Poemas : 

Brincar aos poetas

 
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é a melhor forma de manter viva a criança que há em nós: jogamos às escondidas, vivemos dentro das histórias de encantar, entretemo-nos a fazer-de-conta, somos heróis, tentamos o papel de vilão, ousamos traquinices, fazemos amigos com uma facilidade incrível, limpamos o ranho e as lágrimas às costas de um papel, pintamos a manta, desconstruímos castelos de livros imaginários, construímos intricados puzzles de letrinhas, desvendamos ilhas virgens, edificamos construções improváveis com pecinhas de "léxico" (assim como pecinhas de "Lego", sabem...), subimos ás estrelas e descemos aos infernos num passe de "papelbol" (pois, aquela modalidade em que a táctica é encestar uma bola de papel amassado com um poema lá dentro, no caixote de lixo mais próximo)... enfim, fazemos das palavras gato-sapato. Giro, isto de se ser criança até morrer. Ou até viver, pronto, para não dizerem que falei de amor.


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
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Publicado: 05/10/2014 18:15  Atualizado: 05/10/2014 18:15
 Re: Brincar aos poetas
*tua escrita, sempre certeira.
alvo, meu peito.
beijoka*

Algodão Doce*

Sei das vontades de voar
Dos sonhos que ainda trago nas mãos
Sei das doçuras que provei
O sabor rosa do algodão.
Sei do príncipe encantado
Em meus versos
Traços que ainda (a)guardo
Como princesa de um universo.
Sei do infinito das horas
Da saudade de apenas dormir
De não preocupar-me com vazios
Simplesmente mirar o horizonte
E seguir.
A meninice se foi
O que eu tinha no recôndito, dei
O frescor despediu-se
E de ser adulta nada sei.

K*