Sonetos : 

LABIRINTO

 
À sombra da Palmeira Santa,
D’aurora, cobri minha triste vida.
Da perdida inocência, como fria manta;
No escárnio das loucas, me vi perdida!

Das coroas adornadas de infeliz vaidade
Por colares, como algemas de ouro antigo;
Dos vícios da profanada verdade
Joio separado do perdido trigo!

Parlendas de engano em almas desvairadas;
Orgulho venal do meu sonho amigo
Cinzas do mal anímico apagadas!

Dos labirintos que encontrei d’abrigo...
Restaram forças em braços quebrados
Num mar de sonhos, em céu perdido!

(Ledalge,2006)



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/02/2008 19:49  Atualizado: 24/02/2008 19:49
 Re: LABIRINTO
Impressiona-me a facilidade com que expõe seus sentimentos. Adoro seus sonetos. Parabéns!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/02/2008 20:59  Atualizado: 24/02/2008 20:59
 Re: LABIRINTO
Soneto sonoro, muito intenso, ao melhor estilo de Ledalge. Parabéns.

h@p