Poemas, frases e mensagens sobre vento

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre vento

Noites...e noites.

 
Noites...e noites.
 
Deitada no seu colo, sentindo o vento no rosto.
Nossos corpos molhados com o bater das ondas
Céu azul, só vejo o brilho da Lua
Um cheiro de rosa perfuma nossas almas Reflexo na água a imagem de nós dois.
Unidos no amor e na paixão.
Meu olhar penetrante querendo dizer... Te amo como nunca, te sinto,
Abraços apertados...
Beijos ardentes...
O desejo da essência, gritos de paixão
Não controlo meu desejo.
De amar-te
Noites...e noites...
 
Noites...e noites.

VENTOS QUE ME RODEIAM

 
VENTOS QUE ME RODEIAM
 
 
Há um vento que sopra, como um sopro mal
Levantou-se gritando, querendo entrar em meu coração
Trazendo dúvidas, um desespero, um caos
Quando ele finalmente acalmou permaneceu somente a minha decepcao.

Um vento sul queima o caminho
Plantas e sonhos são arrastados por ele
As nuvens fantasmas de poeiras como a morte
Vórtice em fantoches dementes e pálidos

Chega um vento leve que sobe suavemente
Quando a grama se dobra sobre lentas carícias
Trazendo consigo os cheiros da primavera
Desfez a minha alma cheia de feridas abertas

Todas essas canções invisíveis desses ventos
Falando por um dia sobre a fúria da tempestade
Sob um muro de silêncio eu a deixo passar
Sei que voltará a desempenhar seu papel. E estarei mais forte.

Rosangela Colares

Cada um só dar o que recebe, se a vida foi cruel, as decepções criaram cicatrizes profundas elas refletem até os dias de hoje a pessoa passa a ser o reflexo daquilo que viveu julgando que os outros sejam vivam façam ou passam a mesma situação que elas, passam a execrar e julgar o próximo sem propriedade de causa, para dividir as suas decepções e culpas pelas mas experiências. Prestarão contra dos seus atos e julgamentos, que por sinal só cabem a Deus.
 
VENTOS QUE ME RODEIAM

“Meu verso é livre”

 
“Meu verso é livre”
 
Meu versejar é livre feito o vento
É barco à deriva em mar aberto
É muro de arrimo ao sentimento
Mas rejeita da mordaça o aperto

Não tem a pretensão da lógica fria
Destoa muitas vezes da imagem
Põe tempero em excesso na magia
Ou é irreverente, franco e selvagem.

É convite à aspiração do meu instinto
Como um zaino solto na invernada
Exonera-se à vertigem do labirinto
Verbos no peito tecidos, brasa alastrada.

Quero os versos assim, desaguando em foz.
No fertilizar das palavras, expandir a voz...

Glória Salles
30 de agosto 2009
21h40min

Obrigada pelo carinho de sua visita.
Saudades dos amigos.

No meu cantinho...
 
“Meu verso é livre”

Confesso-me ao vento

 
Confesso-me ao vento
 
Tropeço nos meus próprios sonhos
Inexorável o medo que os domina
Sou eu na fragilidade de um lamento
Um choro ficcionado nos meus olhos
Confesso-me ao vento. É só um cisco…

Já de mim fujo a tempo inteiro
Defraudada sou feita de restolhos
Até a alma desfolhada me abomina

Levito, feita em mil e uma partícula
Sou matéria amorfa, cremada viva
Confesso-me ao vento, meu único amigo

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Confesso-me ao vento

Campo de Girassóis

 
Campo de Girassóis
 
Painel de Alice Candeias

Campo de Girassóis
by Betha M. Costa

Enquanto o vento sul sopra a pena,
E girassóis ornam os ramalhetes,
Cada pétala saudosa cai e acena,
Até tecer na terra amarelos tapetes.

Ah, se hoje tu fosses como braceletes,
A envolver-me de vida bela e plena,
Enquanto o vento sul sopra a pena,
E girassóis ornam os ramalhetes!

Meus olhos lacrimosos com a cena,
Do campo n’água em límpidos filetes,
As flores em dança mágica e serena,
O sol a secar os orvalhos das noites,
Enquanto o vento sul sopra a pena...
 
