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A LONGEVIDADE DO CARVALHO

 



Aquela estante velhinha
De que tantas vezes me valho
Não é feita de Pau preto
Mas de madeira de carvalho

A mesa da nossa sala
Onde de petiscos me engalho
Não é de pinheiro manso
Mas de madeira de carvalho


O nosso escano velhinho
Onde às vezes ferro o galho
É feito de madeira, sim
Mas madeira de carvalho


As traves da nossa casa
Ali presas como um malho
Não há tempo que as derrube
São de madeira de carvalho

O pipo da jeropiga
Onde eu às vezes me encalho
Não nasceu de um limoeiro
Mas de madeira de carvalho

A própria cama de pau
Onde às vezes eu (trabalho)
Não é filha de um cipreste
Mas de madeira de carvalho


O próprio poeta pedante
De cheiro constante a alho
Apesar de insinuante
De postura assaz galante
Não é feito de qualquer droga
Mas nunca de madeira de carvalho

ANTONIUS


 
Autor
luciusantonius
 
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Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 28/07/2011 03:06  Atualizado: 28/07/2011 03:06
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: A LONGEVIDADE DO CARVALHO
"o próprio poeta pedante"..."não é feito de qualquer droga"..."mas nunca de madeira de carvalho"

Gostei bastante

Abraço te