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ABRIL E NADA

 
ABRIL E NADA

Gibreia, o poeta embriagou-se de vodca com os parceiros na praça do Bacurizeiro, mas esta em seu quarto na Pensão Vince - A sra. Vince lava as roupas no quintal. Um copo de vodka no congelador. Um banho para aliviar a pressão e uma dose e a cabeça volteia, mas a fome fala mais alta.

Depressão, ruim, tremulo, o estomago doendo somente bebendo agua. Bebeu muita cachaça misturada com vodka que apagou. Espera não ter aprontado nada e nem xingado ninguém. Se acabando aos pouco - debilitado

Recuperando-se aos poucos, ingeriu uma diazepan - para amenizar as tensões psicológicas, financeiras e literárias. Literariamente falando esta bem. O livro esta formatado, falta a revisão, mas não esta nem um pouco interessado em fazê-lo. As contas de energias acumuladas. Almoçou apenas um pouco de arroz, feijão e um caldo de um peixe escabechado. Sente-se péssimo e sem nenhuma boa perspectiva. O atelier não rende nada e ameaça a desabar. O pouco que ganha gasta tudo na bebida. E ai? Não vê futuro e o melhor é se conformar com a situação.

Uma diarreia braba o levou três vezes ao sanitário. Os apresentadores do Jornal Nacional despedem-se dos milhões de telespectadores .

Ele deitado na cama, pensando na fudida vida fudida que leva - desde Dezembro que não compra um livro. Parece que esta fadado a ser um Prometeu. Nunca sairá desse buraco, seus livros nunca serão comprados e nem reconhecidos. Oh! Poeta - aonde esta a felicidade que sempre almejou. Uma catinga dos diabos exala das axilas dele, nunca mais pegou o livro para corrigir. esta abeira de um colapso psicologico. Embriagando-se como um condenado. O alcool fazia perder o senso pratico - ficava deprimido com ideias de suicidio. Sentia-se um fracassado, um frustado, onde nada dava certo - o que lhe segurava era a escrita, bem ou mal ela que o norteava e amansava as neuras.

Era uma vez um serralheiro que queria escrever, mas não sabia como fazer. Escrevia umas besteirinhas. Comprou centenas de livros dos melhores escritores. Devorou-os avidamente na busca incessante de aprender e melhorar a sua narrativa. Mas era um pobre de espirito, não tinha cacife necessários, a mente não o ajudava - esquecia as coisas com facilidade. Mas apesar de todos esses percalços negativos não desistiu.

Um futuro ensaio - ao menos exercitar a mente para não deixa-la enferrujar, já que tudo conspirava contra ele - até ele mesmo. O problema era dinheiro - sem ele não podia fazer nada.
(CONTINUA....)

 
Autor
r.n.rodrigues
 
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