Poemas : 

Ninguém dá por nada

 

O pólen da nossa flor
Cai dos dedos
Enquanto o sol se deita
No precipício de nós
E morremos gelados
Entre tempos relógios
Que separam homens.

Vermelho sangue
Corta-se a carne.
Enche-se o copo
Bebe-se até ao fim.

Letras cansadas.
Arde âmbar incenso
No fogo da manhã
E hoje é o nosso ar
Espalhado nesta sala
Que servirá os mortos

Fecha-se a carta
Quem escreveu escreveu.
Vira-se a página
Sente-se a vibração na pele.
Uma rosa entre palmas
A Amália canta baixinho

E ninguém dá por nada
Bis
Bis



Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.

 
Autor
silva.d.c
Autor
 
Texto
Data
Leituras
958
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/05/2012 22:45  Atualizado: 21/05/2012 22:45
 Re: Ninguém dá por nada
Seu poema esta um encanto, belíssimo

martisns