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E as estampas gravitam numa tela a preto e branco

 


Encolho-me indiferente neste aplanar de dias
onde as horas são pontos movendo-se no tempo
dum pêndula envelhecido, guinando gemidos
de um designo qualquer, em busca de mim e de ti


Esgueiro-me por ai, num ponto escuro da noite
onde a lua não se despe, nem se ri...num silêncio insano
e a placidez da mente, adormece a luz estupidamente


Bordo sussurros nas pálpebras, num cintilar de espelhos
banidos de um qualquer momento vivido, algures de mim
tocam-se as constelações mortiças, na berma do cosmos
formam-se desejos e segredam-se caricias na ponta do olhar


[e as estampas gravitam num tela a preto e branco]



Escrito a 23/08/13


 
Autor
Liliana Jardim
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/08/2013 12:12  Atualizado: 25/08/2013 12:12
 Re: E as estampas gravitam numa tela a preto e branco
Gostei do poema Liliana.

Um poema de recortes muito tristes.

[e as estampas gravitam num tela a preto e branco]


Muitas vezes as lembranças são vazias de cor pela inercia da vida.


Beijo azul