Poemas : 

M. E.

 
Querido tempo porque te duvido
Quando em leitos de morte te interrompes
Fingindo não notar o medo dos homens
Que se entreolham como alguns pássaros

Ainda não foi em ti que encontrei a presença assídua
Um colo e uma vigília codificada
Que represente um pai e uma ordem para o mundo
Isento de uma qualquer sobra de ternura

Amam-se os homens e uma folha cai
Rosto perpétuo de uma simbologia
Queda-se a memória num fruto sempre novo
Que desperta o choro do nascimento

Quem te derrotou Ana?
Quais foram as falhas daquela praia
Invocas o orgulho em tua heráldica
Mas escondes tua presença na rua

Já sei que se mudaram coisas em número e grau
Alguns senhores sofrem a mudança economica
Mas ainda há frascos de geleia e mel
Para a viagem do emigrante.

Tempo
Mudança económica
Pessoa
Durban
Mar
Voar
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Autor
fcsguimaraes
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/11/2012 20:59  Atualizado: 26/11/2012 20:59
 Re: M. E.
Boa tarde poeta. A globalização é um efeito de mutação, belo poema