[Sinto Saudade Da Tua Alegria]
[Sinto Saudade Da Tua Alegria]
Sorriso tímido...escondido no verbo amar
Melodia inacabada num verbo que eu não sei conjugar
Palavras caladas [silenciadas]
Na dor do querer, no medo de perder.
Um abraço apertado no silêncio do medo
Palavras que não saem [num verbo por inventar]
Num futuro incerto
Num passado do verbo alegrar.
Fragilidade intensa [vida que se foi]
Palavras não pronunciadas [contidas por lágrimas]
Frágeis como os meus olhos angustiados
Frágeis como as borboletas que voam de flor em flor.
Queria saber ler o silêncio
E construir um muro de palavras
Queria ouvir o sussurrar do silêncio
E trazer o teu silêncio até mim.
Cai a noite [serena e fria]
Sinto vontade de me perder.
No silêncio mágico que envolve a vida
[escuto]
O barulho do nada
Que não silencia a dor que habita em mim.
[Sinto saudade da Tua alegria.]
p.s
[Saudades eternas de vc, Soso... ;( ]
.
Por Ro Fontana
Não interessa!
Merendo a bela ilusão chorona da minha janela,
Germina o relvado nas brechas da calçada
Com seu verde verdejante e o exalar da vela,
A chama que me chama na noite, chegada.
Estas reflexões verdes tens que saborear diferente,
Mas nunca diferente de mim, do que sinto e do que sou;
Eu sei sê-lo, mas agora vou ser a dor oculta, presente,
E eu sei, faze-lo tão bem, que me ri do verde que evaporou.
Agora, está escuro, consegues sentir o que estou a sentir?
Não interessa o que sinto, só o que tu sentes importa!
Andamos neste mundo só para sentir o nosso sentir
e nos iludirmos com os sentimentos dos outros.
As vezes mais vale abrir o guarda-chuva ao que sinto,
Porque pode magoar-se com os pingos do meu instinto.
E se o pó da ampulheta chegar ao fim estou bem ciente,
Que sempre a posso virar e tentar tudo repetidamente.
E se coração parar na hora h, eu tentei repetidamente,
Dizer o que nunca consegui dizer, chorei perdidamente,
Sofri porque talvez fosse a minha gota que me abraçasse,
Que me entendesse nos choros da ventania de um adeus.
Quandoachuvacai-A.C.O.R
ADEUS
A Volena partiu aos 93 anos.
Deixou-nos uns últimos versos para partilhar com a família
e com todos os amigos e leitores do “Luso-Poemas”.
Um obrigado a todos
A família
Senhor Jesus!
Mãe Maria
Pai eterno, meu Senhor
desasai de Vossas mãos
meu corpo sem valor,
A minha alma sofre
por Vos ter ofendido
perdoai, em minha morte.
Nunca Vos quis magoar
sabeis, melhor, tudo o mais
e só Deus para julgar!
Desculpai, tanto Vos pedia.
O sofrimento era muito também,
só rezando um pouco se esvaía
olhando a ternura da Vossa Mãe.
Lego ao Vosso olhar protector
amados, filhos, netos, e bisnetos
a quem deixo Todo o meu Amor.
À família e amigos, grata amizade
a quem desejo um dia abraçar
quando juntos na Eternidade!
Vou feliz, dêem-me um sorriso!
Adeus, beijinhos para todos
E muito juízo …
Lena
Hoje não posso falar de amor
Hoje não posso falar de amor
Porque m'alma sangra de sofrimento e dor
Rogando ao Pai a quem tanto glorifiquei
Que perdoe-me porque na omissão eu errei.
Errei quando nada fiz pela criança carente
Que pelas ruas perambula rogando socorro da gente
Errei quando ao seu sofrimento fui indiferente
Ocupando por vaidade uma grande morada
Enquanto ela dormia ao relento na fria calçada.
Errei ao desperdiçar os alimentos que o Senhor me Legou
Jogando ao lixo o que muito me sobrou
Enquanto que ela raquítica por um pão implorava
E no desespero da fome drogas experimentava.
Errei ao comprar roupas caras sem jamais as usar
Enquanto que ela vestia farrapos para lhe agasalhar
Errei ao ter tantos calçados só por ostentação
Enquanto ela descalça temia as brasas do chão.
Errei por não combater de forma implacável a pedofilia
E por omissão ser conivente com a maior covardia
De quem trata crianças com ódio e tanto rancor
Fazendo com que cresçam sem conhecerem o amor.
Errei quando ao votar outorguei
Poderes a quem não merecia confiança
E ingênuo em falsas promessas acreditei
Naqueles que eternizam o calvário de uma criança
Egoístas que destroem a fé e a esperança.
Hoje num luto profundo minha cidade amanheceu
Chocada com a chacina que um insano cometeu
Profundamente abalado e emocionado entristeci
Mas talvez ele tenha sido mais uma criança que esqueci.
Falcão S.R - Rio de Janeiro - RJ
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Coração descompassado
Rasgo o infinito de mim
Nas meras palavras escritas
Com lágrimas que caem sem fim
Ao som das palavras não ditas.
E neste mergulho nos versos
Aonde vai ecoando a saudade
Revestida de sonhos dispersos
Murmúrio de amor e verdade.
