Entrou pela casa a aurora, era noite cerrada
Amanheceram recordações, pedaços
De mim e de ti, tombados na estrada
O tempo parou, se esqueceram cansaços
Num gesto ansioso se estenderam os braços
Os olho se riram, choraram na cara cansada
O peito afagou outros tantos estilhaços
A aurora dançou e ficou até de madrugada
Não queiram nem tentem apartar a amizade
Quando vem para ficar, é forte, inabalável
Resiste ao Inverno da fria saudade
Resiste ao tempo e ás portas trancadas
Alimenta-se em favos de adocicado mel
Mostra-nos que na vida temos rotas traçadas.
Antónia Ruivo.
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...