Poemas : 

Soneto do nulo pária aditado

 


Ó nulo pária que ora se adita aos contrários,
brusco crê que traiu os códigos primordiais;
avocou a negritude no ocaso dos itinerários,
o hálito pestilento da aluvião dos pantanais.

Num versejar amaldiçoado, a praga viceja,
tal falastrão farfalha imundices aos ventos;
da boca incerta que loas ao insólito enseja,
balbuciar tartamudo fétidos excrementos.

Não estará enganada a visão de triste figura,
com a vã esperança de agraciar quem atura,
incolor e fria a abolição de todas as bênçãos.

Alvitre por vez obrar que seja o peito aberto,
embora os olhos jamais possam ver desperto,
o caminho contrário às odientas superstições

 
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ReflexoContrito
 
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