Tristeza que minha alma aflora
Com um turbilhão de sensações
Registrada em poesia agora
Vou relembrando as emoções.
Transformo em letras meu sentimento
Grita o silencio em minha mão
Traço nestas folhas do esquecimento
O descompasso do meu coração.
Nikka Costa - On My Own
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Aqui jaz…
Às vezes caem-me sorrisos das mãos
quando sei que não vens ver-me
Não sei bem se é o fogo do nascer do sol
a queimar-me as pálpebras
ou se são as lágrimas a teimarem em cair
Sei apenas que amanheço
e ao longo do dia esqueço-me de viver
porque explodem solidões aqui tão perto…
Ouço-lhes os gritos funestos
e nada posso fazer…apenas escuto.
Já perdi o norte da voz amiga
por entre as músicas que tocas sem parar
e que escuto através da janela aberta
Já não sei que perfume têm as tuas mãos
ou se sabem a beijos ou à última bala
cravada no meu coração
Já não procuras a fogueira acesa do meu sorriso
e não atiças aquela gargalhada na minha escuridão
de barro (quebrado)
Desconheço as rimas dos teus passos
na calçada do dia-a-dia
e ignoro os nomes das ruas por onde passas…
Entendo todas as letras que a distância deposita
paulatinamente nos degraus da minha moradia
mas não percebo de que é feito o vaso
perfeito do amor…
Creio mesmo que plantaste uma rosa de plástico
junto ao pontal da tua praia para homenagear
a melancolia
É de pedra escura a epígrafe que escreveste
na sepultura do terror:
Aqui jaz um grande amor.
Saber de ti
Há cousas que não vejo e não são poucas
As outras sendo vistas só por outros
As poucas que me acendem vão-se aos poucos
Se apagam para dar a vez a outras
A pouco e pouco vou desaprendendo
Para aprender além, algo de novo
Mas sempre esqueço alguém quando me movo
E doi saber de quem me vai esquecendo
O que eu queria desta vida era saber
Escolher o que lembrar e o que esquecer
E não ter nem que perder nem que ganhar
Queria voltar atrás no tabuleiro
Deixar o jogo a meio o tempo inteiro
E saber da tua peça o teu lugar
Hoje Estou...
Hoje Estou...
by Betha Mendonça
Triste como quem dorme profundo,
Voa através de lindo sonho colorido,
E desperta para desastroso pesadelo.
Lúcida como se a beira da morte,
Passasse diante dos meus olhos,
A minha vida inteira em filme.
Perdida como uma louca desvairada,
Trancafiada na cela de um sanatório,
Em quem os remédios surtam em efeitos.
Feia como a Rainha Madrasta Má,
Que é belíssima pelo lado de fora,
E tem coração negro noite sem estrela.
Fria como se deitada entra as flores,
Dentro de uma grande caixa de cristal,
Sem príncipe para beijar-me a boca.
Partida como uma tangerina ruim,
Que de tão azeda, junto com os caroços,
Cospe-se inteira ao lixo mais próximo.
Hoje eu estou triste como não devia,
Porque a pura e plena alegria,
Não é a veste para todos os dias!
Imagem do Google
Que me importa?!
QUE ME IMPORTA?!
Que me importa que seja tarde?
Que esteja à mercê da vida
A mercê da saudade?!
Que me importa que me achem louca varrida?
Ando à mercê!
Deste tempo que me deprime, me faz sofrer
Aqui, onde anoitece e só eu vejo, ninguém mais vê
Aqui onde a esperança já não quer acender.
As horas vão passando!
E eu no assento me remexendo
Nesta viagem louca, mansamente caminhando
Ou dando caminho à Vida e nela me perdendo.
A quem importa se trago o coração cheio ou vazio?!
A quem importa que a noite que adensa me traga frio?
Que me importa se as lágrimas que chorei secaram
Ou se me esquecem até os que me amaram?!
A Vida quebrei! Estilhacei!
Quero lá saber se os cacos juntarei...
Ou voltarei a juntar!
Se ninguém vai saber, nem perguntar.
Cerro os dentes, calo a voz
Só eu e a melancolia no portal da minha porta,
esta me faz companhia, se senta comigo,
Estamos sós!
A Vida nos pôs de castigo.
Não me importa, já nada me importa.
Na garganta me ardem os gritos
Sufocados, p'la solidão desesperados
Já lhes ouço o eco, dentro de mim aflitos
Que me importa? Pois que fiquem também eles a um soluço confinados.
rosafogo
O deslizar brusco do silêncio
No segredar das palavras incompletas
desliza bruscamente o silêncio...abrupto
brota-se um esgar carente…descontente
na pura revolta da mente...cálida
e das mãos, pousa-se lentamente
a luz perdida por aí…ainda quente
No descortinar dos códigos alados
no momentâneo momento circunscrito
agita-se o corpo privado de ti
E no entrelaçado do tempo
repouso a sede no meu corpo arfo
aguardo impaciente os versos suspensos
num novo poema...declamado
trajado de meiga cor...a tua
Entranhando-me no labirinto da razão
permaneço no tempo fugidio de mim
Escrito a 27/11/10