Cordel  do meu Sertão!
Dentre tantas pessoas lindas, 
Uma  me chamou atenção,
Para Girleide me dirigi,
Nos    tornando união!
A ponta da História
É uma grande explicação!
Não conhecia de forma  nenhuma
Em Serrinha bateu paixão!
Vaquejada de homem besta
Que caiu de emoção
Me  abriu a porta do Mundo
Da terra de Lampião.
Agripino é o nome dele
Que derrubava touro  a mão,
Ninguém conseguia isso 
O Velho era um furacão.
Tinha uma casa invocada 
Era Fantasma ou festa
Que varava na madrugada?
Ninguém sabia não!
Seu  filho bem diferente
Mais esperto que pensava a gente,
Plantava na minha frente
Uma saca de feijão.
Invocado de repente,
Perguntei, para ele:
- Renato, esse milho vai derreter?
Ou é insolação?
Sei que o meu juízo derretia,
Que daquilo na dava para crer
O Milho reproduzia, 
Dando uma bela plantação.
Valentina sempre forte
Era a sua companheira
Na roça ou na ribeira
Tinha sempre coração.
Foi crescendo um mundão
Na Terra do meu sertão, 
Bicha  seca de danar,
Que produzia tudo 
A  seu tempo...
Na hora da precisão.
A Rita, sua filha  ninguém conhece,
Mas eu vou apresentar, 
Nossa amiga querida
Bem prendada, vendedora  desbravada
Bota a mão na boca, dando  risada
No almoço do domingão.
Fez sucesso em Salvador
Mas com Valter veio Casar,
Terra do nosso Senhor
Com dois filhos veio ficar,
Na mais perfeita união.
Rubi, mulher retada,
Era miudinha a danada,
Com aqueles olhos verdes
Ficava encantada 
Com tudo que eu dizia 
Cada  hora, uma  risada.
E hoje forte,  firme sempre tem a solução.
Walbinho, meu sobrinho
Era tão pequenininho
Corria a casa toda
Quando aprontava vinha 
de mansinho,
Ficava lá no cantinho,
Caçando atenção.
Quase  deitadinho:
-Alguma coisa houve?
- Vá vê rapidinho!
Hoje tá maior  do que eu
A Engenharia conheceu
Talento do meu Sertão!
Tudo se multiplica
O Broto brota do nada
Para alegria da rapaziada,
Coquinho em forma ornamentada:
Anel, pulseira, gargantilha...
A arte sendo testada...
- Logo, mais um dote de plantão!
A  Ni que é  Maria 
Batendo o   Côco  todo dia
Na pedra da varanda, alegria
Cada pedaço trazia a mão
Daiane logo comia,
Com Lucas, seu Irmão.
Todo    mundo tem que se virar, 
Quanto mais no meu sertão
Nem é  toda hora que tem plantação!
Me   lembro logo de Nildo
Que penou  contratação,
Lá de cima fazia pose
Nas sacas de feijão,
Garantindo a plantação,
E a seca veio de novo,
Em São Paulo tem motivação.
Ivanzinho, seu irmãozinho
Sempre mudo e  quetinho...
Virou um grande garanhão,
Não tem idade  pro  carinha
Nova ou velhinha 
Ele solta sua canção!
Não me pergunte como,
Que essa música agrada
A legião de fãs aumenta
Sucesso da mulhereada.
Que chora de emoção!
Tem o Rosinaldo 
Que não contei,
Único filho do Rei
Sucesso garantido.
Seu reinado é sua estrada,
Construído   o futuro
Para alegria da população.
Seu filho no mesmo caminho
De forma  alternada.
- O muro sai prontinho!
Resolvendo a empreitada.
Fez-se uma coalisão.
Tem mais gente ainda,
Que Deixei pro São João
Cordel que se preze 
Tem que falar dessa estação.
Ilma toda arrumada,
Fazendo apresentação
Na “dança da motinha”
Todo mundo dando a mão,
Não consigo esquecer
Dessa ocasião,
Que de um  ato bem simples
Vira a maior sensação.
O Forró comia solto
Com frio no meu sertão
Alegria minha gente,
Que  Clei é comemoração.
Mulher guerreira
Caçula de toda maneira
Minha grande paixão.
Hoje é empresária 
E ainda vive correndo, 
Mas se eu precisar vai continuar  correndo
Em minha direção.
Ziane é bem fechada
Enigma e concentração
A cópia de Girleide
Está lá no Sertão!
Ainda tem uma que já se foi, 
Uma grande inspiração,
Três nomes em uma só,
Nei sempre me ouvia
Com admiração,
Saudade  sempre fico, 
Seu nome  multiplico
A cada ocasião.
Por tudo isso 
Grito bem forte!
Carioca  sou da gema
Baiano de porte.
Mas eu pergunto aos amigos
De jornada,
Depois dessa História apresentada:
-  Tem coisa melhor que Sertão?
Marcelo de Oliveiras Souza,IwA
2x. Dr. Honoris Causa em Literatura