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CRIMES E PUNIÇÕES!

 
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CAMINHO DESVIADO: No limiar da inocência, na primavera da existência, no doce aconchego do seio. No crescimento do anseio. No sorriso de compensação, na doçura do amplexo, no equilíbrio do amor, no doce sorriso ameno, na fé sem barreiras, no andar desconfiado...
Na viagem ao desconhecido, na primeira aula de vida, na reprimenda silenciosa, na premiação ora pretendida! Com calças curtas/pernas roliças, no primeiro beijo, já sensual, na primeira “tragada” de cigarro. No olhar de viés da morena, na primeira chegada tardia, na reprimenda, já, barulhenta! No castigo, agora merecido e com esgares de repreensão...
Na fuga do meio ambiente e do ostracismo do lar, nas amizades... Inimigas! No vício, ainda... Inicial! No cigarro, agora, trocado, no álcool... Etílico! No princípio do fim, no fim do início, no término da doçura, no vir da adolescência, na perda da... Inocência!
No final da inocência, no outono da existência, no amargo afastar do seio: O término do querer, fim da infância... Início da adolescência!

FERAS HUMANAS: Chulé de leprosos, escroto de tarados, escarro de tuberculosos, vômito de embriagados. Praga de condenados, riso dos fratricidas, esgar dos enforcados, alegria dos homicidas! Descendentes de Caim! Corja de assassinos, corações de marfim... Executores de meninos! Exilados do onipotente, irmãos de Barrabás, animais em pele de gente... Filhos legítimos de Satanás!
Cachorros cruéis e ateus. Oh! Malditos tumores: Desacataram a Mãe de Deus ao fazerem tais horrores!
Numa estrada sombria, na cidade de Conceição, chacinaram uma família sem a mínima consideração. Malditos vis deicidas! Miseráveis assassinos: Acabando com tantas vidas: Mataram Cristo entre meninos!
(Observação: Fato ocorrido, há anos, na cidade de Conceição das Alagoas - MG.).

NASCIMENTO E MORTE: Portas bem lacradas, quarto em penumbra, azáfama no corredor... Ofegares profundos! Crianças recolhidas, adultos em movimentos, silêncio no quarto... A hora aproxima lenta! Guizos tilintam amortecidos, odores de axilas na passagem, frontes enrugadas/umedecidas, passos rápidos... Arrastados! Explode a Vida! Fuga célere do útero, sorrisos na alcova... Choro do rebento! É deveras um predestinado! Conseguiu nascer chorando enquanto os outros riam... Sem saberem a razão!
Na expulsão lenta do útero, caiu na arena dos condenados, a consciência ganhou vida, o subconsciente... Recolheu-se! O choro foi um vero impacto, resultante de um julgamento com pena passada e julgada por delitos antepassados: A vida é... O fim da morte!

O LACÁIO! : Eu vivo do apetecível sem infringir o viável! Nas espeluncas da vida, em cabotagem contínua, navego nas periferias de incansáveis ambições. Não questiono o revide nem revolvo as mazelas. Sou travesso na decência sem macular os padrões: Sou uma luz mortiça no fundo do calabouço!
Sou uma mera bijuteria em almofadas de lágrimas na fina joalharia da vida. No revezar dos prêmios, sou apenas um vil troféu na prateleira do verdugo. Neste mundo narcisista sou um magistral lacaio servindo a garboso vilão. Em minha capitulação, servil e sem queixumes, aplicam-me doridas penas!
Porém... Nada é imutável no velejar de nossas vidas a caminho do infinito. Quem se julga da justiça a pálpebra... Será, em breve, um mero... Joanete!
Da profunda masmorra a luz do justo ofuscará o pseudo-reino da terra. Carótidas em cacoetes: Secarão o sangue do ímpio imolando a sua força vital!

ÁPICE E RUÍNA!: Os caminhos pela vida são rabiscos nas águas, onde a couraça dos ricos tritura as naves dos aflitos. Os senhores abastados, nos palcos da ilusão, refletem às suas moedas em camarim de fracasso. Desvia-se da verdade por labirintos afins, fazem tremer os bravos e soluçar aos idosos. Sepultam muitos valores, em covas de difamação, nas asas dos vendavais com calúnias irreversíveis.
Tremei... Senhores do mundo! O acerto de contas está chegando!
Seus dentes serão arrancados, seus olhos serão vazados, seu sangue ficará purulento para gládio dos vermes! O irar dos quietos, sempre reprimidos, transbordará em caos à espera da vingança. O mirar dos inocentes será colírio de cascalho infiltrando em seus olhos: Olhares de cegos... No desmoronar da pompa!

PRISIONEIROS: Cativos... Na clausura!Por crimes praticados, grades de espessura confinam condenados! Na espreita, os carcereiros! Vagueiam olhares mortiços, guardas, sempre matreiros, trazem reclusos submissos. A grade retém o condenado, o carcereiro vigia a porta, guarda bem uniformizado, a toda segurança... Exorta!
A guarnição, assim formada, obedece aos seus comandantes que, em incerta programada: Controlam... Os vigilantes! Comandantes graduados ombreiam com escrivão, servindo aos delegados no labor da dura função!
Paralelo, outros policiais labutam na vigília diária, e, os míseros marginais, exalam em vida solitária! Todos os policiais afins são também subordinados por castas cúpulas mirins dos “poderes” do estado.
O estado... Ponderado! Dá normas aos servidores, mas, curva-se à federação, que norteia os seus pendores.
A federação, pomposa! Em aparato, dita razões... Mas, queda-se respeitosa, ante o conselho das nações!

Sebastião Antônio BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br

 
Autor
S.A.Baracho
 
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