Poemas : 

Poema II ou Felatium Delirium

 
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Diário de Prática de Magia
Vinte e oito
Doze
Vinte
Onze
Li o Libre E
E a lei do Crowley
indicação de meditação,
com a devida posição
e o embasamento em torno
dessa asserção.
Muito budismo,
zenzacional
conhecimento generalizado,
similar ao encontrado
na projeção astral.
Li o Libre E,
em português traduzido,
virtual.
Já tinha consumido
Fato consumado
Baseado e real
Cabeças ativas
Como habitual
Habitat de duas ou três porções,
algum álcool em gel
3 horas
e um analgésico.
Iniciei a meditação
no centro da sala,
com cadeira na posição
com o cadeado de Deus,
confortável e possível.
Não sei se pela cadeira
Não sei se pela caveira
ou se pelo que deveria ser,
não senti conforto
em principal os braços.
Fiquei pouco tempo,
de olhos fechados,
imaginando as formas
XXXX
e senti medo,
sentimento
sem ti, meto
os pés pelos braços
e corto as mãos,
ou melhor,
os punhos,
em cruzes e vês.
Sentinela e amuleto.
Parte da meditação foi
afugentar o medo.
Acho que devo
Devo achar a fuga
Devo apavorar tudo que dá
Medo
Se no meio do caminho tiver medo
e pedras atrapalhadas
sou vigiado de fora,
além de mim
ocorrem coisas ali,
corre em um pé
o saci,
em torno de mim.
Fico impaciente
Vou abrir os olhos
e a boca bem aberta
porque dizem que lá há céu
sem estrelas
e ossos chamados dentes -
prova metafísica que tanto busco.
Não o faço,
fuço
chafurdo na mediocridade
de além-linguagem
mas por pouco tempo.
Abro os olhos
e impressiono em plenitude,
tudo é muito claro,
mais do que estava escuro,
como se eu dormisse um pouco,
não inconsciente.
Tudo é muito caro
Não inconsistente.
Fui para a cama,
de lá iniciei o velho ritual de cúbito dorsal
e braços estendidos
ao longo do corpo,
respiração.
Talvez,
por prática da posição da longa vida,
poucos resultados,
porém místicos.
sensações inominadas
cada uma resvalada em coisas dentro da pele
nesse momento talvez
sou rodeado de acontecimentos,
figuras de entes que rodavam ao redor de mim,
ou me olhavam em pé ao meu lado,
mais medo,
estala o dedo que passa.
Mais amenizado.
Quando quase-durmo
Chega-a.
Chaga.
Chonga da Mironga do Caburetê.
Sonhou comigo e por isso veio sentar
À minha cama
à destra do pai
Adormeci.
A dor medi.
bastante tarde,
pelos sonos atrasados
pelos tratores dessas férias,
gastos em ócio
e trâmites mágicos.
Não sinto-me bem, mas,
Quando o fiz?
Fico estranho.
Fico entranha.
Troco poucas palavras
via computador,
comunico minha queda,
minha percepção
do período maníaco,
que anunciava o fim
nesta manhã.
Não me lembrava
em absoluto
de perguntar sobre o sonho.
Até que ela me pergunta
E isso faz lembrar de tudo,
Inclusive a queda
E os muros em pé.
Eis a confirmação mágica
mística
sobre o sonho
compartilhado
em presença mútua.
Sobre o pomo sonífero dos pães
Pela rachadura das leveduras.
Acho válido ressaltar
que ela não quis entrar
em pormenores
nem pornografia
sobre o conteúdo do sonho
mas disse ter sido simbólico
e que houve tipo sexo,
E que ouviram do Ipiranga
Coisas sem nexo,
mas não relatou,
embora tenha dito
Benedito
que ela teria sugado
minhas energias.
Chupeta metafísica?
Agora que escrevo,
parece que sim.
Fim.

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Autor
thiagodebarros
 
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