Encontrei aquele olhar
traçado de melancolia
numa calha do destino
numa calha de Saudade.
Saudade de um além
perdido na miséria
Saudade, velha-Saudade,
Saudade que vai-e-vem.
Que vai-e-vem ao nada
pejada de podridão
Alma Doce golpeada
pela triste solidão.
Solidão de um bem-querer
arrasado por um punho,
mendiga inda podes ver
Nova-Vida, Novo-Cunho!
RICARDO LOURO
(À Patricia que tantas e tantas vezes encontro perdida e solitária pelas ruas do Chiado,
comoveu-me a sua História.)
Ricardo Maria Louro
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