Campo de Girassóis

"Solidão"

 
"Solidão"
 
"Solidão"

Já caia a fresca tarde de agosto
Na praça, a sinfonia dos pássaros
Bailando por entre as árvores
do jardim dourado pelos tons
avermelhados dos últimos raios de sol
Asas multicores brincavam
Por entre as folhagens
Violando meu silencio em sépia
Em mim, a sensação de
Labirintos sem fim
sem intenções e desorganizado
Ouço o relógio da Matriz
Cada badalada me diz desse
Momento emprestado...
Uma dor silenciosa me tocou
Ventos de vontades não realizadas
Impulsionaram sonhos
Órfã da ausência de esperança
de sobreviver a essa solidão
Sinto-me só...
Tal qual a esfinge posta
na praça das minhas angustias.
Pensamento vaga sozinho...
Percorre outras estradas...
Subverte outros sonhos...
As margens de mim,
A noite morna cai...
Ainda úmida de saudade.

Glória Salles

Flórida
 
"Solidão"

"Atalhos"

 
"Atalhos"
 
"Atalhos"

Quando se vai
E levas o melhor de mim.
Aí... Sou do verso, a rima torta.
Simulo um contorno triste
No movimento lento das mãos
A tônica suave do gesto.
Conheço os ecos ensurdecedores
Dos passos trôpegos,
Nas frágeis asas do vento.
Dias lentamente moídos
No moinho dessa vida.
Que de certeza traz somente a demora...
Perdida em horas aladas
Olho a noite, atônita,
Que despe a madrugada
E abraça a manhã.
Tremo quando retiras o xale
Das tuas carícias...
E vem o medo...
Quando teu olhar encontra o meu
E não ouves o que meu corpo fala...
Então meu canto é o uivo
De uma loba ferida...
E passos furtivos,
buscam atalhos...

Glória Salles
 
"Atalhos"

SÒ BEIJO DE MÃE

 
SÒ BEIJO DE MÃE
 
SÓ BEIJO DE MÃE

Só o beijo da mãe tem importãncia
Quando nos penduramos ao seu pescoço
Ainda criança...
Como o som repenicado ainda ouço...
É um acontecimento o beijo da mãe!
A infância continua dentro de nós
Como uma papoila que estremece ao vento
Ainda agora, da mãe me lembra a voz.

Deixo-me a vaguear neste acontecimento
Entre o passado e o presente
Este dia está velho!?
Como o meu pensamento.
As ruas silenciosas,
As portas cerradas
Das arvores as folhas caem, chorosas,
Das flores, foram-se as pétalas perfumadas.

Fico atenta ao que vejo
Nuvens rindo no céu passeando,
O Sol há muito acordou
E os casais, esses?! Continuam-se amando!
Daqui a pouco a tranquilidade da tarde
E eu aqui estou...
Vivendo vou lembrando com saudade.

O beijo da mãe, que acaba com a solidão
Que põe fora a inquietação
E um anjo a minha história vai arquivando
E guarda tudo o que vou lembrando.

Escrevo, mesmo parecendo ausente
Estou recordando meu chão
A brincar me deixo na ilusão
Que ainda sou dez réis de gente.

rosafogo

(Dez réis de gente, gente pequena.)
Esta poesia tem algum tempo, ainda embalava meu
neto que hoje é homem e às vezes me chama de mãe.
 
SÒ BEIJO DE MÃE

"Incompatibilidades" - Soneto

 
"Incompatibilidades" - Soneto
 
"Incompatibilidades" - Soneto

A sensação é de que as paisagens secaram
E nômade pelos meus desertos caminho
Estradas vistas apenas pelos meus olhos
Lugares improváveis, não encontro ninho

E quem disse que o que de fato desejo
É nesse solo arenoso ter os pés fincados?
Ando querendo deitar em nuvens de algodão
Quero o vento cantando em meus telhados

Varrendo do coração, exterminando as mágoas
A sensibilidade atada a um pavio...Mais longo
Gritar meus silêncios num contraditório estrondo

Deixar que flua livre o curso das minhas águas
Abrir portas, mandar tênues certezas embora
Ser por dentro,compatível com o que sou por fora.

Glória Salles
 
"Incompatibilidades" - Soneto

Viva o Vento!

 
Viva o Vento!
by Betha M. Costa

Viva o movimento,
Rápido ou lento,
A girar o cata-vento...

Sinto o momento,
Ao soprar do vento,
Ar... Contentamento...

O vento é sustento,
D’alma o acalento,
À pipa é alimento,
Das piruetas no céu...

Vem e vai o vento:
Ar em movimento.
 
Viva o Vento!

