Sonetos : 

CONTRAFORTES

 
Tags:  Sonetos 1998  
 
CONTRAFORTES

Um ipê ou qualquer coisa que o valha
Reluzia amarelo em meio à mata,
Que p'la serra, de verde escuro e prata,
Estende seu dossel galha por galha.

Tão suave brisa às folhas vãs farfalha,
Que em lento movimento se retrata...
E um céu de nuvens plúbeas aremata
Os altos contrafortes da muralha.

Do topo até o vale se despenha
Sem que a imaginação já se contenha
E descortine a linha d'horizonte.

Perca-se o meu olhar na imensidão
À luz que vai de encontro ao paredão
Tão-logo pelo céu o sol desponte.

Antônio Dias - 23 02 1998


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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