Mãos na escuridão
Mãos que na escuridão ti afaga
É a mãe que embala o filho morto
O brilho fugaz nos olhos de fogo
Lume brilhante o corte da adaga
Na terra estará teu espelho
Não ficará nos lábios o teu beijo
Nem a tua morada ou albergue
Mas será sempre a sombra que a persegue
Tua agonia se eternizara no espaço
É a dor da perda, é o cansaço
É a alma minguando aos pedaços
É o que resta de amor em teus braços
Não há ultima lagrima que rola
Nem semente que se lança ao vento
Nem a caridade ou esmola
Apenas a lacerante dor do pensamento
Alexandre Montalvan
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