Sonetos : 

Hora Oblíqua

 
Teu silêncio è p'ra mim nocturno tempo,
áspero, sem cor, onde rostos perdem o sorriso!
Teu olhar, folhas secas, sulcando ao vento,
num Outono doloroso, àquem do Paraiso...

Minh'Alma é tela que se rompe!
Teu silêncio, punhal que rasga sem pudor ...
Cadaver que terra-fria não corrompe,
meu destino, sem vida, incolor ...

Chovem òdios - não lá fora - mas em mim...
Sou a hora! E a hora é pura solidão!
Alegria que perdi daqui até ao fim ...

Hoje fica o teu silêncio no ventre deste pranto,
e este pranto, é p'ra mim, dor/separação ...
Teu silêncio é meu lamento e eu lamento este canto!


Ricardo Louro
em Monsaraz


Ricardo Maria Louro

 
Autor
Ricky
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