Encolho-me indiferente neste aplanar de dias 
onde as horas são pontos movendo-se no tempo
dum pêndula envelhecido, guinando gemidos
de um designo qualquer, em busca de mim e de ti
Esgueiro-me por ai, num ponto escuro da noite
onde a lua não se despe, nem se ri...num silêncio insano
e a placidez da mente, adormece a luz estupidamente
Bordo sussurros nas pálpebras, num cintilar de espelhos
banidos de um qualquer momento vivido, algures de mim
tocam-se as constelações mortiças, na berma do cosmos 
formam-se desejos e segredam-se  caricias na ponta do olhar 
[e as estampas gravitam num tela a preto e branco] 
Escrito a 23/08/13