Poemas : 

Jardim da Solidão

 
Hoje vou colher a rosa do meu jardim,
tocar o espinho e ver de perto
o toque certo pra me ferir.

E pactuar tanto sofrer, tantas angústias,
para ouvir o quanto sofre a rosa triste,
do beija-flor que a penetrou com o seu beijo
e abandonou-a no jardim da solidão.

Depois eu vou tornar-me rosa em meu jardim.
Criar espinhos e ter ao certo
um ideal pra te ferir.

E vou chorar junto da rosa esquecida
que tem as pétalas e sonhos pelo chão.
As rosas ferem, mas também são mui feridas
são raptadas das roseiras por paixão.


São Gonçalo, 2005.

 
Autor
RomuloNarducci
 
Texto
Data
Leituras
734
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
4
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/04/2010 13:19  Atualizado: 13/04/2010 13:19
 Re: Jardim da Solidão
É o primeiro poema que leio hoje,
confesso já estou satisfeita
com tamanha beleza e sensibilidade
Lindo...Lindo...

beijo.


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 13/04/2010 17:51  Atualizado: 13/04/2010 17:51
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: Jardim da Solidão
Caro Poeta Romulo!

Lindos versos, suaves e tem razão a pobre rosa, elas até ferem mas nós a ferimos muito mais ao arrancá-la dos braços de sua mãe só para termos o prazer de vê-la dentro de um belo buque.

Bjo no seu ♥
♫Carol