Poemas : 

O INDIVÍDUO E A MULTIDÃO

 

O INDIVÍDUO E A MULTIDÃO

Quando o ser humano
é um poeta: - é o recolhimento,
a solidão, o lírico, a ternura...
mas quando ele se transforma
numa multidão pôem para fora
o instinto primitivo, tribal...

O carnaval, DE HOJE,
é um exemplo:
não se dansa como no tempo
dos blocos das pastorinhas,
pula-se como um cangurú assanhado...

Pode retirar a melodia
e a bela poesia da letra,
que não faz a mínima diferença,
desde que fique a batida do tambor,
- e pode bater três dias sem parar,
que o povo não se cansa:
vertendo suor e, às vezes, lágrimas...

Muitos hão de dizer que é a modernidade:
tudo muda...
É verdade, mas a transformação deve
guardar relação com o desenvolvimento
do ser humano, cada vez mais refinado...
e não recuar para um tempo
em que a única música possível
era produzido batendo uma pedra
na outra...

Isto não é uma crítica,
é uma constatação,
com todo o respeito
aos povos do mundo...
 
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JBMendes
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Enviado por Tópico
NEUSA
Publicado: 25/10/2010 09:50  Atualizado: 25/10/2010 09:50
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Mensagens: 1431
 Re: O INDIVÍDUO E A MULTIDÃO
Realmente mesmo com tanta modernidade, o homem não consegue abandonar o ser primitivo que carrega dentro de si.
Adoro te ler
Beijos e bom dia
Neusa


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 25/10/2010 11:14  Atualizado: 25/10/2010 11:14
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Mensagens: 9299
 Re: O INDIVÍDUO E A MULTIDÃO
Querido Amigo
Poeta Conterrâneo!

É uma grande verdade poeta,pula-se como um grande canguru assanhado, mas tem quem goste, mas são só tres dias de folia, deixa que pulem.
É a tal coisa, quem gosta vai, quem não gosta olha.
Adorei seu poema!
Bjinhos
♫Carol