Promessa de outono

 
Combinemos o preâmbulo, pouco ético, entre a chuva e a terra molhada deste outono. Na verdade, todo ele será poético, uma vez que se sente o aroma das madressilvas impregnado do hálito de Pã, enquanto Chronos converte o tempo em fénix renascida. Sabemos que, enquanto houver uma romã, os lábios serão o alvo frágil do mosto proposto por Baco. E que as uvas amadurecem a inquietação no sangue, e os trovões obrigam o céu a relampejar incessantemente perante as letras do nosso dicionário. Tudo o que observamos tem a forma de uma castanha ainda refugiada no seu ouriço, com o receio do contágio das gotículas que caem nas folhas abertas às cores do arco-íris. Também elas caem agora, perante as propostas indecentes de Éolo, murmurando a ladainha do vento que arrepia a alma, trazendo consigo o mesmo olhar e o presságio do doce de abóbora que combate as desilusões espalhadas pelo chão. O único consolo são as vidraças da janela, de olhos marejados pela chuva e encantados com o arrulho das pombas no fio dos telefones, apesar do pranto dos céus. Na certeza, porém, de que o Oráculo da natureza será preservado enquanto as minhas mãos puderem escrever uma única palavra de apreço ao prazer de beber um chocolate quente. Não existe caudal mais lindo e puro do que esse preâmbulo aberto às palavras de um poema por nascer…uma promessa!
 
Promessa de outono

lembranças, madeira que não quer arder

 
perdemo-nos nos anos
pensar que os dias da velhice
seriam venturosos
foi o último dos enganos,
quietos, dormitam silenciosos.

mas é bom envelhecer
com alguma claridade,
a vida é densidade
e a velhice é saudade.

hoje o dia trouxe uma luz cinzenta
agora o vento grita ao portão
na lareira há teias de aranhas mortas
que ele tenta, mas em vão!

está o batente da porta quebrado
e as traves do tecto carcomidas
o fogo da cozinha pequena, apagado,
e sombras por todo o lado
de quem perdeu as vidas.

um banco ali na esquina
fixamente a olhar-me
- és tu aquela menina
de quem estou a lembrar-me?

sento-me sem vacilar
sem outra força que meu passo incerto
extrema solidão por perto
e a palavra saudade no coração a pesar

olho os muros antigos
um dia não longínquo, visito amigos
coisas da alma, já não brota
nem arde a vida
só na lembrança ainda sou criança
em pouco, chega a hora da partida.

natalia nuno
rosaofogo
 
lembranças, madeira que não quer arder

Amor ao vento

 
Amor ao vento
 
Por entre os fios ténues do vento,
Da brisa que escorrega cada linha de meus cabelos,
Voa para ti, de mim um livre pensamento,
Do que contive no meu génio sobre o sentimento,
Que late por um olhar que fere o corpo inteiro…

A alma sugada assim pelo tormento,
No vórtice do sonho de que ainda sinto o cheiro,
Embato de volta com o vento,
Que na sua tempestade leva de mim o sofrimento,
Nem que seja no momento, sinto a leveza presente…

Amordaçada de vida, de calma e de nada,
Contida na Pandora, sendo a única que me entende,
Abraço o génio espelhado no Lago, nesta madrugada,
Solto o suspiro que não está preso a nada,
Mergulho na água, por mim enamorada!

E nisto continua lá fora, o riso do vento,
Como se dele eu me tratasse, sua amada…
Que me retira e devolve o tormento,
Como a quem oferece o Outono a uma Fada,
Este empurra, ama e agarra…

Ouço-o a rir lá fora,
Chama ainda o meu nome…
O vento!

Marlene

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O vento acompanha-me nas palavras...
 
Amor ao vento

Aurora

 
Hoje assumi o silêncio
que a boca moveu
sem palavra.

Pousei a borboleta inquieta
do ouvido no vento
que passava e escutei.

Era o roçagar de asas
da brisa que brincava
no pensamento lúcido

enquanto se aproximava
a aurora de luz.
 
Aurora

Nada sei

 
Nada sei
 
O que sou? Não sou nada
Sou menina, sou poeta
Sou nuvem inquieta
Nada sei, não sou profeta.

Sou a chuva, sou o vento
Não sou nada
Nada sei, não sou rei
Nem rainha, ou namorada.

O que sou? Sou maré em movimento
A água feito cascata
O que sou eu não invento
Embaralhando jogando as cartas.

Nereida
https://novanereide.blogspot.com
 
Nada sei

Som do Vento

 
Som do Vento
by Betha M. Costa

O som profano e barulhento do vento,
O meu silencio e dor não consome,
Castelos nas nuvens eu invento,
Para o amado Homem sem nome.

Ainda que nos braços outro me tome,
E a mim seja ele tão santo e atento,
O som profano e barulhento do vento,
O meu silencio e dor não consome...

