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Das Muitas Formas de Viver

 
É interessante observar a reação humana ao ambiente em que vive. A humanidade não aceita o fato de que está hipnotizada o tempo inteiro, mesmo que alguém grite em seus ouvidos, há coisas que ainda teimam em não ver. Isso explica muito das grandes questões universais de sua espécie. Como por exemplo: Por que estão aqui? Estão aqui, como dito linhas atrás, porque não estão prontos para aceitarem certas verdades e conceitos. É coisa natural, e não um castigo imposto. Não vêm porque não querem ver. Ainda não estão prontos, só isso.
Qualquer mágico de esquina sabe, que os olhos só vêm o que querem ver, e as pessoas gostam de serem enganadas. O universo fica mais confortável quando é menor, fácil de entender e familiar. Você se lembrará de quando era uma criança, e que quando tinha medo corria para debaixo do cobertor... Essa ação diminuía o ambiente ao redor de você, te deixava no controle, e isso te consolava.
Certas coisas vocês sabem por intuição. Mas fingem não saber. Outras, fazem-se esquecer, deixam lá, no abismo profundo da mente, e só de quando em vez, aflora.
A realidade, ou seja, o seu dia a dia, é um mundo de eventos informativos. Tudo é informação que lhes chegam pelos sentidos. Não há o "lá fora". Informação não precisa de espaço e nem de tempo. Mas você, para dar sentidos a eles, os arrumam nas gavetas do tempo e do espaço. Quando você olha para o espaço sideral, para as estrelas, procurando, sonhando, você e os seus astronautas, ganhar a imensidão do universo, de planeta em planeta, de estrela em estrela, estão estupendamente equivocados.
Essa ilusão de espaço, é criada por sua crença atual, e se um dia você vagar de planeta em planeta, estará vagando não pelo espaço, mas por lembranças de seres que assim como você agora, os imaginaram e deixaram as suas impressões. Por isso você tem a impressão de que os planetas são vazios, vagos. Você não estará indo do ponto A ao ponto B. Estará apenas recebendo informações deixadas para trás por alguém que passou por ali primeiro.
Entenda, que o princípio subjacente à organização do cosmos, a Consciência Universal, atua numa série infinita de dramas, na forma em que podemos ver representada no palco de um teatro ou nos filmes. Nessa peça, ela joga um jogo de perder-se com o objetivo de encontrar-se novamente. Esta Consciência Universal mergulharia na separação, rejeição, dor, mal, agonia e escuridão para experienciar a infinita alegria de redescobrir seu estado original de paz e segurança.
Sua verdadeira identidade é a unidade indivisível, além da negatividade e todo tipo de dualidade. Ela teve de criar a ilusão de espaço, matéria e tempo, e também as categorias do mal, escuridão, dor e destruição para criar a jornada.
Embora a liberdade não exista em seu planeta ou condição de vida. Quando quiseres de fato sentir mais de perto a imensidade de tudo o que existe, quando quiser de fato vagar pelo universo, faça o caminho inverso, ao invés de sair para o exterior, adentre para o interior. Isso mesmo. Tudo vem de dentro, o fora é uma ilusão. A árvore não é a sua casca, ela é, em essência, o âmago, a estrutura mais profunda de onde se origina todas as outras. Não precisa entrar num foguete e ser cuspido para os céus, feito alguém que se senta numa bala e é atirado pra fora. Apenas deite-se, feche os olhos, visualize a Luz profunda de onde você veio, Ela parte do seu interior para o seu exterior, através de seus átomos e moléculas, irradiando-se para o "exterior" do seu corpo, criando toda a realidade que agora você percebe. Se a encontrar, poderá vagar pelo cosmos, e por outros cosmos intraduzíveis.
Mas é preciso querer, estar pronto pra isso. Seus filósofos buscam o significado da vida. Mas a lógica é errada, tudo o que descobriram de bom veio quando questionaram a lógica aceita e dogmatizada, pense nisso. Os gênios pensam de forma revolucionária em relação aos pensadores habituais. A vida é apenas isso, uma pergunta. É quando a Consciência Suprema, criadora de tudo lhe pergunta: Estais pronto para se juntar a mim agora, divertiu-se o bastante? E você responde: Ainda não... ainda não... E Ela vai lhe perguntando, e você vai Lhe respondendo...
E é esse o eterno agora.


j

 
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London
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