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CELEUMA

 



Acendo um cigarro
Passa de largo um distinto carro.

Isto ainda há-de matar-me
Bom… eu tento conformar-me.

Não é que não preze a vida
Até que a acho bem devida.

Esmurro silente o cinzeiro
E vou num luxuoso cruzeiro.

Talvez vá para as Caraíbas
Fazer surf nas avenidas.

Raios… outro cigarro!
Não admira o súbito catarro.

E assim finda o sonho aduaneiro
Pois que me falta o dinheiro.

Prometo… cigarro nunca mais!
Mas porque digo eu… jamais?

Neste intervalo de um poema
Levantei a maior celeuma.

E nem assim a gritar
Deixei de fumar.

Jorge Humberto
24/10/07






 
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jorgehumberto
 
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