Saudade é um sentimento cinzento,
Que ao coração causa grande fome,
Na paleta das cores é um elemento,
Incapaz de alegrar a quem ame,
O som profano e barulhento do vento...
 
Som do Vento

Carta aos afagos do Vento

 
Minha Querida,

Encurvo-me perante o silêncio do mar.

Olho para o horizonte e entrego-me à linha do destino.
Por vezes, a geografia é uma esquina escondida. Pensei que desta não o fosse.
Mas a distancia existe. Eu, aqui! Tu, aí!
Talvez um dia nos seja favorável. Talvez?

Penso nas tuas palavras. Permanentemente!

Dizes que há demasiado sentir nas minhas linhas.
É natural! Faço amor com as palavras. É por elas que expresso o meu desejo e o meu querer.
Faço-o com toda a plenitude da minha livre vontade. Faço-o porque me sinto correspondido.

Não posso ansiar pelo teu abraço? Ou por descansar no teu peito?
Nem vale a pena dizer que não porque não o consigo impedir.
Sim. Eu sei que as circunstâncias são distintas. Mas sê-lo-ão para sempre? E mesmo que assim aconteça quer isso dizer que não sentimos o que sentimos? Quer isso dizer que os momentos que temos não foram intensamente sentidos?

Ah! Há alturas em que apenas nós somos. Tudo o resto jorra da nossa origem!

Contudo, também há, realmente, a possibilidade de abrandar.
Se te for necessário, jamais imporei a minha vontade. Mas as cores não voltarão a ser as mesmas nem nós voltaremos a ser iguais.
O que nos faz, toca-nos profundamente. Tanto que abala as colunas da existência pelo reconhecimento do que já houve. É o antigo que chama por nós! E eu ouço esse canto.

Falaste-me em lágrimas no chão. Recordas?
Respondi-te que as tuas lágrimas tinham era caído no meu coração, onde as tinha recebido e guardado por serem manifestações do teu amor. Recordas?

Pois as tuas lágrimas já são um oceano de sentir no meu coração. E o tempo fará delas um universo. Porque eu vou ama-las e acarinha-las. Porque nelas também quero ser.
Só assim criaremos o, e no, MULTIVERSO.

Encurvo-me perante o silêncio do mar.
Venho aqui à procura dos afagos do vento. É por eles que sinto os teus beijos.

E peço-lhes, humildemente, que levem os meus até ti.

Sempre,
V.

in Comentários na face da Noite
 
Carta aos afagos do Vento

Entre mim e o vento

 
Entre mim e o vento
 
Entre mim e o vento
mais do que um acordo...
a cumplicidade andarilha,
a sabedoria ancestral
de alguém, sem idade,
mas que não se tem
sobre um pedestal

Entre mim e o vento
o compromisso, a promessa
ele carrega a poeira,
o lixo da minha alma
e leva-os para longe
para as dunas dum tempo
que se esgueira da vida
que ainda me resta
e às vezes me esqueço
que fiz merecida

Entre mim e o vento
mais do que a alergia
às coisas mundanas
ele transporta o sonho
que me dá alento
e transforma em poesia
o que poderia ser ...
apenas um lamento

Maria Fernanda Reis Esteves
52 anos
natural: Setúbal
 
Entre mim e o vento

“Vento peregrino”

 
“Vento peregrino”
 
O gemido da noite nas frias madrugadas
Acordam a tormenta que a alma abriga
Sentimento alado, emoções sem vagas
Laçam-me o coração, pondo - me perdida

Então decido vagar por tudo o que sei
Flutuo em transe, deixando-me seduzir
Em perfumados risos meu silencio calei
No cheiro de manhãs com gosto de porvir

O canto etéreo do vento parece entender
O apelo suplicante, profundo do coração
Que no manancial de cores quer se perder
Caçando tantos sons peregrinos, nos vãos

Acordo com a voz quente que causa arrepio...
Adormeço na boca que adoça e me põe no cio.

Glória Salles

Grata pela gentil visita.

No meu cantinho...
 
“Vento peregrino”

Barco de papel

 
Barco de papel
 
Quando me olhas
caio em tentação
no abismo do teu olhar
perigo,côncava da mão

Calo as palavras
os dedos abrem-se
não consigo controlá-las
algemadas aos pulsos de memórias
soltam-se,sabem-se

Qual rio
correm desalmadas
desfazem-se no foz do teu mar
agarradas ao coçar do vento
nas águas solitárias
barco de papel contra o vento a remar
 
Barco de papel