o velho
O moço e o velho.
...Então caminhando pelas estreitas vielas,
Um jovem e um não tão jovem assim vão...
Conversando fervorosamente sobre a humanidade,
A vida entre outros assuntos que borbulhavam,
No seio desta conversa. Em dado momento porém,
O jovem como que por ardil perguntou ao velho.
E que por assim dizer, em sua percepção acreditas mesmo,
Realmente em uma existência após a morte? E que exista...
Uma alma imortal!?. Sereno como o orvalho que beija,
As flores de madrugada com olhar que refletia a luz de...
De sua bondade e fina paciência, responde o velho...
Tu consegue ver o que é a poesia no poema?
Responde de súbito o jovem o poema é o corpo que carrega
A poesia, a poesia é a alma encantada do poema...
Serenamente o velho responde...Pois é ai está a vossa resposta.
O corpo carrega a alma no planeta, a alma carrega a vida na eternidade!
Baroneto
Querer
QUERER.
Quero um abraço apertado...
Um beijo roubado da boca molhada.
Um olhar profundo dizendo coisas...
Que somente a alma pode entender.
O significado das palavras pensadas.
Não ditas ao vento, mas ao coração.
Quero de novo ser criança para entender,
A alegria de sentir a verdadeira felicidade!
Fazer-se inocente sem pecados!
Correr livre pelos caminhos da vida,
Onde o sorriso esperança é a alma...
Sonho profundo de rara beleza.
O espirito repousa em serena harmonia.
E tua lembrança de menina meu ego, acalma!
Baroneto.
Ombro Amigo
Hoje eu queria um ombro amigo,
Só pra um pouquinho desabafar!
Sentir a força da pura amizade,
O calor do carinho num abraço.
Hoje eu queria um ombro amigo,
Mas cada um já tem o seu penar!
Quem sabe se apesar de minha dor...
Eu não seja um ombro a se esperar!
Se hoje não posso ter o ombro amigo...
Quem sabe se amanhã ele aqui não estará!
E os meus tormentos ele irá abrandar.
Se não encontro por aqui este amigo...
Sei que alem imaginação ele estará...
E os teus braços... Nunca há de me negar.
Baroneto.
Mãos
MÂOS.
Mãos...
Mãos que tocaram teu corpo.
Mãos que te acariciaram.
Mãos que te ofertaram flores.
Mãos que alisaram teus cabelos...
Em suaves toques de paixão.
Mãos que te escreveram poemas.
Mãos que enxugaram as tuas lágrimas.
Mãos que te desenharam em aquarelas...
Nas telas de minha alma apaixonada.
Envolvida na doce áurea de teu sorriso.
Sorriso que não se fez na despedida...
Onde você e eu não nos abraçamos.
E as mãos não acenaram o frio adeus.
Baroneto.
DOA-SE UM CORAÇÃO
DOA-SE UM CORAÇÃO
Estou triste...
Em pedaços um coração!
O vento do desprezo...
Sopra em minha alma!
O brilho das estrelas...
Já não me atraem mais!
O calor do sol tornou-se,
Apenas uma pequena chama!
E a lua então?
Que antes era poesia!
Agora é só uma claridade fria!
O bailado das folhas...
A se soltarem das arvores,
Eram como brisa ao vento!
Hoje são apenas...
Folhas mortas ao relento!
Estação inverno chegou!
Tristeza envolveu meu coração!
Para não congelar...
Na fria angustia de ser só,
Vou doar meu coração!
Quem sabe há alguém,
Assim como eu, esperando!
Um amor desprezado também!
THOMAZ BARONE NETO
AH! COMO EU QUERIA...
AH! COMO EU QUERIA
Queria....
Mas não posso,
Parar de te amar...
Assim como te amo!
Queria...
Mas não posso,
Parar de pensar em ti!
Esquecer, o teu sorriso!
Queria...
Mas não posso,
Viver sem você!
Queria...
Mas não posso...
Morrer nos teus braços!
Queria...
Mas não posso...
Ocultar-me no silêncio!
Queria...
Como queria...
Mas não posso!
THOMAZ BARONE NETO
PERDOA-ME
PERDOA-ME
Pelos transtornos,
Que lhe causei...
Perdoa-me!
Pelas amarguras,
Que te fiz sentir...
Perdoa-me!
Por eu não saber...
Dar-te carinhos!
Perdoa-me!
Pela minha ignorância,
Em não saber cultivar-te...
Perdoa-me!
Pelo desprezo,
Que por mim;
Fiz-te sentir...
Perdoa-me!
Pela decepção,
Que te causei...
Perdoa-me!
Por tuas lágrimas.
Que choraste por mim!
Perdoa-me!
Por eu mesmo assim,
Perdido, alucinado.
Desesperadamente...
Amar-te!
Perdoa-me!
THOMAZ BARONE NETO
Ecos de um Grito
Ontem eu vi em meus sonhos,
Menino travesso correndo.
Hoje eu vi em minha realidade...
Menino travesso perdeu a inocência.
Carências lhe foram atribuídas...
Amores dele foram friamente roubados,
Lagrimas se tornaram companheiras...
Em tua alma mergulhada em pesadelos.
Queria ouvir o som de uma doce melodia.
Correr livre nos campos das belas fantasias!
Mas... Morre aos pouco pela vida esquecido.
Ao romper da aurora, já sem brilho...
Curva fronte solta um grito, um gemido...
Mundo te dá adeus... Não serei corrompido!
Baroneto.
Teu Perfume
Estava a sonhar diante a um jardim.
Quando que como por descuido notei...
Orvalhos cristalinos a rolar por uma flor.
Imitando cascatas ou lágrimas de amor!
Púrpura como as tardes de crepúsculo.
Veludas pétalas em cativantes fragrâncias,
Envolvem a brisa em um terno namoro.
Convidando a alma, num festival de cores.
A suspirar em êxtase de loucas aventuras...
Imaginei-me sendo a gota, cristalina a deslizar.
Tatuando em minha alma teu doce prazer de mulher,
Percorrendo em devaneios a divindade de teu corpo...
Teu perfume assim como os da rubra flor,
Envolve a brisa que alucinada pede ao vento...
Gravar entre as inesquecíveis epopéias de amores,
Nossos sonhos, de irreverentes e eternos amantes!
Baroneto