nas rebentações espumosas
das ondas da minha mente
e com sinapses que me perpassam por ti
nos encadeamos na ideia aparente
do sentimento que nos iluminou
e um demónio apagou descontente
num instante
numa lua distraído
escura de maré vazante
mas é agora 
e tenho esperança
que a vaga de uma enchente
de um anjo de luz 
(ó alma gentil e nua) 
preencha abstraído
nos ligue num mar sem fim
desta vida inconsciente
que me seduz
e que tive neste corpo 
fora de mim
assim presente
e não só mente
oh sim
e nos digamos  no olhar
e nas mãos que enlaçamos
como um beijo sabe a mar