[ … e quando me morro contorce-se o cansaço

Morro-me assim, tantas são as vezes,
Quão longe estou das orquídeas tuas.

e como sinto o cansaço que me entorpece o caminhar, me tolda o pensamento que regressa repentinamente às partidas onde um dia nos despedimos de alguém querido. Agonizantes os recantos que sobreviveram.

Poeta, agradeço-te as palavras, o comentário, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Quanto mais perto do mar estou, mais longe de ti sou,
Assim me morro. Pudesse eu morrer-me de vez.


Jamais te morras de ti,
e cada vez que te morras renasce-te com mais força,
como as orquídeas,
como os girassóis,

como todas as primaveras que resistem ao inverno.
Tantas as vezes em que me morro de mim,
tantas as vezes que ressuscito com a chegada das primeiras aves que migraram,

quantas as vezes que me quedo abruptamente de mim,
quantas as vezes que me acordo no meio da tempestade

seguindo uma rota de bonança.

Jamais te morras de ti, Poetisa, jamais.

Poetisa que admiro, agradeço-te o desabafo, as palavras, o olhar. Obrigado.

Abraço-te

-por um instante-


hoje decidi que já era amanhã
que o Sol alaranjava a Lua
e o vazio na minha carne
com as veias trincadas
as estrelas borradas
no rímel ousado
no meu olhar taciturno
-era amanhã-
e eu fugi do mundo.

hoje quando revivi
a respiração era tua
como um poema
sem mesuras
sem cores levianas
sem letras obtusas...

hoje quando morri
-por um instante-
o céu era um dossel
e os astros orbitavam
em torno desse meu furor pós vida
então percebi
que, mesmo ali
ainda meus dedos aguardam
a orquídea...

-não quero morrer-me ainda-

Karinna*

e por um instante me morro,
apenas por esse instante, seja-me concedido morrer,

como a orquídea,
que reviva com ela,
por um breve instante que seja
mesmo que decida que a noite,
seja de dia,
mesmo que decida que o dia,
seja de noite,

e,
nesse instante reveja
o que deixei de fazer, sentir, ouvir, ver,
tantas cousas perdidas,

então,
que esse instante passe,
não regresse,

afinal,

não quero morrer=me ainda.

Sem palavras Poetisa. Obrigado pelo texto com que me honras. Obrigado.

Abraço-te

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes

e como sempre me morro um pouco longe da terra, longe do amar, por vezes anseio o regresso, sim, é verdade, o sossego, as calmarias dos finais de tarde. Um dia será assim.

Poeta Amigo, agradeço-te as palavras, o olhar, pelos parabéns. Obrigado.

Abraço-te

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes
Deixados pelo grito meu, esquecido no meio das searas

grito meu levado pela maré
como se me morresse assim,
tanto o pensar,
tão longas as viagens,

e neste adormecer sem regresso,
avista-se ao longe terra,
um dia apenas que seja.

Poetisa, agradeço-te o texto com que honras o meu, o olhar, por gostar de ler. Obrigado.

Abraço-te

Fulgem repentinas tempestades que se acalmam,
Quando ressurge o fugidiço poente pela proa,
Regressam os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes.

e tantas vezes a distância se torna agonizante, e a emoção invade o mar, e tantas as vezes o sonho irrompe sem aviso prévio, o sonho será sempre preciso, o navegar também.

Poetisa, agradeço-te as palavras, o olhar, o sonho, por gostar, bom fim de semana. Obrigado.

Abraço-te