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Navegante

 
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Navegante

Estou vivendo como barco abandonado
Parado à beira de um rio, sem destino
De navegar nesta vida já estou cansado
De sofrer e de chorar é o meu desatino

Já naveguei por vários mares no passado
Agora estou sem bússola no meu caminho
Em mares tão serenos já tenho embarcado
Hoje padeço na estrada cheia de espinho

Por que será que felicidade foi embora
Deixando atrás este alguém que chora
Boiando nestas águas turvas da saudade

Os limos estão verdejando a minha quilha
Sinto-me como alguém perdido numa ilha
Que para navegar já não tem capacidade.

jmd/Maringá, 28.07.10


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/07/2010 21:34  Atualizado: 28/07/2010 21:34
 Re: Navegante
Realço a coerência e a harmonia. Um soneto com conta peso e medida.
Aplaudo

Abraço