No olhar trémulo do horizonte
Mora incerta e só a tristeza
Desse passado já lá distante
Flor única de digna beleza
Sem amanhã que ali desponte
Pede servil e com nobre fineza
Que lhe deem nova amante
E não uma simples princesa
Nos altos campos daquele monte
Alguém fez tamanha gentileza
Pegaram nas mãos do gigante
E delas fizeram boa fortaleza
Por magia das águas da fonte
E da humilde arte da subtileza
Renasce no velho navegante
Novo olhar de rara firmeza
O povo pequeno que nos conte
Em prosa e verso com certeza
Esta epopeia de um errante
Que com ele partilhou a mesa
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma