| Enviado por | Tópico | 
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| Nyna | Publicado: 28/04/2018 15:49  Atualizado: 28/04/2018 16:03 | 
| Muito Participativo     Usuário desde: 26/03/2018 Localidade: Sou um Ser do Mundo!  Mensagens: 74 |  Re: A morte de Ana Rosa P/João Marino Delize Senti um profundo sentimento viajando nas belas e saudosas reminiscências do seu Poema lindamente narrado num magnifico texto, simplesmente adorei. Um Beijo Nyna! | 
| Enviado por | Tópico | 
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| João Marino Delize | Publicado: 30/04/2018 20:19  Atualizado: 30/04/2018 20:21 | 
| Membro de honra     Usuário desde: 29/01/2008 Localidade: Maringá- Mensagens: 1915 |  Re: O Crime de Botucatu* Ana Rosa tem uma história fascinante (história real) É no Cemitério Portal da Cruzes, de Botucatu, onde está o jazigo mais visitado, da região e talvez do Estado, principalmente na época de Finados: o túmulo de Ana Rosa. Dezenas de ramalhetes de flores são deixadas no jazigo, todos os anos, pois para muitas pessoas, Ana Rosa é milagreira, ou seja, através de orações e promessas, feitas a ela, pode-se conseguir milagres. Seu túmulo é considerado um ponto turístico. A história de Ana Rosa é bastante interessante. Ela era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, um carreiro (que transportava gado de um lugar para outro) que trazia a mulher “num cortado”, ditado popular na década de 70 do século XIX, que significa poder supremo sobre a companheira. Temperamental e machista, Chicuta tinha um ciúme doentio pela esposa e começou a tratar mal Ana Rosa, tanto moralmente como fisicamente, transformando a vida daquela mulher num martírio. Cansada de sofrer, ela resolveu fugir de casa, saindo ? cavalo rumo ? Botucatu, SP. Lá Chegando pediu abrigo e ajuda na casa de uma mulher conhecida por Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um cabaré. Chicuta quando chegou em casa não encontrou Ana Rosa. Como um louco saiu ? procura da esposa e arrumou a vingança. Foi atrás da fugitiva e chegando ? Botucatu contratou José Antonio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo, pra matarem Ana Rosa. Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal. Quando Ana Rosa chegou com Costinha nas proximidades do Rio Lavapés, avistou seu marido e se deu conta da emboscada armada contra ela. A moça pediu a todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos sem piedade consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com vinte anos de idade. Era nascida no município de Avaré, SP. Os criminosos foram presos e condenados. Costinha após cumprir pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola. Chicuta, numa tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando sua carroça puxada por bois parou, de forma misteriosa. Nervoso, batia nos animais, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram sua cabeça do corpo. Para muito foi a vingança de Ana Rosa. A história de Ana Rosa é relatada na música “Ana Rosa” de Carreirinho e gravada em 1957 pela dupla Tião Carreiro e Pardinho. |