Poemas : 

As asas ficaram sem pássaros

 
Das asas caíram os pássaros
Que, incautos, voavam maduros...
Das asas caíram redondos
Como corpos de carne amolecida
Pelos apertões do mundo.

Das asas caíram esquecidas
Inspirações que planavam
Sobre palavras ditas e lidas...
E ditas e lidas, falavam
De conversas e desconversas desmedidas,
De lampejos e desditas
Agarradas às patas anilhadas
Dos pássaros que caem das suas asas.

Valdevinoxis


A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
Autor
Valdevinoxis
 
Texto
Data
Leituras
892
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/01/2008 00:45  Atualizado: 30/01/2008 00:45
 Re: As asas ficaram sem pássaros
Interessante a sua metafora, talvez eu nao tenha entendido, mas presumo seja sobre não estarmos atentos ao que a vda nos ensina e nem sempre cumprimos os seus ensinamentos? abraço

Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 30/01/2008 16:07  Atualizado: 30/01/2008 16:07
Colaborador
Usuário desde: 18/09/2006
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: As asas ficaram sem pássaros
Das asas cairam os pássaros
mas
das letras fizeste palavras
e das palavras um poema
e do poema caiu a mensagem

Beijo

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 30/01/2008 19:56  Atualizado: 30/01/2008 19:56
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4038
 Re: As asas ficaram sem pássaros
Que tristeza que deve ser cair das asas...

Metáforas não faltam neste poema

Bjs

Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 06/02/2008 23:10  Atualizado: 06/02/2008 23:10
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: As asas ficaram sem pássaros (por Valdevinoxis )
"De conversas e desconversas desmedidas,
De lampejos e desditas
Agarradas às patas anilhadas
Dos pássaros que caem das suas asas."

Quando os pássaros caem das suas próprias asas, vitimados pelos apertões dos mundo ... e, ainda assim, não libertos de anilhas... Imagens fortes, estas, Val. Umpoema reflexivo que eu havia lido e relido e que se impunha comentar.

Abraço, amigo
Mel