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AUTODIAGNÓSTICO

 
Tags:  SONETOS 2001  
 
AUTODIAGNÓSTICO

Há muito me entendi só por ser poeta
E desde então escrevo sobre tudo.
Malgrado nada mude, eu não me iludo,
Pois, nada remedia a mente inquieta.

Assim a solidão enquanto afeta
E afasta, defendendo à guisa de escudo,
De todos os que em torno me veem mudo,
Embora urrasse em mim a dor secreta.

Porém, se eu desse nome a tal loucura.
Talvez acontecesse d’haver cura
E, enfim são, me livrar de tanto mal.

E enquanto não souber essa palavra
Mais e mais minha angústia dentro lavra,
N’alma, um livro de versos sem final.

Belo Horizonte - 12 12 2001


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 30/10/2015 10:42  Atualizado: 30/10/2015 12:25
 Re: AUTODIAGNÓSTICO
Afinal me perco, nem lembro quantas vezes
Nos parques de estacionamento, na sombra
Dos edifícios, nos lugares dos objectos cinza
Afinal me perco nos bairros salgados, tristes

Quem disse haver no baldio uma paisagem
Mentiu passei da convivência à sombra que
De noite está sem haver lembrança mesmo
Vaga do outro dia ainda ontem quem outro

Eu era...Afinal me perco do que seja querer
E deixou de o ser, sentimentos em vidraças
Incomuns descomunais cidades de gigantes
Perto de aonde afinal me perco nos parques

De estacionamento com passagem apertada
Urbanos