Regressaste mesmo na impossibilidade adivinhada
Antevejo-me de novo nos teus braços
Em tremura louca absurdamente adiada!
Exalando o teu hálito quente
Vestígio de esperança
Transformado em sorriso da tua boca
Os teus olhos feitos de mar impúdicos e serenos
Invadindo-me as entranhas em alacridade louca!
Permaneço cega em alegre demência
Já não penso, já não raciocino
O teu poder sobre mim voltou com a tua essência!
Flutuo noutra dimensão
Estás de novo em contacto
Pele com pele delegas a tua marca
Lábios com lábios
E o mundo fica em dias esquecidos
Não existe!
Só tu a comandares-me a mente!
Controlas-me o corpo e os sentidos!
Como veraz hipnose de todo o mal ausente!
Revivo os momentos escassos mas intensos
Como se o tempo não tivesse perpassado!
As sombras da noite retornam, misteriosas e belas
O espírito da vida desabrocha sobre a Serra desgovernado!
E volitamos de novo num alor da lua às estrelas!