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PENA DE MORTE - ensaio (parte 2)

 
(CONTINUAÇÃO)

- Claro, e porque não são cumpridas?
- Porque há pessoas que não as querem cumprir.
- Não é resposta, e dou-te um exemplo: um indivíduo mete-se num automóvel, entra na auto-estrada em contra-mão, por vontade própria e consciente do erro que está a cometer, provoca um grave acidente, morrem pessoas, só porque o indivíduo resolveu não cumprir a lei?
- É.
- E tu aceitas isso com naturalidade?!
- Claro que não! Ele vai ser castigado.
- Vai?! E qual vai ser o castigo?
- Sei lá... 25 anos talvez.
- Certo... e com bom comportamento está cá fora em metade do tempo!
- Talvez.
- E se quando ele sair voltar a fazer o mesmo?
- Aí, talvez lhe desse mais anos de cadeia.
- E ele a rir-se, a comer e a beber à custa da sociedade.
- Que queres Anastácio? É a lei.
- Está mal Alexandre! Mal! E o que está mal tem de ser corrigido!
- Tretas... e queres tu mudar o mundo...
- Claro! Quero morrer de consciência tranquila. Muitos me chamam de radical, mas são esses que depois querem fazer justiça pelas próprias mãos nos casos de filhos seus barbaramente violentados. Tornam-se depois, defensores acérrimos da pena de morte, nesses casos.


(CONTINUA)

 
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FernandoPitada
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/06/2012 11:11  Atualizado: 18/06/2012 11:11
 Re: PENA DE MORTE - ensaio (parte 2)
Um poema reflexivo, lindo