O VELHO CASTIÇAL
Na gelidez da noite aterradora, parda
histórias de um amor que eterno parecia,
pedaços do que foi cumplicidade um dia
aquele castiçal enferrujado guarda.
Tristonho, o coração suspira e se acovarda,
à mesa enxerga luz, seus prantos alivia,
seu aconchego faz a tênue letargia,
permite-se sonhar, somente o fim retarda...
Pudesse dominar sofrida penitência
largando no caminho esta esperança morta
não ninaria em vão qualquer reminiscência.
Incorrigível sou, mesmo se a dor me corta
padeço ao te esperar, lancina tua ausência,
mas olho para trás e tu fechaste a porta...
Jerson Brito
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Re: O VELHO CASTIÇAL
