DESTINO
Colho os frutos da árvore da vida!
Sobras dos dias em que fui saudade;
Sobras das noites onde sonhos resguardem
As colheitas das insensatas guaridas...
Lá se vai o destino de salto alto!
Pondo os pés na cabeça; nos desejos!
Dos amores, que se beijam e ansejam
Cruzar os seus destinos no asfalto...
A vida deve ser mesmo louca
Como o aparar de estrelas c'a boca
Cuspo, escarro e aborto os meus receios!
Chamo novamente o destino em voz alta
Pra que desta vez eu escancare a porta
Sem temer as flores mortas nos canteiros!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)