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MANGUEIRAL

 
Tags:  SONETOS 2016  
 
MANGUEIRAL

Lá das tardes da infância, em qu'eu me lembro,
Havia sempre um bosque de mangueiras
Onde frutas a rolar pelas ladeiras
Maduras nos mormaços de dezembro...

Um a um ainda os cachos eu desmembro
Nas sombras de memórias costumeiras.
Enquanto as verdades verdadeiras
Secam em meio às flores de setembro:

Hoje, a paisagem surge ressequida
Bem diante dos meus olhos desolados,
De volta a estes sertões antepassados.

Já sem os pés de manga, jaz sem vida
Aquele só grotão onde ladino
À sombra das mangueiras fui menino.

Sobrália - 10 09 2016


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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